segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fim da limitação da Família Real Britânica casar com católicos e da primazia masculina

As 16 nações de que Isabel II é Rainha deram o seu acordo genérico às alterações da lei de sucessão:
-Passa a haver igualdade entre príncipes e princesas no acesso a Rei / Rainha;
-Passa a ser possível casar com um / uma católica;

A regulamentação interna nos 16 países de que Isabel II é Rainha (Antigua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Saint Kitts and Nevis, Santa Lucia, São Vicente e Granadinos, Ilhas Salomão, Tuvalu e Reino Unido) vai demorar e está nomeada uma comissão presidida pela Nova Zelândia para propor as alterações aos respectivos 16 estados.

A proposta de David Cameron demorou 5 anos a ser trabalhada. As regras deverão só se aplicar no próximo reinado e aos futuros nascimentos (senão a próxima Rainha seria a Princesa Ana e não o Príncipe Carlos e o primo direito da Rainha o Duque de Kent casado com uma católica voltaria a estar na sucessão ao trono).

Apesar de ficar claro que Rei/Rainha poderá casar-se com uma/um católica/católico, não foi alterada a possibilidade do monarca poder vir a ser católico.

http://www.catholicherald.co.uk/news/2011/10/31/ban-on-british-monarch-marrying-a-catholic-to-be-lifted/

http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/theroyalfamily/8854981/Centuries-old-rule-of-succession-in-British-Royal-family-scrapped-by-Commonwealth.html

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Jesus e a seus Santos

Estas palavras de um cântico do Rev. Pe. Cartageno recorda-me sempre a Solenidade da Festa de Todos os Santos, aqueles que vivem em Glória com Nosso Senhor Jesus Cristo. E recordo-me do Apocalipe de São João:

«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores,até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus». E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão. E clamavam em alta voz:«A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro». Todos os Anjos formavam círculo em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos. Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra, e adoraram a Deus, dizendo: «Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!». Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me: «Esses que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e de onde vieram?». Eu respondi-lhe: «Meu Senhor, vós é que o sabeis». Ele disse-me: «São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro».

Deo gratias pela Solenidade de Todos os Santos e cantemos a Igreja triunfante!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Lepanto 440 Anos depois.

Tudo aconteceu no dia 7 de Outubro de 1571. Nesse dia, ao largo de Lepanto (na Grécia), travou-se uma batalha naval decisiva para o futuro do Mediterrâneo e, por isso, da Europa: a 7 de Outubro de 1571, os cristãos venceram os turcos otomanos.

Nesse mesmo dia, enquanto decorria a batalha, a praça de São Pedro encheu-se para uma procissão em honra de Nossa Senhora do Rosário, pedindo-lhe que impedisse a invasão otomana da Europa.

Desde então, por causa dessa vitória, o dia 7 de Outubro ficou para sempre ligado à importância do terço e à festa de Nossa Senhora do Rosário. Devoção que, séculos mais tarde, viria a ser reforçada em Fátima pela própria Virgem: “Eu sou a Senhora do Rosário. Continuem sempre a rezar o terço todos os dias”, disse Ela aos pastorinhos. Portanto, uma dupla responsabilidade para os cristãos portugueses.

É certo que, 440 anos depois da batalha de Lepanto, o rosto da Europa já não é o que era. Aliás, modificou-se tanto que quase já nem tem rosto. Agora, se as pretensões turcas ainda se mantêm, ou não, isso é outra história…

Aura Miguel - Rádio Renascença

quinta-feira, 21 de julho de 2011

The eldest portuguese priest celebrated his 100th birthday

Monsignor Canon Sezinando Oliveira Rosa is the eldest portuguese priest.

Yesterday, July 20th, Monsignor Canon Sezinando Oliveira Rosa celebrated his 100th birthday, making him the oldest priest in Portugal as well as simultaneously holding the title of longest-ordained priest in the country. Canon Rosa is the eldest and one of the longest-serving religious figures of Portugal’s estimated 3,400 Presbyterian Diocese and members of many other religious organisations.

He was born in Vila Real de Santo António, Algarve, on 20 July 1911 and was ordained on 15 September 1934. Since his birth Canon Rosa has witnessed the election of 9 Popes and 8 Algarve Bishops, and since he was ordained has served 7 Popes and 7 Algarve Bishops.


