sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Vivendo o Advento IV

Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça. - Mt 10, 8

Infirmus curate, mortuos suscitate, leprosos mundate, daemones eicite. Gratis accepistis, gratis date. - Matthaeum 10,8

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vivendo o Advento III

Jesus perguntou-lhes: "Acreditais que posso fazer o que pedis? Eles responderam: "Acreditamos, Senhor" - Mt 9, 28

Dicit eis Iesus: “ Creditis quia possum hoc facere? ”. Dicunt ei: “Utique, Domine”. - Matthaeum 9, 28

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vivendo o Advento II

É o Senhor em quem pusemos a nossa confiança. Alegremo-nos e rejubilemos, porque nos salvou - Is 25, 9

Iste Dominus, sustinuimus eum: Exsultabimus et laetabimur in salutari eius. - Isaiae 25, 9

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vivendo o Advento I

Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens - Mt 4, 19

Et ait illis: “ Venite post me, et faciam vos piscatores hominum ” - Matthaeum 4, 19

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conversão de ex-anglicanos e sua plena integração ocorrerá na Páscoa de 2011

Segundo a Agência Zenit noticiou em Londres hoje e na sequência do Conclave havido na Santa Sé no passado sábado 20 de Novembro, a Conferência Episcopal da Inglaterra e do País de Gales, depois de sua Assembléia Plenária, confirmou a criação do Ordinariado, previsto na Anglicanorum Coetibus para os fiéis anglicanos que desejem unir-se à Igreja Católica, a partir de Janeiro de 2010.

De acordo com este calendário, estes grupos de anglicanos poderão efectivar a sua união com Roma na Páscoa. A implementação da Anglicanorum Coetibus prevê várias etapas, que começarão no próximo ano e serão concluídas na festa de Pentecostes de 2011, com a admissão ao sacerdócio dos ministros anglicanos. Este processo será realizado em conjunto pelos Bispos da Inglaterra e do País de Gales em colaboração com a Congregação para a Doutrina da Fé, que determinará a idoneidade dos candidatos ao sacerdócio entre os ministros anglicanos que o solicitem. Os prelados buscam, com estas disposições, “responder com generosidade e oferecendo cálidas boas-vindas àqueles que buscam a plena comunhão eclesial com a Igreja Católica no Ordinariado”. “Os bispos sabem que o clero e os fiéis que estão nesse caminho de fé trarão seus tesouros espirituais, que enriquecerão ainda mais a vida espiritual da Igreja Católica na Inglaterra e em Gales”, e farão “todo o possível para que se estabeleça uma estreita e eficaz colaboração com o Ordinariato tanto no nível diocesano como no paroquial”.

O processo formal dessa transição começou no dia 8 de Novembro, quando cinco bispos anglicanos: Andrew Burnham, bispo de Ebbsfleet; Keith Newton, bispo de Richborough; e John Broadhurst, bispo de Fulham; juntamente com os bispos eméritos Edwin Barnes, antigo pastor anglicano de Richborough; e o bispo auxiliar David Silk, de Exeter; anunciaram sua renúncia ao ministério e seu desejo de entrar na Igreja Católica. Esses mesmos prelados serão os que começarão o processo: “Cinco bispos anglicanos que pretendem entrar no Ordinariado já anunciaram sua decisão de renunciar ao ministério pastoral na Igreja da Inglaterra a partir de 31 de Dezembro de 2010”.

Após a entrada na plena comunhão com a Igreja Católica, no começo de Janeiro, constituir-se-à o Ordinariato e anunciar-se-à o nome do novo Ordinário, que poderia ser um dos prelados mencionados. Depois, os ex-bispos que não estão aposentados e cujas petições tenham sido aceites pela Congregação para a Doutrina da Fé serão ordenados para o diaconado e o sacerdócio católicos. Estes ministros participarão no segundo passo do processo, que será a admissão dos grupos anglicanos junto com seus pastores para “ajudar na preparação e recepção dos antigos clérigos anglicanos e seus fiéis na comunhão plena com a Igreja Católica, durante a Semana Santa de 2011”. Os bispos aposentados também poderão se preparar para o sacerdócio e ajudar nesta tarefa, se o desejarem e a Congregação estiver de acordo.

Para a Igreja Católica na Inglaterra e para os fiéis que desejem aderir a ela, a próxima Páscoa será “muito especial”, como já se falava na Assembléia Nacional de Forward in Faith, no passado mês de Outubro. Os clérigos anglicanos e seus grupos de fiéis começarão, antes da Quaresma, “um período de intensa formação para sua ordenação como sacerdotes católicos”.

É interessante todo o cuidado que se está a ter com a conversão ao catolicismo destes ex-anglicanos, sendo que os mesmos terão que realizar a Profissão de Fé e deverão receber os Sacramentos da Iniciação, sendo que, aqueles que foram baptizados no passado como católicos fora do Ordinariato não podem simplesmente ser admitidos como membros, a não ser que sejam integrantes de uma família pertencente ao Ordinariato. Da mesma forma revestir-se-à de imensos cuidados a admissão às Ordens Sagradas.

domingo, 21 de novembro de 2010

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo

A fé na realeza de Jesus é a que nós confessamos quando chamamos a Jesus Cristo, Nosso Senhor. Esta Senhoria ou realeza de Jesus, reconheceu-a o bom ladrão no meio dos sofrimentos da Cruz, revelou-se claramente na glória da Ressurreição, e esperamo-la nós quando ela se manifestar a todos os homens na última vinda do Senhor, que este Domingo simbolicamente antecipa para alimento da nossa fé e da nossa esperança.

Hoje é também dia da Acção Católica, eu continuo sempre a recordar a caminhada que realizei na Acção Católica e a preparação e vivência que fazíamos do, que chamávamos, Dia do Movimento!

Senhor, que nos alimentastes com o pão da imortalidade, fazei que, obedecendo com santa alegria aos mandamentos de Cristo, Rei do universo, mereçamos viver para sempre com Ele no reino celeste.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Keith Newton prefigura-se como primeiro Ordinário do Lugar do Ordinariato Inglês

Junto a notícia, o caminho da reconciliação com a Santa Madre Igreja Una Santa Católica e Apostólica, passa neste momento pela conversão de milhares de Anglo-Católicos que nos países de tradição anglicana buscam a Igreja Católica, de que são exemplo agora estes bispos. Estes 5 bispos ingleses seguem o caminho de outros 4 bispos norte americanos que já tinham iniciado a sua caminhada com destino à plena comunhão com Sua Santidade o Papa Bento XVI nos últimos 5 anos (os referidos norte americanos permanecem hoje como sacerdotes católicos).

Five traditionalist Anglican bishops have officially resigned this morning with the intention of taking up an English Ordinariate when it is set up.

The Rt Rev Andrew Burnham, Bishop of Ebbsfleet, the Rt Rev Keith Newton, Bishop of Richborough and Rt Rev John Broadhurst Bishop of Fulham as well as the Rt Rev Edwin Barnes the emeritus Bishop of Richborough and the Rt Rev David Silk, an emeritus assistant bishop of Exeter released a statement announcing their resignations.

They said: “As bishops, we have even-handedly cared for those who have shared our understanding and those who have taken a different view. We have now reached the point, however, where we must formally declare our position and invite others who share it to join us on our journey. We shall be ceasing, therefore, from public episcopal ministry forthwith, resigning from our pastoral responsibilities in the Church of England with effect from 31st December 2010, and seeking to join an Ordinariate once one is created.”

Bishop Newton has been tipped to be the Ordinary of an English Ordinariate when one is established.

The Catholic liason officer for the Ordinariate, Bishop Alan Hopes, an auxiliary of Westminster said: “We welcome the decision of Bishops Andrew Burnham, Keith Newton, John Broadhurst, Edwin Barnes and David Silk to enter into full communion with the Catholic Church through the Ordinariate for England and Wales, which will be established under the provisions of the Apostolic Constitution Anglicanorum Coetibus.”

The Vatican spokesman, Fr Federico Lombardi said, “Regarding the declaration of five bishops until now belonging to the Anglican Communion who have decided to join the Catholic Church and who therefore are obliged by conscience to resign from their current pastoral duties in the Church of England, we can confirm that the constitution of a first ordinariate is under study, according to the norms established by the Apostolic Constitution ‘Anglicanorum coetibus,’ and that any further decisions regarding this will be communicated at the proper moment.”

The bishops are due to discuss the Ordinariate at their plenary meeting next week.
Full statement of the resigning Church of England Bishops: Like many in the catholic tradition of Anglicanism, we have followed the dialogue between Anglicans and Catholics, the ARCIC process, with prayer and longing. We have been dismayed, over the last thirty years, to see Anglicans and Catholics move further apart on some of the issues of the day, and particularly we have been distressed by developments in Faith and Order in Anglicanism which we believe to be incompatible with the historic vocation of Anglicanism and the tradition of the Church for nearly two thousand years.


The Apostolic Constitution, Anglicanorum cœtibus, given in Rome on 4th November 2009, was a response to Anglicans seeking unity with the Holy See. With the Ordinariates, canonical structures are being established through which we will bring our own experience of Christian discipleship into full communion with the Catholic Church throughout the world and throughout the ages. This is both a generous response to various approaches to the Holy See for help and a bold, new ecumenical instrument in the search for the unity of Christians, the unity for which Christ himself prayed before his Passion and Death. It is a unity, we believe, which is possible only in eucharistic communion with the successor of St Peter.

We are deeply appreciative of the support we have received at this difficult time from a whole variety of people: archbishops and bishops, clergy and laity, Anglican and Catholics, those who agree with our views and those who passionately disagree, those who have encouraged us in this step and those who have urged us not to take this step.

Bishop Alan Hopes’ full statement: “We welcome the decision of Bishops Andrew Burnham, Keith Newton, John Broadhurst, Edwin Barnes and David Silk to enter into full communion with the Catholic Church through the Ordinariate for England and Wales, which will be established under the provisions of the Apostolic Constitution Anglicanorum Coetibus. At our plenary meeting next week, the Catholic Bishops’ Conference of England and Wales will be exploring the establishment of the Ordinariate and the warm welcome we will be extending to those who seek to be part of it. Further information will be made known after the meeting.”

Anna Arco

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ecos da Visita de Sua Santidade Bento XVI ao Reino Unido

Cinco bispos anglicanos renunciam para entrar na Igreja Católica

Em comunicado anunciam que querem criar um ordinariato pessoal

Com data de segunda-feira, 8 de novembro de 2010, foi publicitado em Londres que 5 bispos anglicanos da Church of England anunciaram a sua renúncia ao ministério nessa igreja e a sua decisão de se unirem num Ordinariato Pessoal para Anglicanos, em plena comunhão com a Una Sancta Catolica et Apostolica Ecclesia.

A constituição apostólica Anglicanorum Coetibus, publicada há um ano, abriu o caminho para que comunidades anglicanas possam entrar na Igreja Católica através do estabelecimento de ordinariatos pessoais, com características semelhantes às de uma diocese não territorial, uma nova estrutura canónica.

Dessa forma, poderão reconhecer o primado do Papa, mantendo elementos próprios de sua tradição litúrgica e espiritual.

Entre os bispos anglicanos do Reino Unido que anunciaram sua renúncia, encontram-se: Andrew Burnham, bispo de Ebbsfleet, Keith Newton, bispo de Richborough, e John Broadhurst, bispo de Fulham. Estes três prelados eram familiarmente conhecidos como "bispos voadores", pois atendiam espiritualmente os fiéis de diferentes dioceses anglicanas que não aceitaram a ordenação de mulheres como sacerdotisas.

Foi também anunciado que outros dois bispos: Edwin Barnes, Bispo Emérito Anglicano de Richborough e o Bispo Auxiliar Emérito, David Silk, de Exeter.

O comunicado assinado pelos 5 bispos explica que todos eles acompanharam durante anos o processo de diálogo entre anglicanos e a Igreja Católica, "com oração e profundo anseio". "Ficamos consternados, nos últimos 30 anos, ao ver que anglicanos e católicos se separavam cada vez mais em algumas questões de vida diária, em particular ao ver diversas decisões em assuntos de fé e disciplina no anglicanismo, que, segundo o que acreditamos, são incompatíveis com a vocação histórica do anglicanismo e a tradição de dois mil anos da Igreja."

Explicam que, para eles, a Anglicanorum Coetibus foi uma resposta aos anglicanos que buscam a unidade com Roma: "Com os ordinariatos, estabelecem-se estruturas canónicas por meio das quais poderemos levar a nossa experiência de discipulado cristão à comunhão plena com a Igreja Católica que abrange o mundo inteiro e todas as épocas". "Trata-se tanto de uma resposta generosa da Santa Sé a quem pediu ajuda, como também de um novo e valente instrumento ecuménico para a busca da unidade dos cristãos, unidade pela qual o próprio Cristo orou antes de sua paixão e morte. Trata-se de uma unidade que, acreditamos, é possível somente na comunhão eucarística com o sucessor de Pedro."

Os cinco afirmam que, "como bispos, cuidamos de todos, dos que compartilham a nossa posição e daqueles que assumiram uma postura diferente. Agora chegamos ao momento no qual devemos declarar formalmente a nossa posição e convidar outros a unirem-se a nós no nosso caminho. Portanto, cessará imediatamente o nosso ministério episcopal público, renunciando às nossas responsabilidades pastorais na Church of England. Isso terá efeitos a partir de 31 de dezembro de 2010. Buscamos unir-nos a um Ordinariato quando este for criado".

Em resposta ao anúncio, o primaz da Comunhão Anglicana, o Arcebispo de Canterbury Rowan Williams, publicou um comunicado no qual aceitava com "pesar" as renúncias dos bispos, "que decidiram que o seu futuro no ministério cristão passa pelas novas estruturas propostas pelo Vaticano". "Desejamos-lhes o melhor no novo passo do seu serviço à Igreja", acrescentou, agradecendo-lhes pelo "seu fiel trabalho pastoral na igreja da Inglaterra durante muitos anos".

A associação internacional de anglicanos que se opõe à ordenação de mulheres como sacerdotisas ou bispos, Forward in Faith, assegurou aos bispos que apresentaram a sua renúncia "o amor, as orações e o apoio de todos os seus membros, além do seu agradecimento pelo ministério que desempenharam ao seu serviço". "Também asseguramos ao Arcebispo de Canterbury e ao Bispo de London as nossas orações, enquanto buscamos discernir como serão substituídas as sedes vacantes de Ebbsfleet, Richborough e Fulham", acrescentam.

Dom Alan Hopes, Bispo auxiliar de Westminster, a sede católica da capital britânica, acolheu positivamente a decisão, num comunicado emitido em nome da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales. O episcopado católico, revelou, "estar a reflectir como estabelecer o ordinariato" e dá "as cordiais boas-vindas, que estendemos a todos os que querem fazer parte dele". Os prelados católicos da Inglaterra e Gales convocaram uma reunião sobre este tema e, após a sua realização, poderão dar mais informações. Até o momento, não se criou nenhum Ordinariato para anglicanos que entraram em comunhão plena com a Igreja Católica, ainda que comunidades anglicanas do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Canadá já tenham manifestado a sua intenção de unir-se à Igreja Católica.

Por sua vez, o Pe. Federico Lombardi, SJ, porta voz da Sala de Imprensa da Santa Sé, confirmou hoje que a Santa Sé está a apreciar a constituição do Ordinariato, segundo as normas estabelecidas pela constituição apostólica Anglicanorum coetibus e que "as eventuais decisões serão comunicadas no momento oportuno".

Explicação de um protagonista:
No mês passado, o bispo anglicano John Broadhurst, de Fulham, já havia anunciado a sua intenção de apresentar a renúncia, num encontro da associação Forward in Faith, associação da qual é presidente. No anúncio, mencionou numerosos motivos, entre os quais o mais importante é a ordenação de mulheres. Ele vai continuar a fazer parte do Forward in Faith International, pois não faz parte da Church of England. Segundo John Broadhurst, a sua decisão foi tomada após um discernimento na oração, em que pensou na sua união à Igreja Católica durante 45 anos.
Diante da pergunta sobre a possibilidade de manter um ministério activo na Igreja Católica, o Bispo Broadhurst respondeu: "Farei o que Sua Santidade quiser e permitir. Como sacerdote, tenho uma responsabilidade e, se me for permitido, continuarei a desempenhá-la". Revelou igualmente que outros anglicanos estão a pensar em dar o passo de unidade com Roma, "mas, de qualquer forma, cada um tem de tomar sua própria decisão. Esta é apenas a minha decisão".

Karna Swanson

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Viaje Apostólico de Su Santidad BENEDICTO XVI A Santiago de Compostela Y Barcelona (6 - 7 NOVIEMBRE 2010)

Visita Papal a Espanha 6 e 7 de Novembro de 2010:
Para quem não possa estar em pessoa:
Celebrações das Eucaristias em directo na Televisão:
SÁBADO 6: TV Galicia às 15h30m Hora Portuguesa
DOMINGO 7: RTP1 às 09h00m Hora Portugues

Programação Oficial (na Hora Espanhola):

Sábado, 6 de noviembre de 2010

Roma
08.30 Salida en avión desde el Aeropuerto de Roma-Fiumicino rumbo a Santiago de Compostela.

Santiago de Compostela
11.30 Llegada al Aeropuerto Internacional de Santiago de Compostela.
CEREMONIA DE BIENVENIDA en el Aeropuerto Internacional de Santiago de Compostela. Discurso del Santo Padre.
ENCUENTRO PRIVADO CON SUS ALTEZAS REALES LOS PRÍNCIPES DE ASTURIAS en la Sala de Autoridades del Aeropuerto Internacional de Santiago de Compostela.
13.00 VISITA A LA CATEDRAL de Santiago de Compostela. Saludo del Santo Padre.
13.45 Almuerzo con los Cardenales españoles, con los Miembros del Comité Ejecutivo de la Conferencia Episcopal Española y con el Séquito Papal en el Arzobispado de Santiago de Compostela.
16.30 SANTA MISA en ocasión del Año Jubilar Compostelano en la Plaza del Obradoiro de Santiago de Compostela. Homilía del Santo Padre.
19.15 Salida en avión desde el Aeropuerto Internacional de Santiago de Compostela rumbo a Barcelona.

Domingo, 7 de noviembre de 2010

Barcelona
09.30 ENCUENTRO PRIVADO CON SS.MM. LOS REYES DE ESPAÑA en la Sala Museo de la Iglesia de la Sagrada Familia de Barcelona.
10.00 SANTA MISA dedicada al Altar y a la Iglesia de la Sagrada Familia de Barcelona. Homilía del Santo Padre.
RECITACIÓN DEL ANGELUS DOMINI en la Plaza de la Iglesia de la Sagrada Familia de Barcelona. Palabra del Santo Padre.
13.00 Almuerzo con los Cardenales y Obispos presentes y con el Séquito Papal en el Arzobispado de Barcelona.
16.30 Despedida del Arzobispado de Barcelona.
17.15 VISITA A LA’”OBRA BENEFICO-SOCIAL NEN DÉU” de Barcelona. Saludo del Santo Padre.
18.30 CEREMONIA DE DESPEDIDA en el Aeropuerto Internacional de Barcelona. Discurso del Santo Padre.
19.15 Salida en avión del Aeropuerto Internacional de Barcelona rumbo a Roma.

Roma
20.55 Llegada al Aeropuerto de Roma-Ciampino.

Uso horario
Roma y España: + 1 UTC

UBI PETRUS, IBI ECCLESIA!

Oremus pro Pontifice nostro Benedicto.
Dominus conservet eum, et vivificet eum, et beatum faciat eum in terra, et non tradat eum in animam inimicorum eius.
Tu es Petrus,
Et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam.
Oremus.
Deus, omnium fidelium pastor et rector, famulum tuum Benedictum, quem pastorem Ecclesiae tuae praeesse voluisti, propitius respice: da ei, quaesumus, verbo et exemplo, quibus praeest, proficere: ut ad vitam, una cum grege sibi credito, perveniat sempiternam.
Per Christum, Dominum nostrum.
Amen.

domingo, 31 de outubro de 2010

Ainda o 1 de Novembro: «São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro".

A extraordinária Primeira Leitura que todos os anos ouvimos 2 vezes no Ano: No Dia de Todos os Santos e na Quinta Feira Santa, sobre a qual já se fizeram pinturas, algumas delas de verdadeira clarividência:

Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo.
Ele clamou em alta voz aos quatro Anjos a quem foi dado o poder de causar dano à terra e ao mar: «Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz: «A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos.
Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra, e adoraram a Deus, dizendo:
«Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me:
«Esses que estão vestidos de túnicas brancas,quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe:
«Meu Senhor, vós é que o sabeis».
Ele disse-me:
«São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro».