Yesterday, in Alcantarilha, Algarve, Bishop of Algarve Dom Manuel Neto Quintas and tens of algarvian priests celebrated a Mass concelebrated with Canon Rosa that ended with is bless: "We' re gathered here today, continuing to serve the Lord. Thank you brothers and I praise to God for His best blessings to us all".

Deo Gratias Monsignor!


Pequena entrevista com Monsenhor Sezinando Oliveira Rosa:

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=165458

Já deveu obediência a 7 Papas e a 7 Bispos do Algarve, o Sacerdote mais idoso em Portugal completou 100 anos ontem. Noutra entrevista referiu que o Papa que mais o marcou foi Pio XII (Eugénio Pacelli 1876-1958), Papa entre 1939 e 1958.

Com uma voz firme, apesar da longa idade, o sacerdote mostrou-se claramente consciente do marco que ontem celebrou: “Sou realmente o padre mais velho em idade e mais velho na ordenação”, diz. O Bispo do Algarve presidiu a uma missa para assinalar os 100 anos de Monsenhor Sezinando Rosa, na Igreja Matriz de Alcantarilha. No final, o aniversariante também falou, invocando a bênção de Deus sobre os fiéis: “Aqui estamos, continuemos assim, sirvamos o Senhor. Obrigado irmãos, e para todos peço a Deus as suas melhores bênçãos.”


Ontem dia 20 de Julho de 2011, a Diocese do Algarve promoveu uma Eucaristia de acção de graças a Deus pelos 100 anos de vida do Cónego Monsenhor Sezinando Oliveira Rosa, o sacerdote mais idoso e simultaneamente o que foi ordenado há mais tempo em todo o país.

De entre os cerca de 3400 presbíteros diocesanos e de muitos mais membros dos vários institutos religiosas em Portugal, o sacerdote da Diocese do Algarve, celebrou o centenário do seu nascimento. É natural de Vila Real de Santo António, onde nasceu no dia 20 de Julho de 1911, e foi ordenado a 15 de Setembro de 1934.

A seguir ao sacerdote algarvio constam do anuário da Igreja Católica em Portugal, o Cónego Monsenhor José Amaro, do Patriarcado de Lisboa, nascido no dia 19 de Agosto de 1911 e ordenado no dia 06 de Abril de 1935, e o padre Joaquim Pereira da Cunha, da Diocese do Porto, nascido no dia 08 de Julho de 1912 e ordenado a 08 de Agosto de 1937.

Ao contrário do sacerdote algarvio, que se encontra aposentado já há alguns anos, estes dois presbíteros ainda exercem funções nas respectivas dioceses, sendo o primeiro capelão da Casa de Retiros do Bom Pastor e o segundo pároco de Tabuado (Marco de Canaveses).

Rara entre os sacerdotes, a efeméride foi assim assinalada pela celebração da Eucaristia, presidida às 11h pelo Bispo do Algarve, D. Manuel Neto Quintas, concelebrada pelo aniversariante e por muitos dos sacerdotes da diocese, na igreja matriz de Alcantarilha, localidade onde reside e da qual foi pároco Monsenhor Sezinando Rosa, membro do Cabido diocesano do Algarve.

Ordenado a 15 de Setembro de 1934, tendo celebrado a sua missa nova no dia 23 do mesmo mês, o Cónego Monsenhor Sezinando Rosa foi, entre outras funções, vigário geral e vigário episcopal para a Pastoral Social da Diocese do Algarve, pároco de Alcantarilha e administrador paroquial da Guia, secretário geral da Acção Católica de Portugal, director do Secretariado Geral da Conferência Episcopal Portuguesa, administrador da Rádio Renascença, secretário geral da Universidade Católica Portuguesa e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alcantarilha.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bragança-Miranda: Padres da diocese saúdam novo bispo

Que alegria que é assistir ao júbilo do clero e do Povo de Deus, quando um ungido sacerdote assume, pela Graça de Deus e em total comunhão com o Santo Padre, ser o Bispo Diocesano. Bragança-Miranda ensina-nos. Tenho uma prelecção especial por esta diocese por ter uma recôndita recordação de, muito menino, ter ido de Lisboa a Bragança, com os meus Queridos Pais e o Avô, à ordenação sacerdotal dum, na altura jovem, Diácono, que completou a sua formação e prestou serviço pastoral na Paróquia dos meus Pais. Na altura, idos de 70 do Séc. XX, foi uma viagem demoradíssima e, depois de descansarmos, assistir no dia seguinte e do alto do côro da Igreja do Seminário, à ordenação. É a recordação mais antiga que tenho de ter visto, ao vivo, um jovem prostrado no chão, lá em baixo ao fundo e, depois, como que renascido, se ter erguido como Sacerdote.