E o Refrão do Salmo, que cantamos com o coração:
Esta é a geração dos que procuram o Senhor!
Hoje é Dia de Todos os Santos, Dia Santo e de preceito de Guarda.

No Vespers during the whole year makes so deep an impression upon me as Vespers of All Saints. Artistic reliquaries decorate the altar; in the relics the saints themselves are present, and Christ their leader is the altar. The latter is adorned in feast-day robes, golden antependium, glistening snow-white linens. Upon six golden candlesticks burn six huge candles. Behind them resplendent is the Lamb of the Apocalypse. Upon the throne as representative of the eternal Father sits the abbot in a golden-threaded cope. About him are the "seniors" of the monastery in white robes, while below four chanters, clothed in flowing pluvials, lead the monastic choir in the heavenly melodies. Out in the nave stand or sit the 'multitude of faithful which no man can number, from all peoples.' And throughout the edifice resound the jubilantly sonorous harmonies from the organ. It is an hour in heaven." (from a description by Fr. Kutzer of Mindelzell).

All Hallow's Eve

Sou pessoalmente afectado por este dia. É o meu dia de anos e dou graças a Deus Nosso Senhor Jesus Cristo por mais um aniversário!

Mas é também um facto que nos últimos anos temos assistido à invasão publicitária duma festa pagã que se pretende realizar no mesmo dia, com um especial enfoque nas máscaras das crianças, com aspectos das verdadeiras trevas.

Neste dia de Vigília de Todos os Santos e também de São Quintino e de Santo Afonso Rodrigues, saibamos ensinar às nossas crianças, como os bispos do Reino Unido deixaram em apelo este ano, para que as crianças se disfarcem de santos, que celebrem a Luz, a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Luz presente nos seus Anjos e nos seus Santos, que tão bem celebraremos amanhã.

Petrus

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal

Já há alguns anos que não consigo estar presente no 25 de Outubro, dia da Dedicação da Igreja Mãe de Todas as Igrejas do Patriarcado de Lisboa, a última vez que lá estive ainda era outro o Presidente da CML, que também esteve presente.

Não deixa de ser interessante que Sua Eminência reflicta dizendo que "não há catedral sem Bispo nem Bispo sem Catedral", quando todos sabemos da existência dos Srs. Bispos Auxiliares, não estando naturalmente em causa as pessoas, porque todos sabemos da existência de verdadeiros santos e verdadeiros sucessores dos Apóstolos que são alguns Bispos auxiliares portugueses.

Continuemos orando pelo Patriarcado e por Sua Eminência, assim como pela Sé Catedral Patriarcal e pelo Povo de Deus, que seja farol de fé, esperança e caridade, em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Homilia de D. José Policarpo na Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal

A Catedral e a visibilidade da Igreja

1. Na nova evangelização, é tão importante a visibilidade da Igreja como a força do seu mistério. É a sua realidade visível, na sua estrutura, na expressão comunitária, na presença dos cristãos no seio da comunidade humana, que comunicam e anunciam o amor salvífico de Jesus Cristo. Se a realidade visível da Igreja não transmitir a força invisível do Espírito de Cristo, torna-se estéril, equivalente a qualquer associação humana. Mas a realidade visível da Igreja é o caminho normal para comunicar e transmitir o invisível de Deus. A Igreja continua no tempo, a seu modo, o mistério do Verbo encarnado, em que o Verbo divino se exprime e actua na visibilidade da humanidade de Cristo (cf. Lumen Gentium, nº 8).

Esta harmonia do visível e do invisível, da realidade humana e da acção da graça, é o segredo da nova evangelização. Porque está no mundo, com a densidade das realidades históricas, a Igreja comunica o dinamismo do Reino dos Céus. Esta visibilidade da Igreja exprime-se na sua estrutura organizativa, na densidade da sua liturgia, no amor dos pobres, na presença dos cristãos no seio das diversas realidades humanas, onde semeiam a semente do Reino de Deus e são presença do amor-caridade, isto é, do amor com que Deus continua a amar o mundo, em Jesus Cristo.

2. A Catedral é expressão importante da visibilidade da Igreja e, por isso, é chamada a ser foco irradiante da graça de Jesus Cristo. Esta visibilidade da Catedral é mais do que a imponência do monumento. Igreja-Mãe de uma diocese, porção do Povo de Deus confiada aos cuidados pastorais de um Bispo, congregada pelo Evangelho, fortalecida na Eucaristia, reunida na comunhão da caridade, enviada ao mundo a anunciar, essa Igreja particular pode perceber, na sua Catedral, o segredo do seu ser e da sua missão. A visibilidade da Catedral é a visibilidade do ministério apostólico: a densidade da Palavra, sempre anunciada de novo para iluminar o presente, o dinamismo das comunidades cristãs que, reconhecendo no Bispo o seu pastor, sacramento de Cristo Bom-Pastor, aprendem a celebrar a Páscoa, descobrindo na Eucaristia a surpresa da redenção, a exigência da caridade, a urgência de partir em missão, tornando-se cada um, no meio do mundo, presença visível do invisível de Deus. Na Catedral pode ler-se toda a realidade da Igreja, a sua humanidade e a fecundidade invisível da acção do Espírito Santo.

3. Na Catedral a realidade invisível transcende a sua visibilidade. Já era esse o mistério do Templo de Jerusalém, tão bem expresso na oração do Rei Salomão. O templo visível suscita a fé e a esperança, toda a densidade da Aliança: “Os vossos olhos estejam abertos, dia e noite, sobre esta casa, sobre este lugar, do qual dissestes, aí estará o Meu nome” (1Re 8,29). O templo é, assim, a expressão visível da fé de Israel: Deus ama o seu povo e habita no meio dele.

4. No cristianismo, a verdadeira dimensão da Catedral é a Igreja, Povo dos que caminham com Cristo para a Jerusalém Celeste. Só a Igreja é, hoje, o verdadeiro templo, onde Deus habita no meio do seu Povo. A Catedral é o símbolo e o anúncio desse verdadeiro templo do Senhor, cuja solidez está alicerçada em Cristo, a pedra angular. E Pedro é claro na sua Carta: “Aproximai-vos do Senhor, que é a pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus” (1Pet. 2,4). Deus tinha-o anunciado através dos profetas: “Vou pôr em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e quem nela puser a sua confiança, não será confundido” (1Pet. 2,6).

A Catedral, na sua visibilidade, anuncia a solidez e a firmeza da Igreja. Nela descobrimos que estamos seguros nas nossas lutas, sólidos no nosso caminho de santidade, protegidos nas nossas fraquezas e tentações, porque nós fazemos parte da Catedral. “E vós mesmos, como pedras vivas, entrai na construção deste templo espiritual” (1Pet. 2,5). Alicerçada em Cristo, a santidade dos cristãos garante a solidez da Igreja, visível e humana, na fidelidade à sua vocação e missão.
Este templo espiritual abraça o mundo. A solidez desta Catedral são os doze Apóstolos do Cordeiro. Não há Catedral sem Bispo, nem Bispo sem Catedral. É assim na sua visibilidade histórica, será assim na Jerusalém Celeste. Como diz o Apocalipse, “a muralha da Cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro” (Apc. 21,14).
O problema da Samaritana era saber qual era o verdadeiro templo: o de Jerusalém ou o da Samaria? Jesus abre-lhe o coração para o novo Templo, Ele e a sua Igreja, construído com pedras que são Cristo, os doze Apóstolos, e todos os discípulos de Cristo. Nesse novo templo, Deus adora-Se em espírito e verdade (Jo. 4,23).

A Catedral só tem razão de ser, se for o templo visível onde cabe o templo invisível, que é toda a Igreja diocesana. Nela descobrimos a Igreja, nossa Mãe; solidificamos a firmeza da nossa fé; alargamos o horizonte da nossa comunhão; descobrimos a unidade como a cúpula da catedral; somos enviados com novo ardor, para testemunhar no meio do mundo, de uma maneira sempre nova, o amor de Jesus Cristo. Descobrimos que sempre, em qualquer momento da nossa vida cristã, nós estamos reunidos nessa grande Catedral que é a Igreja, a ouvir o ensinamento dos Apóstolos, e a amar todos os homens, nossos irmãos, com o infinito amor de Deus, em Jesus Cristo.

Sé Patriarcal, 25 de Outubro de 2010
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Heart speaks unto heart

Heart speaks unto heart!

Apostolic Jorney to the United Kingdom 2010 of His Holiness Pope Benedict XVI

Oremos pro Romano Pontifice Nostro Benedicto!

Louvemos ao Senhor pela extraordinária e histórica primeira visita oficial Papal ao Reino Unido. Bento XVI consegue realizar a 1ª visita oficial e a 2ª apostólica de um Papa, à Escócia e à Inglaterra. Isso só ocorre porque, finalmente e após 4 séculos de separação, o Reino Unido e a Santa Sé reconheceram mutuamente os respectivos estatutos de cada um dos Estados e o catolicismo, depois de oficialmente banido em Inglaterra (não na Escócia), foi tolerado no século no final do século XIX e reconhecido no século XX. Continua a ser proibido existir um Primeiro Ministro Católico e a Casa Real Reinante de Windsor continua a proibir a "conversão" ao catolicismo dos seus membros.

Para além do nevoeiro e da poluição da sociedade secularizada britânica que os meios de comunicação social e algumas elites fazem eco, a realidade local e regional é muito diferente, o povo verdadeiramente crente e com origens operárias é na sua grande maioria católico, as paróquias continuam a florescer quer com ingleses quer com a renovação constante não só com os tradicionais irlandeses, mas também com imigrantes católicos de todo o mundo, quer os de origem latina até aos anos 90 do século XX, quer depois com polacos e filipinos.

A mais recente alteração do catolicismo britânico aconteceu nos últimos 2 anos em que centenas de fiéis originários da Church of England e muitos sacerdotes pediram o ingresso, primeiro a título pessoal e agora podendo já o fazer em comunidade, na Sancta, Una, Catolica et Apostolica Ecclesia em comunhão total com Sua Santidade o Papa, são os chamados "Anglo Católicos em união com Roma", podendo manter a maioria do chamado "anglican use" (um quase rito).