Voltei a Bragança com o Avô cerca de 10 anos depois e muito mais tarde em trabalho calhou-me como distrito a correr e a avaliar. Mais tarde foi "em frente" a Bragança, do lado de lá da fronteira, em Puebla Sanabria, a primeira vez que eu e a HL vimos nevar, foi lindo!

Petrus

Agora aqui vai a notícia:

Bragança, 20 jul 2011 (Ecclesia) – O conjunto de sacerdotes de Bragança-Miranda publicou uma “Mensagem de Júbilo do Presbitério Diocesano” onde saúda a nomeação do novo bispo, padre José Manuel Garcia Cordeiro, conhecida na segunda-feira.

“Este gesto do Santo Padre Bento XVI para connosco veio dignificar, prestigiar e estimular todo o presbitério de Bragança, ao escolher um dos seus presbíteros e no-lo enviar agora como Pastor Diocesano”, assinala a nota enviada à Agência ECCLESIA.

O presidente do colégio de cónegos, Silvério Pires, autor da mensagem, considera que “na hora da ‘Nova Evangelização’ é providencial o regresso do P. José Cordeiro à sua diocese”, pois traz consigo um “novo ‘ardor’” missionário.

Depois de salientar que a nomeação “inundou de alegria e esperança o presbitério e o Povo de Deus”, o responsável máximo do Cabido deixa uma palavra de acolhimento.

“Saudamos e felicitamos vivamente o nosso novo bispo, D. José Cordeiro – seja bem-vindo. De alma em festa agradecemos este dom ao Senhor, pois ‘visitou o Seu povo’, lê-se na mensagem com data de 18 de julho.

RM - Agência Ecclesia

terça-feira, 19 de julho de 2011

Bragança-Miranda com novo Bispo e com Bispo novo!

Sua Santidade o Papa Bento XVI nomeou o Rev. Pe. José Cordeiro para Sucessor dos Apóstolos como Bispo Diocesano de Bragaça-Miranda. Reitor do Pontifício Colégio Português em Roma, o Sr. Pe. José Garcia Cordeiro, de 44 anos completados em Maio, é um dos mais jovens Bispos de sempre no país. O P. José Cordeiro está há dez anos em Roma e foi enviado por D. António José Rafael, bispo de Bragança-Miranda da altura, para estudar Liturgia. O Pe. José Cordeiro foi nomeado ontem, 18/07/2011, às 11h portuguesas, Por Sua Santidade Bento XVI, anunciou a Santa Sé.

O Pe. José Manuel Cordeiro, que vai assumir a responsabilidade da diocese situada 520 km a nordeste de Lisboa, nasceu a 29 de Maio de 1967 em Angola, Vila Nova de Seles, Luanda, mas registou-se como natural de Parada, uma aldeia do concelho de Alfândega da Fé, onde viveu com a família quando retornaram para Portugal em 1975. Estudou nos seminários de Vinhais, Bragança e Porto. Em 1991 regressou a Bragança, tendo sido ordenado Padre a 16 de Junho, depois de ter concluído os estudos filosóficos e teológicos no Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa. Entre 1991 e 1999 foi pároco, formador no seminário da diocese transmontana e capelão do Instituto Politécnico de Bragança, e de 1999 a 2001 frequentou o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma, obtendo a licenciatura em Liturgia, disciplina em que se doutorou no ano de 2004, no mesmo instituto. O futuro bispo foi vice-reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, entre 2001 e 2005, ano em que foi nomeado reitor do mesmo estabelecimento, cargo que ocupava até hoje. Em 2004 iniciou a carreira docente no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo e em novembro de 2010 o Papa Bento XVI nomeou-o consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. No ano de 2010, o mais recente membro do episcopado português publicou a obra ‘O Grão de Amendoeira’, onde se pronunciou sobre a situação económica e social: “Estamos a viver a nível internacional uma crise financeira (a pior desde 1929), devido ao elevado débito, e que é também efeito da crise dos valores humanos e cristãos fundamentais”. Na obra que acentua a dimensão da espiritualidade, o Padre José Cordeiro escreve que “retiro não é sair para «retirar-se» da vida, mas é encontrar-se com Deus, consigo, com os outros, com a história e com a criação”, tornando-se “uma experiência forte de silêncio, de escuta e de contemplação”.