A realidade católica no país de Sua Majestade é esta: Os católicos não pararam de crescer desde o final do século XIX. Em Liverpool, nos anos 40 do séc. XX os católicos não passavam dos 15%, hoje são quase 50%, em Glasgow (Scotland) são quase 30%, nas restantes dioceses a dispersão é grande e vai desde apenas cerca de 2% até, na grande maioria, entre os 8% e os 13%, incluindo as medianas percentagens nas 2 arquidioceses londrinas (a Westminster Roman Catholic Archdiocese com 10,1% e a Southwark Archdiocese com 9,5%) e as mais reduzidas nas arquidioceses de Edinburgh (Scotland) com 7,9% e de Birmingham só com 5,5%

Sua Santidade o Papa Bento XVI foi recebido à chegada ao aeroporto de Edinburgh pelo Príncipe Consorte Philip, Duke of Edinburgh, o que é a primeira vez que sucede, sinal dos tempos!

Muito Importante será, no final da visita, a Beatificação do Cardeal John Henry Newman (1801-1890) de que transcrevo as palavras que serão ditas na sua Beatificação:

John Henry Newman was born in London in 1801. He was for over twenty years an Anglican clergyman and Fellow of Oriel College, Oxford. As a preacher, theologian and leader of the Oxford Movement, he was a prominent figure in the Church of England. His studies of the early Church drew him progres sively towards full communion with the Catholic Church. With his companions he withdrew to a life of study and prayer at Littlemore outside Oxford where in 1845 Blessed Dominic Barberi, a Passionist priest, received him into the Catholic Church. In 1847 he was himself ordained priest in Rome and, encouraged by Blessed Pope Pius IX, went on to found the Oratory of St Philip Neri in England. He was a prolific and influential writer on a variety of subjects, including the development of Christian doctrine, faith and reason, the true nature of conscience, and university education. In 1879 he was created Cardinal by Pope Leo XIII. Praised for his humility, his life of prayer, his unstinting care of souls and contributions to the intellectual life of the Church, he died in the Birmingham Oratory which he had founded on 11 August 1890.

Newman foi o primeiro de muitos, que pelo aprofundamento do estudo teológico e pela prática cristã junto dos mais pobres e oprimidos, redescobriu o catolicismo, sendo proveniente do anglicanismo. Como ontem o insígne teólogo e Reverendo Padre Peter Stilwell disse na RTP: Newman é o futuro da Igreja!

Oremos pelo Santo Padre Bento XVI, pela sua viagem oficial e pastoral a terras de Sua Majestade, que a mesma demonstre a frescura do catolicismo inglês e escocês!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Exaltação da Santa Cruz

Nós Vos adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo, que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

A Festa da Exaltação da Santa Cruz surgiu no ano de 355, por ocasião da inauguração das duas grandes basílicas da cidade de Jerusalém: A do Calvário e a do Santo Sepulcro. A construção destas duas basílicas foi ordenada pelo imperador Constantino. O lenho da cruz foi descoberto por Santa Helena. A cruz tinha sido levada para a Pérsia e depois retornou a Jerusalém. Para os cristãos a cruz é ponto de referência importantíssimo para a sua fé e para a sua esperança. Foi pela cruz que Nosso Senhor Jesus Cristo nos salvou e nos libertou; ela simboliza o preço pago pela nossa salvação.

O Senhor Jesus humilhou-se, tornou-se obediente até a morte. Por isso, Deus O exaltou e Lhe deu um nome que é superior a todo o nome. O caminho da cruz torna-se também caminho de luz e caminho de ressurreição. Quem O quer seguir, precisa de se negar a si mesmo, pegar na sua cruz e segui-Lo.

A cruz consistia numa haste vertical fixada no chão e uma trave horizontal que era carregada pelo condenado até ao local do seu suplício. O condenado era preso na haste e era levantado. O Senhor carregou a trave horizontal de Jerusalém até ao Monte Calvário. Nós, cristãos, precisamos de estar dispostos a carregar a nossa cruz, acompanhados de Cristo, com a certeza da vitória final, da ressurreição.

A cruz era instrumento de suplício, de escândalo para os judeus, de loucura para os pagãos, mas tornou-se, depois da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, para nós cristãos, motivo de glória.

Por isso, na Festa do Sinal da Cruz oramos juntamente com os catecúmenos:
Onde está a verdadeira religião? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Onde está o resumo da nossa fé e da nossa esperança? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Onde se manifestou mais claramente o amor de Deus para connosco? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Onde está o maior tesouro do cristão? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Onde está a Paz, a Alegria e a Glória do cristão? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!



Da carta de São Paulo aos Gálatas:
"Toda a minha alegria está na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo".

· No dia do nosso Baptismo a Igreja marcou-nos com o sinal da Cruz. Foi a primeira coisa que a Igreja nos deu. A Cruz é o sinal de Cristo e do cristão. É o sinal da vitória de Jesus sobre o mal e a morte. É também o sinal da nossa vitória com Jesus.

· Todos os dias fazemos o sinal da Cruz ao levantar e ao deitar e antes de rezarmos. Este sinal tão simples, com as palavras: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" que o acompanham, resume toda a nossa fé. Também na Santa Missa, ao escutar o Santo Evangelho fazemos o sinal da cruz na testa, na boca e no peito, como que a dizer que queremos a Sabedoria do Evangelho a iluminar a nossa inteligência, as nossas palavras e as decisões do nosso coração. Realmente, é pelo mistério da cruz que tudo é abençoado e subtraído ao poder dos nossos inimigos. Para nunca duvidarmos do amor de Deus precisamos de trazer o mistério da cruz nos pensamentos, nas palavras e nos desejos.

· Na casa e no quarto de cada cristão tem de estar colocado em lugar de honra, um crucifixo. E ao pescoço basta trazer uma cruz. Nada de amuletos, nada de superstições. A superstição é acreditar que o uso de alguns objectos e símbolos como figas, chifres, signos, etc nos livram e nos protegem do mal. Nós cristãos não somos supersticiosos porque sabemos que é Deus nosso Pai e está connosco, é verdadeiramente o Senhor Jesus quem cuida de nós e nos defende de todo o mal, porque nos ama, como ninguém.

· A Cruz de Jesus representa o Amor que Deus nos tem. Quando aceitamos a nossa cruz, mostramos o amor que temos a Deus.
Senhor Jesus, só em Vós eu confio. É na Vossa cruz que vejo claramente o amor que me tendes. Livrai-me a mim, aos meus familiares e aos meus amigos de ser supersticioso. Livrai-nos dos nossos inimigos e ajudai-nos a viver a Festa da Exaltação da Santa Cruz em cada 14 de Setembro.
Amen!

Petrus

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Missa Solemnis Tridentina na Basílica de Fátima

6ª FEIRA 10/09/2010 ENTRE AS 20H E AS 22H na
BASÍLICA DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA,
SANTA MISSA TRIDENTINA NO RITO EXTRAORDINÁRIO
ao abrigo do
"MOTU PROPRIO SUMMORUM PONTIFICUM"
DE SUA SANTIDADE BENTO XVI.

Apelo a que todos os que, navegando nos novos oceanos da nova evangelização que por aqui aportarem, façam um esforço para a divulgação deste Santo Sacrifício.

VAMOS CELEBRAR CONDIGNAMENTE EM TERRAS DE SANTA MARIA, NO ALTAR DO MUNDO, EM FÁTIMA, A SANCTA MISSA.

Esta Missa será celebrada durante o Workshop "Restaurando o Sagrado com a Santa Missa Tradicional" que irá decorrer em Fátima, de 8 a 11 de Setembro deste ano, promovido pelos Cónegos Regulares de S. João Câncio (EUA). Será pública e não apenas para os participantes.

PARA QUEM NUNCA TEVE A OPORTUNIDADE DE, EM PORTUGAL, ASSISTIR, É AGORA A HORA. Não vamos amanhã lamentar, por hoje não termos podido estar.

A Tradição

Algumas palavras simples sobre a Tradição em Portugal:

No último ano muitos foram os avanços do catolicismo eterno na Terra de Santa Maria. A actual verdadeira rede de blogs em que o Povo de Deus se tem empenhado, de norte a sul do país, e com alguma preponderância nos meios urbanos e da cidade dos homens, demonstram que a semente está lançada.

Há cerca de 1 ano, comecei a seguir um blog, que actualmente tem mais de 180 seguidores - o "Tradição Católica" da Teresa Moreno - é de facto uma lufada de ar fresco nestas águas mansas do aggiornamento.

Nas "faldas" do Vaticano II, os nossos pais cantavam, "Dai-nos muitos e Santos Missionários". Precisamos agora de, muitos, Santos e empenhados leigos, que possam, pelo seu exemplo e proposta, ser fonte de vida e espelho da intervenção salvífica que o Espírito Santo desenvolve no Povo de Deus.

A visita do Santo Padre Bento XVI demonstrou quem está verdadeiramente e quem não está, ou quem não quer estar. A universalidade da una, sancta, catolica et apostolica ecclesia, permite, em união com Sua Santidade, que grupos de leigos e de consagrados, possam viver e celebrar, no âmbito da oração de sempre, em maior comunhão com a melodiosa lingua latina.

Não será já amanhã que poderemos, por exemplo, na Vigília Pascal ou numa ordenação, ouvir e orar a Litania dos Santos ao som da língua eterna, mas podemos, em celebrações mais íntimas, e sempre em comunhão com a Igreja universal, viver nessa nova e eterna forma o culto divino.

Petrus

domingo, 22 de agosto de 2010

Senhor, quem entrará

Senhor,
quem entrará no santuário p'ra Te louvar?
Quem tem as mãos limpas, o coração puro,
quem não é vaidoso e sabe amar.

Senhor,
eu quero entrar no santuário p'ra Te louvar.
Oh! dá-me mãos limpas, um coração puro,
arranca a vaidade, ensina-me a amar.

Senhor,
já posso entrar no santuário p'ra Te louvar.
Teu sangue me lava, Teu fogo me queima,
o Espírito Santo inunda o meu ser.

Recordo com uma saudade linda, estas estrofes, cantadas aquando duma caminhada começada num dos bairros mais problemáticos da zona da Amadora e quando entravamos na Igreja Paroquial de Nossa Senhora Mãe de Deus da Buraca. Já passou mais de 1 década. O louvor ao Senhor gritado pelo povo simples, a verdadeira fraternidade do louvor ao Senhor, tenho-o sempre presente quando medito nas palavras "Há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos".

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Requiem aeternum

Pelo meu querido sogro, cuja passagem para o Pai ocorreu no passado 7 de Julho, depois de 10 anos de doença prolongada e 2 meses de hospitalização.

Um grande senhor, Comandante de Marinha, de cultura histórica e geográfica assinalável e dum gosto pela leitura que permitia manter uma biblioteca ecléctica e agradável.

Da sua memória recordo 4 momentos, a 1ª vez que o vi, chegados em 1996 duma peregrinação juvenil e ele, no seu automóvel branco à espera da HL. A 2ª vez no Natal de 2000, a 1ª vez que trocamos palavras e todos ficaram a achar que já nos conhecíamos há muito. A 3ª quando em Santa Maria dos Olivais, naquela Igreja Mãe de agora quase 1 dezena de Paróquias, me concedeu o braço da minha noiva naquela manhã de Maio e a 4ª quando visitou Fátima a única vez na sua vida, connosco, no verão de 2007, dizendo-me no fim que tinha gostado e achado o Sucessor dos Apóstolos que connosco privou um pouco "um Senhor simpático". Que interrogações e que questões lhe ficaram nunca soube.

Não esquecemos os que nos precederam na fé e oramos sempre para que atinjam a lux perpetua.

terça-feira, 29 de junho de 2010

TU ES PETRUS!

“Tu es Petrus, et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam. Et portæ inferi non prævalebunt adversus eam. Et tibi dabo claves regni cælorum." (Matthaeum 16, 18-19)

"Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu;"

Em total unidade com o sucessor de Pedro, saudemos o Papa Bento XVI, no dia dos Apóstolos e Mártires São Pedro e São Paulo, pilares da Una, Santa, Catolica et Apostolica Ecclesia. Recordamos aqueles homens que no primeiro século deixaram tudo e seguiram Nosso Senhor Jesus Cristo, um pescador da Betesaida e outro curtidor de peles de Tarso, e foram pescadores de homens e de mulheres para a nascente Igreja e fundadores de comunidades pelo mundo na altura conhecido, alcançaram ambos o martírio em Roma.

De tantas peças elaboradas com base na exclamação do Senhor Jesus "Tu es Petrus", recordo uma que não é das mais conhecidas, o "Tu es Petrus" do romântico Gabriel Fauré, interpretada por um jovem solista baixo e pelo Coro Regina Coeli de Lisboa, no início da 1ª década do século XXI, na Basílica do Convento de Mafra, por entre aqueles 6 órgãos, agora sibilantes e na altura ainda quase mudos, ecoando do alto, por uma das janelas laterais esquerdas do altar. Eu e a HL, simples tenor e soprano, rodeados pelas vozes de muitos que agora outras vias cruzam, tivemos a alegria de participar nesse concerto, já passaram cerca de 10 anos!

Neste dia de São Pedro e de São Paulo, com que alegria sentimos a catolicidade da unidade na diversidade e de termos sido tocados pela Fé e pela Graça dos sentimentos que inconscientemente sentimos pelo Santo Padre e pedirmos: "Santo Padre guiai o rebanho do Senhor!"

Uma nota pessoal: Para todos aqueles que a sua graça é Pedro ou Paulo, estamos de parabéns (sem orgulho exterior mas com alegria interior)!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo

Transcrevo do site oficial do Patriarcado de Lisboa o seguinte convite, para que particularmente possamos celebrar a Devoção Eucarística, que está intrínseca à nossa catolicidade e, enquanto não for decidido em Portugal o fim do Feriado Móvel do Corpo de Deus, poderemos publicamente celebrar (ainda) este ano, amanhã, dia 03 de Junho de 2010.

Contrariamente à religiosidade popular mais generalizada e a uma certa idolatria menos esclarecida, que por vezes ocorre aquando das "procissões" e devoções em honra de um(a) determinado(a) padroeiro(a) ou santo(a) pelo qual a devoção local ou outra é exercida, a Procissão do Corpo de Deus é feita ao Senhor dos Senhores, ao Rei dos Reis, a Jesus Cristo Vivo em que o Santíssimo Sacramento caminha connosco na nossa vida e num contexto urbano da nossa Cidade dos Homens.

A última proposta de projecto de resolução entrada na Assembleia da República no passado dia 19 de Maio de 2010 prevê a extinção do Feriado Móvel do Corpo de Deus (tal como o Dia de Todos os Santos, o Dia da Implantação da República e o Dia da Restauração da Independência, respectivamente, 1 de Novembro, 5 de Outubro e 1 de Dezembro). A mesma não está ainda agendada na respectiva comissão.


"CRISTO VIVO NO CORAÇÃO DA CIDADE" - CELEBRAÇÃO DO CORPO DE DEUS

Excelentíssimo Senhor

Em nome de Sua Eminência o Senhor Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo, venho dar a conhecer a Vossa Excelência o programa da habitual celebração da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, que terá lugar no próximo dia 03 de Junho:

Sé Patriarcal
11.30H – Celebração da Santa Missa, presidida pelo Senhor Cardeal-Patriarca.12.30H-16.30H – Adoração do Santíssimo Sacramento.

Solene Procissão do Corpo de Deus

Início às 16.30H, com o seguinte percurso:
Largo da Sé, Rua das Pedras Negras, Rua da Madalena, Rua dos Condes de Monsanto, Praça da Figueira, Rua da Prata, Rua da Conceição, Rua de Santo António da Sé e Largo da Sé.

No Terreiro da Sé, cerca das 18.00H:
Bênção do Santíssimo Sacramento.

Trata-se de uma Celebração de longa tradição e fervorosa vivência na cidade de Lisboa, na qual contemplamos e testemunhamos a presença de Cristo Vivo, fonte de comunhão e de renovação da esperança, que comprometem os crentes na construção da Cidade.

Desta forma, dirijo também a V. Exª, com o maior empenho, o convite para nela participar.

Com os meus cordiais cumprimentos,
O Vigário-Geral
D. Tomaz Pedro Barbosa Silva Nunes
Bispo Auxiliar de Lisboa

Por isto apelei hoje a um conjunto de amigos que estivessemos, preferencialmente com as crianças, se não for possível em toda a Procissão, pelo menos no final, pelas 18h, de volta à Sé de Lisboa, aquando da solene adoração Eucarística, em que todos, mesmo todos, incluindo os Sucessores dos Apóstolos e os Reverendíssimos Sacerdotes, estaremos voltados para a Santíssima Eucaristia.

Petrus

sábado, 22 de maio de 2010

Pentecostes 2010 - Veni Creator Spiritus

Veni Creator Spiritus,
Mentes tuorum visita,
Imple superna gratia,
Quae tu creasti, pectora.


Qui Paraclitus diceris,
Altissimi donum Dei,
Fons vivus, ignis, caritas,
Et spiritalis unctio.


Tu septiformis munere,
Digitus Paternae dexterae,
Tu rite promissum Patris,
Sermone ditans guttura.


Accende lumen sensibus,
Infunde amorem cordibus,
Infirma nostri corpis
Virtute firmans perpeti.


Hostem repellas longius,
Pacemque dones protinus;
Ductore sic te praevio,
Vitemus omne noxium.


Per te sciamus da Patrem
Noscamus atque Filium;
Teque utriusque Spiritum
Credamus omni tempore.


Deo Patri sit gloria,
Et Filio, qui a mortuis
Surrexit, ac Paraclito
In saeculorum saecula.


Amen.



SEQUÊNCIA

Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.

Aleluia! Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor! Aleleuia!

Saudemos o Pentecostes, formação da Igreja, saudemos os Santos Apóstolos e a Santa Mãe de Nosso Senhor, que entre paredes, receberam o Espírito Santo sob a forma de línguas de fogo. E lembremos o tempo em que os Santos Domingos eram contados não como "domingos comuns" mas como "Domingos a seguir ao Pentecostes", quem não se lembra dos maravilhosos sermões de Santo António? Habitualmente terminavam com x Domingo a seguir ao Pentecostes.

sábado, 15 de maio de 2010

How beautiful are the feet of them that preach the gospel of peace, and bring glad tidings of good things!

VIVA O PAPA BENTO XVI:

Quam pulchri super montes pedes annuntiantis, praedicantis pacem, annuntiantis bonum, praedicantis salutem, dicentis Sion: “Regnavit Deus tuus!”- Liber Isaiae 52, 7

Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a Boa Nova, que proclama a salvação e diz a Sião: "O teu Deus é Rei". Eis o grito das tuas sentinelas que levantam a voz. Todas juntas soltam brados de alegria, porque vêem com os próprios olhos o Senhor que volta para Sião. Rompei todas em brados de alegria, ruínas de Jerusalém, porque o Senhor consola o seu povo, resgata Jerusalém. O Senhor descobre o seu santo braço à vista de todas as nações, e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus. - Is 52, 7-10

A bela passagem de Isaías, que São Paulo aos Romanos redescobre e que podemos ouvir no número 38, na ária para contralto, do Messias de Handel, aplicou-se mais uma vez, com a vinda do Santo Padre Bento XVI a Portugal.

Com ele percorremos os caminhos de Lisboa, Fátima e Porto, convivemos com um povo que caminha, clamando "Vem Senhor!" e que recebeu o Bispo de Roma, Vigário de Cristo na Terra, com a alegria da redenção. Quantas mágoas e choros, quanta emoção, foi carregada, por homens e mulheres, velhos e novos, pobres e ricos, cultos e sábios ou simplesmente à procura, que junto com o Sucessor de Pedro, pediram ao Senhor Jesus Cristo, por intercessão de Maria Santíssima, a sua protecção, absolvição e no fundo, uma vida simples e melhor.

Obrigado Santo Padre. Obrigado Bento XVI.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Com o Santo Padre no Terreiro do Paço

Fui uma das 200.000 pessoas que estiveram dia 11 de Maio com o Santo Padre na baixa de Lisboa. De manhã tinha estado com a minha mulher e o nosso menino na Gago Coutinho, com as irmãs Servas da Sagrada Família.

Vi-o cara a cara, vi os seus olhos e o seu sorriso, ouvi as suas palavras e as entrelinhas das mesmas. Estive a 1 metro do nosso querido e bem amado Papa!

A primeira leitura foi um dos textos que mais me toca na Sagrada Escritura e que aqui postei no dia de todos os santos - Apocalipse 7 onde o Apóstolo São João relatou "a multidão que ninguém pode contar e provém de todas as nações, tribos, povos e línguas e que estavam vestidos de túnicas brancas e com palmas na mão" - os servos do Nosso Deus, em cuja fronte foi traçado o Sinal da Cruz (da homilia do Santo Padre).

A homilia completa está em:

http://static.publico.clix.pt/docs/sociedade/missa.pdf

Santo Padre! Guiai o vosso rebanho por veredas limpas! Guiai-nos na evangelização da Europa!

VIVA O PAPA.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Willkommen Heilige Vater!