Segundo a Agência Ecclesia a nomeação acontece no dia em que o Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese transmontana do Bispo D. António Montes Moreira, que a 30 de Abril de 2010 completara 75 anos, limite de idade estabelecido pelo Direito Canónico para apresentação da resignação.

O território da diocese de Bragança-Miranda pertenceu à arquidiocese de Braga até 1545, ano em que, a 22 de maio, o Papa Paulo III, pela bula ‘Pro excellenti Apostolicae Sedis’, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte. Dois séculos mais tarde, pela breve ‘Pastoris Aeterni’ de 1770, o Papa Clemente XIV desmembrou a Diocese em duas: a de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome, e a de Bragança, formada pelos quatro restantes. A delimitação actual da diocese data de 1922, ano em que o Papa Pio XI, pela bula ‘Apostolicae Praedecessorum Nostrorum’, criou a diocese de Vila Real; a diocese de Bragança-Miranda passou então a coincidir com os limites civis do distrito de Bragança. A diocese tem 6545 quilómetros quadrados de superfície e registou uma população de 136.459 habitantes, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, preparando-se para receber o 44.º Bispo da sua história.

A nomeação do Sr. D. José Cordeiro ocorreu no dia da Memória do Beato Frei Bartolomeu dos Mártires, histórico Arcebispo Bracarense que na altura incluía o território actual da Dioceses de Bragança-Miranda.

Na sua primeira mensagem ao Povo de Deus Brigantino e Mirandês, o Sr. D. José Cordeiro, junto dos túmulos de São Pedro e do Beato João Paulo II, recordou S. Bento, o padroeiro da Diocese, que desafia na sua Regra: «não prefiram absolutamente nada a Cristo», convidando, por isso, a ousar a coragem da Esperança, para poder mostrar hoje os mistérios de Cristo, porque a beleza e a alegria do Evangelho têm um enorme fascínio. Desejando aprender a ser Bispo para o Povo de Deus e para todas as pessoas de boa vontade que buscam a verdade na sua vida, disse querer continuar a ser Cristão com todos, rezando por todos e, ao mesmo tempo, confiando a sua vida e ministério novos à oração do Povo de Deus, à Senhora das Graças e a S. José.

Bragança e Miranda do Douro ganham um jovem Bispo, que seja continuador do grande Pastor e resistente Dom António José Rafael, que o ordenou Diácono e Presbítero e também do, até Abril passado, Bispo Diocesano Dom António Montes Moreira.

O Nordeste ganha um Pastor, com formação teológica e Doutoramento em Liturgia e também com obra escrita e pensada no plano económico e social. Que seja um exemplo e uma Luz para a Igreja em Portugal. Confiemos a Deus Nosso Senhor Sua Excelência Reverendíssima e oremos humildemente pelo seu novo magistério.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Maria José Nogueira Pinto

Uma Senhora de personalidade forte, defensora da Vida e dos Irmãos. Uma pessoa de enorme dedicação às causas em que se empenhou. Em quase todas concordei com ela e, com o meu simples contributo do voto, ou noutras alturas com algum empenho em campanha, estive com ela.

Junto um comunicado lido por Graça Franco, actual Directora de Informação da Rádio Renascença:

Maria José Nogueira Pinto terminou hoje uma longa colaboração de mais de duas décadas com a Renascença.

Terminou hoje, porque já depois de saber que estava gravemente doente e a precisar de tratamentos agressivos, fez questão de garantir que, enquanto pudesse, continuaria a participar no programa "Espaço Aberto", onde há mais de três anos integrava um painel fixo de comentadores de temas da actualidade.