Benedictus qui venit in nomine Domini!




EU ACREDITO!


Nós sabemos porquê,
Porquê seguir esta estrada,
Queremos olhar Jesus
E crescer na Santidade.


Viver a nossa missão,
Dia‐a‐dia em cada encontro
Escolhidos p’a anunciar
A beleza do Amor e a Verdade


Na Fé O vejo: eu acredito!
Na igreja O escuto: eu acredito!
No Amor O toco: eu acredito!
Por isso eu digo: eu acredito!


O Papa traz‐nos Jesus,
Celebremos em unidade,
Erguendo a Sua luz,
Servindo em Caridade


Nós sabemos porquê
Porquê acreditar,
Se olharmos o que Lhe aconteceu,
Assim estamos certos


Com agradecimentos a:

Rev. Pe José Miguel Pereira

Maria Durão
Carlos Garcia


Luís Roquette





BENVINDO BENVINDO!

PASTOR UNIVERSAL!

SANTO PADRE!

BENVINDO A PORTUGAL!

domingo, 4 de abril de 2010

CRISTO RESSUSCITOU ALELUIA

E Simão Pedro gritou: O Senhor está vivo, Ele ressuscitou!
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia!

MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE BENTO XVI PÁSCOA 2010

«Cantemus Domino: gloriose enim magnificatus est».

«Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!» (Liturgia das Horas: Páscoa, Ofício de Leituras, Ant. 1).

Queridos irmãos e irmãs!

Transmito-vos o anúncio da Páscoa com estas palavras da Liturgia, que repercutem o antiquíssimo hino de louvor dos hebreus depois da travessia do Mar Vermelho. Conta o Livro do Éxodo (cf. 15, 19-21) que, depois de atravessarem o mar enxuto e terem visto os egípcios submersos pelas águas, Miriam – a irmã de Moisés e Aarão – e as outras mulheres entoaram, dançando, este cântico de exultação: «Cantai ao Senhor que Se revestiu de glória. Precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro!» Por todo o mundo, os cristãos repetem este cântico na Vigília Pascal, cujo significado é depois explicado na respectiva oração; uma oração que agora, na plena luz da Ressurreição, jubilosamente fazemos nossa: «Também em nossos dias, Senhor, vemos brilhar as vossas antigas maravilhas: se outrora manifestastes o vosso poder libertando um só povo da perseguição do Faraó, hoje assegurais a salvação de todas as nações fazendo-as renascer pela água do Baptismo: fazei que todos os povos da terra se tornem filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito».

O Evangelho revelou-nos o cumprimento das figuras antigas: com a sua morte e ressurreição, Jesus Cristo libertou o homem da escravidão radical, a do pecado, e abriu-lhe a estrada para a verdadeira Terra Prometida, o Reino de Deus, Reino universal de justiça, de amor e de paz. Este «êxodo» verifica-se, antes de mais nada, no íntimo do próprio homem e consiste num novo nascimento no Espírito Santo, efeito do Baptismo que Cristo nos deu precisamente no mistério pascal. O homem velho cede o lugar ao homem novo; a vida anterior é deixada para trás, pode-se caminhar numa vida nova (cf. Rm 6, 4). Mas o «êxodo» espiritual é princípio duma libertação integral, capaz de renovar toda a dimensão humana, pessoal e social.

Sim, irmãos, a Páscoa é a verdadeira salvação da humanidade! Se Cristo – o Cordeiro de Deus – não tivesse derramado o seu Sangue por nós, não teríamos qualquer esperança, o destino nosso e do mundo inteiro seria inevitavelmente a morte. Mas a Páscoa inverteu a tendência: a Ressurreição de Cristo é uma nova criação, como um enxerto que pode regenerar toda a planta. É um acontecimento que modificou a orientação profunda da história, fazendo-a pender de uma vez por todas para o lado do bem, da vida, do perdão. Somos livres, estamos salvos! Eis o motivo por que exultamos do íntimo do coração: «Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!»
O povo cristão, saído das águas do Baptismo, é enviado por todo o mundo a testemunhar esta salvação, a levar a todos o fruto da Páscoa, que consiste numa vida nova, liberta do pecado e restituída à sua beleza original, à sua bondade e verdade. Continuamente, ao longo de dois mil anos, os cristãos – especialmente os santos – fecundaram a história com a experiência viva da Páscoa. A Igreja é o povo do êxodo, porque vive constantemente o mistério pascal e espalha a sua força renovadora em todo o tempo e lugar. Também em nossos dias a humanidade tem necessidade de um «êxodo», não de ajustamentos superficiais, mas de uma conversão espiritual e moral. Necessita da salvação do Evangelho, para sair de uma crise que é profunda e, como tal, requer mudanças profundas, a partir das consciências.

Peço ao Senhor Jesus que, no Médio Oriente e de modo particular na Terra santificada pela sua morte e ressurreição, os Povos realizem um verdadeiro e definitivo «êxodo» da guerra e da violência para a paz e a concórdia. Às comunidades cristãs que conhecem provações e sofrimentos, especialmente no Iraque, repita o Ressuscitado a frase cheia de consolação e encorajamento que dirigiu aos Apóstolos no Cenáculo: «A paz esteja convosco!» (Jo 20,21).
Para os países da América Latina e do Caribe que experimentam uma perigosa recrudescência de crimes ligados ao narcotráfico, a Páscoa de Cristo conceda a vitória da convivência pacífica e do respeito pelo bem comum. A dilecta população do Haiti, devastado pela enorme tragédia do terremoto, realize o seu «êxodo» do luto e do desânimo para uma nova esperança, com o apoio da solidariedade internacional. Os amados cidadãos chilenos, prostrados por outra grave catástrofe mas sustentados pela fé, enfrentem com tenacidade a obra de reconstrução.

Na força de Jesus ressuscitado, ponha-se fim em África aos conflitos que continuam a provocar destruição e sofrimentos e chegue-se àquela paz e reconciliação que são garantias de desenvolvimento. De modo particular confio ao Senhor o futuro da República Democrática do Congo, da Guiné e da Nigéria.

O Ressuscitado ampare os cristãos que, pela sua fé, sofrem a perseguição e até a morte, como no Paquistão. Aos países assolados pelo terrorismo e pelas discriminações sociais ou religiosas, conceda Ele a força de começar percursos de diálogo e serena convivência. Aos responsáveis de todas as Nações, a Páscoa de Cristo traga luz e força para que a actividade económica e financeira seja finalmente orientada segundo critérios de verdade, justiça e ajuda fraterna. A força salvífica da ressurreição de Cristo invada a humanidade inteira, para que esta supere as múltiplas e trágicas expressões de uma «cultura de morte» que tende a difundir-se, para edificar um futuro de amor e verdade no qual toda a vida humana seja respeitada e acolhida.

Queridos irmãos e irmãs! A Páscoa não efectua qualquer magia. Assim como, para além do Mar Vermelho, os hebreus encontraram o deserto, assim também a Igreja, depois da Ressurreição, encontra sempre a história com as suas alegrias e as suas esperanças, os seus sofrimentos e as suas angústias. E todavia esta história mudou, está marcada por uma aliança nova e eterna, está realmente aberta ao futuro. Por isso, salvos na esperança, prosseguimos a nossa peregrinação, levando no coração o cântico antigo e sempre novo: «Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!»

Em Comunhão total e união espiritual com o Vigário de Cristo o Santo Padre Bento XVI rezemos pela conversão individual e universal de todos os povos e particularamente de todos os cristãos, povo eleito de Deus que aceitou e proclama Nosso Senhor Jesus Cristo como Salvador do mundo. Rezemos pelos Príncipes da Santa Madre Igreja, para que o Espírito Santo viva neles e que a cor escarlate que irradiam seja sinal da protecção, até ao sangue, que juraram defender da fé de Cristo e da vida do Papa. Rezemos pelos Sucessores dos Apóstolos, que a cor púrpura que carregam seja sinal da linha ininterrupta dos Santos Apóstolos e que apascentem as suas dioceses com Santidade.

Amen.

Deo Gratias!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Vivendo a Quaresma XXXVIII

Ante diem autem festum Pa schae, sciens Iesus quia venit eius hora, ut transeat ex hoc mundo ad Patrem, cum dilexisset suos, qui erant in mundo, in finem dilexit eos. Et in cena, cum Diabolus iam misisset in corde, ut traderet eum Iudas Simonis Iscariotis, sciens quia omnia dedit ei Pater in manus, et quia a Deo exivit et ad Deum vadit, surgit a cena et ponit vestimenta sua et, cum accepisset linteum, praecinxit se. Deinde mittit aquam in pelvem et coepit lavare pedes discipulorum et extergere linteo, quo erat praecinctus. - Ioannen 13, 1-5

Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo. O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a decisão de o entregar. Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura. - Jo 13, 1-5

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Quinta Feira Santa ou Quinta Feira da Paixão ou Quinta Feira dos Mandamentos

Agora chegados ao dia da última ceia de Nosso Senhor Jesus Cristo, umas pequenas reflexões:

A Quinta Feira Santa ou da Paixão (no rito extraordinário) é a tradicional Maundy Thursday das comunidades de tradição anglo-saxónica - Maundy do latim mandatum, traduzido vulgarmente por mandamento(s) - tratando-se da solene comemoração da Instituição da Santa Eucaristia, sendo a mais antiga das observâncias da Semana Santa.




Em Roma várias cerimónias foram muito cedo acrescidas a esta celebração, nomeadamente a consagração dos santos óleos e a reconciliação dos penitentes.



O canon 24 do Concílio de Cartago dispensou os fiéis do jejum antes da comunhão na Quinta Feira Santa porque, neste dia, era usual tomar um banho e o banho era incompatível com o jejum. Santo Agostinho alude a este costume (Ep. cxviii ad Januarium, n. 7);



A Quinta Feira Santa era vivida com uma sucessão de celebrações com carácter festivo, o Baptismo dos neófitos, a reconciliação dos penitentes, a consagração dos santos óleos, o lava-pés, a Instituição da Sagrada Eucaristia e, devido a todas estas celebrações, o dia foi recebendo diferentes nomes, todos eles aludindo a uma ou a outra celebração.



Redditio Symboli era assim chamada porque antes de serem admitidos ao batismo, os catecúmenos tinham de recitar o credo de cor, na presença do Bispo ou de seu representante.