Até aos últimos dias, algumas vezes presencialmente, outras mantendo-se informada sobre os temas, Maria José Nogueira Pinto cumpriu aquilo a que na altura se tinha proposto.

A direcção de informação da Rádio Renascença agradece-lhe não só a sua colaboração, neste e noutros programas em que participou, como sobretudo o testemunho de alguém que, até aos últimos dias da sua vida, deu um exemplo constante de um católico na vida pública.

A sua intervenção em áreas tão distintas como a cultura, a saúde, ou mais recentemente a política, foram sempre orientadas pelo pensamento cristão. Fosse na corajosa defesa do valor da vida ou na opção preferencial pelos mais pobres e na intransigente luta contra a pobreza. Essa é a marca que fica do seu trabalho.

Também no encontro com a morte, Maria José Nogueira Pinto deixou o testemunho de que a vida deve ser vivida plenamente até ao último instante. Porque para lá da morte está a vida eterna, onde esperamos que Maria José Nogueira Pinto continue a acompanhar esta casa e os seus ouvintes, que ao longo dos últimos anos, aqui também a foram conhecendo de perto.

Graça Franco.

sábado, 2 de julho de 2011

Monsenhor José de Freitas: "Um sacerdote santo"

Conheci este Reverendíssimo Padre quando me inscrevi pela primeira vez na Escola de Leigos do Patriarcado de Lisboa nos anos 90 do séc. passado. Junto parte dum artigo sobre o mesmo, retirado do site do Patriarcado de Lisboa.

Que o Senhor lhe dê o eterno descanso entre os esplendores da Luz Perpétua.

“Homem de Deus, jovial, atento, humilde, compreensivo e carinhoso, um verdadeiro pai para todos”. Estas são algumas das características apontadas por amigos, antigos paroquianos, gente que foi passando ao longo dos anos pela vida e pelo ministério de monsenhor José de Freitas, padre do Patriarcado de Lisboa, falecido no passado dia 24 de Junho.

A caridade, a acção social, a juventude, a espiritualidade, são algumas das muitas dimensões que estiveram presentes no ministério sacerdotal de um homem que é apresentado por D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, como alguém que viveu “a radicalidade do abandono a Jesus”.

Na homilia da celebração das exéquias de monsenhor José de Freitas, o Patriarca de Lisboa não receia afirmar que “estamos a celebrar a morte de um sacerdote santo. E a sua graça própria foi certamente essa silenciosa que passava de vez em quando num sorriso, numa palavra amiga, num conselho que dava, numa atitude concreta diante das dificuldades. Mas foi mais visível aquela outra dimensão da vida do sacerdote, que é a fé e a devoção com que distribuiu aquilo que não era seu, mas que era dom de Deus”.





Num testemunho escrito pelo próprio em 1991, monsenhor José de Freitas afirma: “Quero acusar-me de um grande pecado que arrastei toda a minha vida: o meu falhanço em despertar, directamente, as vocações sacerdotais e religiosas. É algo que, hoje, me faz sofrer imenso. Que eu saiba, apenas meia dúzia de religiosas e 4 ou 5 padres: 1 jesuíta, 1 comboniano, 1 franciscano, 1 Opus Dei e ainda um quinto que pertence a outra Diocese. Penso que foi uma riqueza que desperdicei e que, por isso, deixo a Igreja mais pobre. Mas como ninguém sabe o que semeia, nem onde um gesto seu pode chegar, espero ao menos, que o meu testemunho ao longo da vida, tenha aberto caminho vocacional a muitos que desconheço. Pelo menos foi a confirmação com que, há dias, um grupo de padres tentou consolar-me. Que seja verdade! Espero que sim!”.

Petrus

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um mistério actual

Hoje é dia do Sagrado Coração de Jesus. Uma devoção que, para muitos, terá caído em desuso, bizarramente reduzida àquelas imagens de Cristo com o coração vermelho saliente.

É pena, porque não é a estética que define esta devoção e a mais recente prova da sua actualidade está no anúncio de que Bento XVI vai consagrar todos os jovens que participam, em Agosto, na Jornada Mundial da Juventude, de Madrid, ao Sagrado Coração de Jesus.