Pedilavium (lava-pés), cujos traços são encontrados nos ritos mais antigos, ocorriam em muitas igrejas na Quinta-feira Santa, o capitilavium (lavagem da cabeça) tinha tido lugar no Domingo de Ramos (Santo Agostinho, "Ep. Cxviii "cxix, e. 18).



Exomologesis e reconciliação dos penitentes: A carta do papa Inocêncio I a Decentius de Gubbio, testemunha que em Roma era costume na "quinta feria Pascha" absolver os penitentes dos seus pecados mortais e veniais, excepto em casos de doença grave que os mantivesse longe de igreja (Labbe, "Concilia" II col. 1247, Santo Ambrósio, "Ep. xxxiii ad Marcellinam"). Os penitentes ouvido a Missa pro paenitentium reconciliatione, a absolvição era dada antes do ofertório. O "Sacramentary" do Papa Gelásio contém um Ordo poenitentiam publicam agentibus (Muratori, "Liturgia romana Vetus", I, 548-551).

Olei exorcizati: No séc. V foi estabelecido consagrar na quinta-feira santa os óleos do Santo Crisma, assim como todos os necessários para a unção do recém-baptizado. O "Comes Hieronymi", o sacramentaries gregoriano e Gelasian e a "Missa Ambrosiana" de Pamelius, todos concordam sobre a confecção do crisma, naquele dia, como faz também o "Ordo romanus I".

Eucharistiae Anniversarium. A festa nocturna e da dupla oblação cedo se tornou objecto de desaprovação e, em 692 ocorreu uma proibição formal. A celebração eucarística, a partir daí, teve lugar na parte da manhã, e ao Bispo coube guardar a reserva eucarística para a comunhão do dia seguinte, praesanctificatorum Missa (Muratori ", Liturg. Rom. Vetus", II, 993).

Outras observâncias: Na Quinta-Feira Santa deixam de soar os sinos, o altar é despojado após as Vésperas, e a celebração vespertina é celebrada sob o nome de Tenebrae.


Deo Gratias - vivamos de forma solene e festiva este Santo Dia!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Vivendo a Quaresma XXXVII

Prima autem Azymorum accesserunt discipuli ad Iesum dicentes: “ Ubi vis paremus tibi comedere Pascha? ”. Ille autem dixit: “ Ite in civitatem ad quendam et dicite ei: “Magister dicit: Tempus meum prope est; apud te facio Pascha cum discipulis meis” ”. Et fecerunt discipuli, sicut constituit illis Iesus, et paraverunt Pascha. - Matthaeum 26, 17-19

No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?» 18Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.’» 19Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. - Mt 26, 17-19

Vivendo a Quaresma XXXVI

Filioli, adhuc modicum vobiscum sum; quaeretis me, et sicut dixi Iudaeis: Quo ego vado, vos non potestis venire, et vobis dico modo. - Ioannem 13, 33

Filhinhos, já pouco tempo vou estar convosco. Haveis de me procurar, e, assim como Eu disse aos judeus: ‘Para onde Eu for vós não podereis ir’, também agora o digo a vós. - Jo 13, 33

Vivendo a Quaresma XXXV

Pauperes enim semper habetis vobiscum, me autem non semper habetis. - Ioannem 12, 8

De facto, os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim não me tendes sempre. - Jo 12, 8

Vivendo a Quaresma XXXIV

Ab illo ergo die cogitaverunt, ut interficerent eum. Iesus ergo iam non in palam ambulabat apud Iudaeos, sed abiit inde in regionem iuxta desertum, in civitatem, quae dicitur Ephraim, et ibi morabatur cum discipulis. - Ioannem 11, 53-54

Assim, a partir desse dia, resolveram dar-lhe a morte. Por isso, Jesus já não andava em público, mas retirou-se dali para uma região vizinha do deserto, para uma cidade chamada Efraim e lá ficou com os discípulos. - Jo 11, 53-54

Vivendo a Quaresma XXXIII

Respondit eis Iesus: “ Dixi vobis, et non creditis; opera, quae ego facio in nomine Patris mei, haec testimonium perhibent de me. - Ioannem 10, 25

Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não credes. As obras que Eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho a meu favor; - Jo 10, 25

Vivendo a Quaresma XXXII

Et respondens angelus dixit ei: “ Spiritus Sanctus superveniet in te, et virtus Altissimi obumbrabit tibi: ideoque et quod nascetur sanctum, vocabitur Filius Dei. - Lucam 1, 35

O anjo respondeu-lhe: "O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus". - Lc 1, 35

Vivendo a Quaresma XXXI

Si ergo Filius vos liberaverit, vere liberi eritis. - Ioannem 8, 36

Pois bem, se o Filho vos libertar, sereis realmente livres. - Jo 8, 36

Vivendo a Quaresma XXX

"Et qui me misit, mecum est; non reliquit me solum, quia ego, quae placita sunt ei, facio semper". - Ioannem 8, 29

"E aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou só, porque faço sempre aquilo que lhe agrada." - Jo 8, 29

Vivendo a Quaresma XXIX

Erigens autem se Iesus dixit ei: “ Mulier, ubi sunt? Nemo te condemnavit? ”. Quae dixit: “ Nemo, Domine ”. Dixit autem Iesus: “ Nec ego te condemno; vade et amplius iam noli peccare ”. - Ioannem 8, 10-11

Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?» Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.» - Jo 8, 10-11

Vivendo a Quaresma XXVIII

Ex illa ergo turba, cum audissent hos sermones, dicebant: “ Hic est vere propheta! ”; alii dicebant: “ Hic est Christus! ”; quidam autem dicebant: “ Numquid a Galilaea Christus venit? Nonne Scriptura dixit: “Ex semine David et de Bethlehem castello, ubi erat David, venit Christus”? ”. Dissensio itaque facta est in turba propter eum. - Ioannem 7, 40-43

Então, entre a multidão de pessoas que escutaram estas palavras, dizia-se: «Ele é realmente o Profeta.» Diziam outros: «É o Messias.» Outros, porém, replicavam: «Mas pode lá ser que o Messias venha da Galileia?! Não diz a Escritura que o Messias vem da descendência de David e da cidade de Belém, donde era David?» Deste modo, estabeleceu-se um desacordo entre a multidão, por sua causa. - Jo 7, 40-43

Vivendo a Quaresma XXVII

“Ioseph fili David, noli timere accipere Mariam coniugem tuam. Quod enim in ea natum est, de Spiritu Sancto est; 21 pariet autem filium, et vocabis nomen eius Iesum: ipse enim salvum faciet populum suum a peccatis eorum”. - Matthaeum 1, 20-21

«José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» - Mt 1, 20-21

quinta-feira, 25 de março de 2010

Vivendo a Quaresma XXVI

Ego autem habeo testimonium maius Ioanne; opera enim, quae dedit mihi Pater, ut perficiam ea, ipsa opera, quae ego facio, testimonium perhibent de me, quia Pater me misit; - Ioannem 5, 36

Mas tenho a meu favor um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai me confiou para levar a cabo, essas mesmas obras que Eu faço, dão testemunho de que o Pai me enviou. - Jo, 5, 36

Vivendo a Quaresma XXV

Amen, amen dico vobis: Qui verbum meum audit et credit ei, qui misit me, habet vitam aeternam et in iudicium non venit, sed transiit a morte in vitam. - Ioannem 5, 24

Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida. - Jo 5, 24

Vivendo a Quaresma XXIV

Dicit ei Iesus: “ Surge, tolle grabatum tuum et ambula ”. - Ioannem 5, 8

Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda.» - Jo 5, 8

Vivendo a Quaresma XXIII

Dicit ei Iesus: “ Vade. Filius tuus vivit ”. Credidit homo sermoni, quem dixit ei Iesus, et ibat. Iam autem eo descendente, servi eius occurrerunt ei dicentes quia puer eius vivit. Interrogabat ergo horam ab eis, in qua melius habuerit. Dixerunt ergo ei: “ Heri hora septima reliquit eum febris ”. Cognovit ergo pater quia illa hora erat, in qua dixit ei Iesus: “ Filius tuus vivit ”, et credidit ipse et domus eius tota. " - Ioannem 4, 50 - 53

Disse-lhe Jesus: «Vai, que o teu filho está salvo.» O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe disse e pôs-se a caminho. Enquanto ia descendo, os criados vieram ao seu encontro, dizendo: «O teu filho está salvo.» Perguntou-lhes, então, a que horas ele se tinha sentido melhor. Responderam: «A febre deixou-o há pouco, depois do meio-dia.» O pai viu, então, que tinha sido exactamente àquela hora que Jesus lhe dissera: «O teu filho está salvo». E acreditou ele e todos os da sua casa. - Jo 4, 50 - 53
Em dia de Anunciação do Senhor e pensando em Nossa Senhora, aquela bela e pura jovem de Belém e ao mesmo tempo, em tempo de Paixão, cerca de 3 dezenas de anos depois, naquele mistério junto à Cruz, o Stabat Mater:

Stabat mater dolorosa
iuxta Crucem lacrimosa,
dum pendebat Filius.

Cuius animam gementem,

contristatam et dolentem,
pertransivit gladius.

O quam tristis et afflicta

fuit illa benedicta
Mater Unigeniti.

Quae maerebat et dolebat,
Pia Mater cum videbat
Nati poenas incliti.

Quis est homo qui non fleret,

Matrem Christi si videret
in tanto supplicio?

Quis non posset contristari,

Christi Matrem contemplari
dolentem cum Filio?

Pro peccatis suae gentis

vidit Iesum in tormentis
et flagellis subditum.

Vidit suum dulcem natum

moriendo desolatum,
dum emisit spiritum.

Eia Mater, fons amoris,

me sentire vim doloris
fac, ut tecum lugeam.

Fac ut ardeat cor meum

in amando Christum Deum,
ut sibi complaceam.

Sancta mater, istud agas,

crucifixi fige plagas
cordi meo valide.

Tui nati vulnerati,

tam dignati pro me pati,
poenas mecum divide.

Fac me tecum pie flere,

crucifixo condolere,
donec ego vixero.

Iuxta crucem tecum stare,

et me tibi sociare
in planctu desidero.

Virgo virginum praeclara,

mihi iam non sis amara:
fac me tecum plangere.

Fac ut portem Christi mortem,

passionis fac consortem,
et plagas recolere.

Fac me plagis vulnerari,

fac me cruce inebriari,
et cruore Filii.

Flammis ne urar succensus

per te Virgo, sim defensus
in die judicii

Christe, cum sit hinc exire,

da per matrem me venire
ad palmam victoriae.

Quando corpus morietur,

fac ut animae donetur
Paradisi gloria.

E já agora: O Regina Coeli de Lisboa vai interpretar o Stabat Mater de Antonin Dvorak Sábado 27/03/2010 às 21h30m na Igreja do Carmo em Aveiro e Sábado 03/04/2010 às 18h no Santuário do Senhor Jesus da Pedra em Óbidos. Todos são convidados.

Na língua de Camões e de Fernando Pessoa:

Estava em pé a Mãe dorida,
chorando junto à cruz,
enquanto o Filho pendia.

Cuja alma gemendo,
entristecida e doendo,
um gládio atravessou.

Oh! Quão triste e afligida
foi aquela bendita,
a Mãe do Unigénito!

A qual se enlutava e sofria,
e tremia enquanto via
as penas do Glorioso dela nascido.

Qual é o homem que não choraria,
se visse a mãe do Cristo
em tamanho suplício?

Quem não se entristeceria
ao contemplar a piedosa mãe,
sofrendo com o Filho?

Pelos pecados da sua gente,
ela viu Jesus em tormentos,
do flagelo sendo súbdito.

Viu o seu doce bebé
morrendo desolado,
e entregando o espírito.

Ó Mãe, fonte do amor,
faz-me sentir a força da dor,
para contigo me enlutar.

Faz que o meu coração arda
de amor por Cristo Deus,
para Lhe agradar.

Santa Mãe, para que faças isso,
fixa as chagas do Cruxifixo
no meu coração, com força.

Do teu Filho ferido,
que por mim se dignou padecer,
as penas divide, comigo.

Faz-me chorar contigo, piedosamente,
e condoer-me do Cruxifixo,
enquanto eu fôr vivo.

Desejo estar contigo, junto à Cruz,
e com gosto me associo
ao teu pranto.

Ó Virgem das virgens, ilustríssima,
agora não me sejas amarga,
deixa-me chorar contigo.

Faz que eu carregue a morte de Cristo,
faz-me consorte da Paixão,
e que eu de novo cultive as Chagas.

Faz-me ferido de Chagas,
que nesta Cruz eu me embriague
com o amor do teu Filho.

Abrasado e ardendo,
por ti, Virgem, seja eu defendido
no dia do Juízo.

Faz-me ser guardado pela Cruz,
pela morte de Cristo fortalecido,
e pela graça confortado.

Quando o corpo morrer,
faz que à alma seja dada
a glória do Paraíso para todo o sempre.
Ámen

quarta-feira, 17 de março de 2010

Vivendo a Quaresma XXII

Dico vobis: Descendit hic iustificatus in domum suam ab illo. Quia omnis, qui se exaltat, humiliabitur; et, qui se humiliat, exaltabitur. - Lucam 18, 14

Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado. - Lc 18, 14

Vivendo a Quaresma XXI

Iesus respondit: “ Primum est: “Audi, Israel: Dominus Deus noster Dominus unus est, et diliges Dominum Deum tuum ex toto corde tuo et ex tota anima tua et ex tota mente tua et ex tota virtute tua”. - Marcum 12, 29-30

Jesus respondeu: «O primeiro é: Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças. - Mc 12, 29-30

Vivendo a Quaresma XX

Qui non est mecum, adversum me est; et, qui non colligit mecum, dispergit. - Lucam 11, 23

Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa. - Lc 11, 23

Vivendo a Quaresma XIX

Qui ergo solverit unum de mandatis istis minimis et docuerit sic homines, minimus vocabitur in regno caelorum; qui autem fecerit et docuerit, hic magnus vocabitur in regno caelorum. - Matthaeum 5, 19

Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu. - Mt 5, 19

Vivendo a Quaresma XVIII

Sic et Pater meus caelestis faciet vobis, si non remiseritis unusquisque fratri suo de cordibus vestris. - Matthaeum 18, 35

Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração. - Mt 18, 35

Vivendo a Quaresma XVII

Amen dico vobis: Nemo propheta acceptus est in patria sua. - Lucam 4, 24

Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. - Lc 4, 24

Vivendo a Quaresma XVI

“Fili, tu semper mecum es, et omnia mea tua sunt; epulari autem et gaudere oportebat, quia frater tuus hic mortuus erat et revixit, perierat et inventus est”. - Lucam 15, 31-32

‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.’ - Lc 15, 31-32

Vivendo a Quaresma XV

Dicit illis Iesus: “ Numquam legistis in Scripturis:"Lapidem quem reprobaverunt aedificantes,hic factus est in caput anguli;a Domino factum est istudet est mirabile in oculis nostris" ? - Matthaeum 21, 42

Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos"? - Mt 21, 42

segunda-feira, 15 de março de 2010

Vivendo a Quaresma XIV

“Si Moysen et Prophetas non audiunt, neque si quis ex mortuis resurrexerit, credent” - Lucam 16, 31

"Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos." - Lc 16, 31

Vivendo a Quaresma XIII

"Sicut Filius hominis non venit ministrari sed ministrare et dare animam suam redemptionem pro multis ”. - Matthaeum 20, 28

"Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão." - Mt 20, 28

Vivendo a Quaresma XII

Tunc Iesus locutus est ad turbas et ad discipulos suos dicens: “ Super cathedram Moysis sederunt scribae et pharisaei. Omnia ergo, quaecumque dixerint vobis, facite et servate; secundum opera vero eorum nolite facere: dicunt enim et non faciunt. Alligant autem onera gravia et importabilia et imponunt in umeros hominum, ipsi autem digito suo nolunt ea movere. Omnia vero opera sua faciunt, ut videantur ab hominibus: dilatant enim phylacteria sua et magnificant fimbrias, amant autem primum recubitum in cenis et primas cathedras in synagogis et salutationes in foro et vocari ab hominibus Rabbi. Vos autem nolite vocari Rabbi; unus enim est Magister vester, omnes autem vos fratres estis. Et Patrem nolite vocare vobis super terram, unus enim est Pater vester, caelestis. Nec vocemini Magistri, quia Magister vester unus est, Christus. Qui maior est vestrum, erit minister vester. Qui autem se exaltaverit, humiliabitur; et, qui se humiliaverit, exaltabitur. - Matthaeum 23, 1-12

Então, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos: «Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar. Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as filactérias e alongam as orlas dos seus mantos. Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados ‘mestres’ pelos homens. Quanto a vós, não vos deixeis tratar por ‘mestres’, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis ‘Pai’, porque um só é o vosso ‘Pai’: aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por ‘doutores’, porque um só é o vosso ‘Doutor’: Cristo. O maior de entre vós será o vosso servo. Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado - Mt 23, 1-12

Vivendo a Quaresma XI

"Estote misericordes, sicut et Pater vester misericors est. Et nolite iudicare et non iudicabimini; et nolite condemnare et non condemnabimini. Dimittite et dimittemini; date, et dabitur vobis: mensuram bonam, confertam, coagitatam, supereffluentem dabunt in sinum vestrum; eadem quippe mensura, qua mensi fueritis, remetietur vobis ”. - Lucam 6, 36-38

"Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco." - Lc 6, 36-38

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vivendo a Quaresma X

Ego autem dico vobis: Diligite inimicos vestros et orate pro persequentibus vos, ut sitis filii Patris vestri, qui in caelis est, quia solem suum oriri facit super malos et bonos et pluit super iustos et iniustos. Si enim dilexeritis eos, qui vos diligunt, quam mercedem habetis? - Matthaeum 5, 44-46a

Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? - Mt 5, 44-46a

Vivendo a Quaresma IX

Si ergo offeres munus tuum ad altare, et ibi recordatus fueris quia frater tuus habet aliquid adversum te, relinque ibi munus tuum ante altare et vade, prius, reconciliare fratri tuo et tunc veniens offer munus tuum. - Matthaeum 5, 23-24

"Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta." - Mt 5, 23-24

Vivendo a Quaresma VIII

Petite, et dabitur vobis; quaerite et invenietis; pulsate, et aperietur vobis. Omnis enim qui petit, accipit; et, qui quaerit, invenit; et pulsanti aperietur. - Matthaeum 7, 7-8

"Pedi e dar-se-vos-á, procurai e encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe, quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-á." - Mt 7, 7-8

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Vivendo a Quaresma VII

"Nam sicut Ionas fuit signum Ninevitis, ita erit et Filius hominis generationi isti. (...) et ecce plus Iona hic". - Lucam 11, 30.32c

"Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. (...) e aqui está quem é maior do que Jonas". - Lc 11, 30.32c

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vivendo a Quaresma VI

Orantes autem nolite multum loqui sicut ethnici; putant enim quia in multiloquio suo exaudiantur. Nolite ergo assimilari eis; scit enim Pater vester, quibus opus sit vobis, antequam petatis eum. Sic ergo vos orabitis: Pater noster, qui es in caelis,sanctificetur nomen tuum, adveniat regnum tuum, fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in terra. Panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie; et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris; et ne inducas nos in tentationem, sed libera nos a Malo. - Matthaeum 6, 7-15

Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. - Mt 6, 7-15

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

No dia da Cadeira de São Pedro

A festa da Cadeira de São Pedro era já celebrada neste dia em Roma no século IV, para significar a unidade da Igreja, fundada sobre o Príncipe dos Apóstolos.

Celebremos esta Festa em profunda unidade e oração com o Vigário de Cristo, o Santo Padre Bento XVI!

Segue a mensagem do Santo Padre para esta Quaresma:

A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3, 21–22)

Queridos irmãos e irmãs,

Todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida à luz dos ensinamentos evangélicos. Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21–22).

Justiça: “dare cuique suum”

Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romano do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais íntimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado à sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena à morte centenas de milhões de seres humanos por falta de alimentos, de água e de medicamentos -, mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nota Santo Agostinho: se “a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu… não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).

De onde vem a injustiça?

O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativa ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista: “Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, colhendo o fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram à lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição; à lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?

Justiça e Sedaqah

No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De facto sedaqah significa, de um lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva (cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei, pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre (cfr Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro (cfr Ex 22,20), o escravo (cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto-suficiência, daquele estado profundo de fecho, que é a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente para a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?

Cristo, justiça de Deus

O anúncio cristão responde positivamente à sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “ Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vítima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25)

Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O facto de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: que justiça existe lá, onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira, cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidência que o homem não é um ser autárquico, mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência
– indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.

Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, óbvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Graças à acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é a do amor (cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.

Precisamente fortalecido por esta experiência, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.

Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autêntica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.

Vaticano, 30 de Outubro de 2009

BENEDICTUS PP. XVI