Sobre este mistério, tão profundamente enraizado na tradição portuguesa, vale a pena recordar a expressão do Beato João Paulo II: “Próximo do coração de Cristo, o coração humano aprende a conhecer o sentido verdadeiro e único da vida e do próprio destino, aprende a compreender o valor de uma vida autenticamente cristã, a prevenir-se de certas perversões do coração, a unir o amor filial a Deus com o amor ao próximo”.

O mistério do Coração de Jesus torna-se, assim, o caminho para a plena libertação do Homem. E esta é uma valiosa indicação - para jovens e não só.

Aura Miguel

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Laus Perene pelas Vocações de Especial Consagração Religiosa

Hoje estamos em LAUS PERENE pelas Vocações de Especial Consagração Religiosa desde as 10H de 30/06/2011 até às 10H de 01/07/2011 na Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes do Parque das Nações do Patriarcado de Lisboa

Tantum ergo sacramentum
Veneremur cernui:
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui:
Praestet fides supplementum
Sensuum defectui.

Genitori, genitoque
Laus et iubilatio,
Salus, honor virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Compar sit laudatio.

Pange Lingua Gloriosi Corporis Mysterium, St Thomas Aquinas (1225–1274)

Deus, qui nobis sub sacramento mirabili, passionis tuae memoriam reliquisti: tribue, quaesumus, ita nos corporis et sanguinis tui sacra mysteria venerari, ut redemptionis tuae fructum in nobis iugiter sentiamus. Qui vivis et regnas in saecula saeculorum.



Dear Jesus, help me to spread Your fragrance wherever I go.
Flood my soul with Your spirit and life.
Penetrate and possess my whole being so utterly, that my life may only be a radiance of Yours.
Shine through me, and be so in me that every soul I come in contact with may feel Your presence in my soul.
Let them look up and see no longer me, but only Jesus!
Stay with me and then I shall begin to shine as You shine, so to shine as to be a light to others.
The light, O Jesus, will be all from You; none of it will be mine.
It will be you, shining on others through me.
Let me thus praise You the way You love best, by shining on those around me.
Let me preach You without preaching, not by words but by my example, by the catching force of the sympathetic influence of what I do,
the evident fullness of the love my heart bears to You.

Amen.

Blessed Cardinal John Henry Newman (1801-1890)



Via de Amor, és tu Jesus:
O Pão do Céu, que nos transforma em Ti.

Não, não estamos sós sobre esta terra;
Pois tu ficaste entre nós, para nos saciar.
És pão da vida, inflamas com o teu amor, toda a humanidade.

Sim, temos o Céu sobre esta Terra;
Pois Tu ficaste entre nós, mas nos levas contigo.
Para a tua casa, onde viveremos junto a Ti, toda a eternidade.

Não, a sombra da morte não nos traz medo:
Pois Tu ficaste entre nós. E quem vive de Ti
vive p’ra sempre. És Deus connosco, És Deus p’ra nós,
És Deus no meio de nós!




Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos.
Peço Vos perdão pelos que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.


Benedictus Deus.
Benedictum Nomen Sanctum eius.
Benedictus Jesus Christus, verus Deus et verus homo.
Benedictum Nomen Jesu.
Benedictum Cor eius sacratissimum.
Benedictus Sanguis eius pretiosissimus.
Benedictus Jesus in sanctissimo altaris Sacramento.
Benedictus Sanctus Spiritus, Paraclitus.
Benedicta excelsa Mater Dei, Maria sanctissima.
Benedicta sancta eius et immaculata Conceptio.
Benedicta eius gloriosa Assumptio.
Benedictum nomen Mariae, Virginis et Matris.
Benedictus sanctus Ioseph, eius castissimus Sponsus.
Benedictus Deus in Angelis suis, et in Sanctis suis.
Amen.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Festa de São Pedro e São Paulo

Hoje, dia de São Pedro e de São Paulo louvemos ao Senhor por todos os Bons e Santos Sacerdotes que tocaram a nossa vida! Demos Graças ao Senhor e agradeçamos pelas suas vidas, a sua dedicação, a sua amizade, a sua disponibilidade, o serem aquilo que são e que recordamos para sempre.

Este ano ocorre também neste dia, algo de que até há um pequeno filme (com uma música celestial apesar de anacrónica com as imagens):

http://www.youtube.com/watch?v=UKlkhUcEm1U

Há 60 anos, 40 jovens diáconos eram ordenados Padres em Freising / Munique, 2 deles eram os irmãos Ratzinger.

No dia 29 de junho de 1951, festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Joseph Ratzinger, juntamente com o seu irmão mais velho, Georg, e outros 38 candidatos, receberam a ordenação sacerdotal. Estava um esplêndido dia de verão, a cerimónia teve lugar na catedral de Freising, na Alemanha. Presidiu-a o Cardeal Faulhaber, opositor do nazismo e autor do primeiro esboço da encíclica de Pio XI Mit Brennender Sorge, que, em Março de 1937, tinha condenado as teorias de Hitler.
Quando chegou a vez do jovem (com 24 anos) Joseph Ratzinger se ajoelhar diante do velho purpurado Cardeal Arcebispo de Munique e Freising (era-o há 34 anos!), aconteceu algo. “Não se deve ser supersticioso – escreverá Ratzinger na sua autobiografia – mas no momento em que o ancião arcebispo impôs as mãos sobre mim, um passarinho, talvez uma andorinha, voou sobre o altar mor da catedral e entoou um breve e alegre canto; para mim foi como se uma voz do alto me dissesse: está bem assim, estás no caminho certo”.

Oremus pro Pontifice nostro Benedicto Dominus conservet eum et vivificet eum. Et pro sacerdotalis vocaciones.

Petrus

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Novo Governo Português e a Renovação Patriarcal

No passado dia 05/06/2011 os portugueses responderam nas urnas ao desgoverno dos últimos 6 anos e desejaram mudar para uma nova maioria que gerasse um governo de coligação entre o PPD/PSD e o CDS/PP.

Apesar de muitas vezes não ter estado de acordo com as posições políticas oficiais do partido vencedor e, também muitas vezes, desta vez, ter estado de acordo, com as votações do partido minoritário da nova coligação (mas não em todas), sinto uma nova lufada de ar fresco no país, com a nova oportunidade que é dada a uma nova geração para poder fazer política.

A posse hoje dos Secretários de Estado foi uma prova disso. Há de facto pessoas de boa formação intelectual e técnica, pode faltar a experiência, mas a memória dos portugueses é curta e não se recordam da idade dos integrantes dos desgovernos que já tivemos. Esperemos que os cristãos empenhados - alguns deles são-o - façam a diferença e permitam uma política de humanismo cristão em tempo de crise económica e principalmente de valores.

Há que dar o benefício da dúvida a este Governo. A rapidez com que o mesmo foi empossado e as negociações no silencio que decorreram, sem fugas de informação para a comunicação social (aliás que bem se enganou nas suas previsões, designadamente a chamada "imprensa de referência" e os "comentadores de referência" do regime), permitem-nos desejar que o Espírito Santo ilumine aqueles corações empedernidos e que se possa fazer um pouco de luz nos próximos tempos.

As 2 últimas legislaturas foram das mais arrogantes e atentatórias para a saúde física e mental dos portugueses, embrutecidos pelas telenovelas, pelo enriquecimento fácil de alguns e pela ausência de prática religiosa militante, pela revolução dos costumes empurrada por minorias com acesso completamente despropositado à comunicação social e aos centros de poder, que conseguiram ir fazendo aprovar leis iníquas, grassou a incompetência e cresceu o desemprego e pior, houve alturas de profundo sentimento de mal estar social e de percepção que não existia rumo para o País.

No Patriarcado de Lisboa recebemos a notícia, no Dia da Igreja Diocesana, no passado Domingo da Santíssima Trindade, que Sua Eminência o Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa ficará, pelo menos, mais 2 anos, até aos 77 anos, como Bispo Diocesano da Capital. Estes 2 anos serão decerto anos de continuação de algumas reformas que se desejam no Patriarcado e, de levantamento de (raras) proibições em contraste com o Magistério da Universal Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, designadamente (não nos esquecemos) da continuação da proibição da celebração aos Domingos e Dias Santos de Guarda, na forma extraordinária, de acordo com o Motu Proprio Summorum Pontificum, publicado em 07/07/2007 (pois é, já faz 4 anos!).

Oremos e louvemos a Deus Nosso Senhor pelo Nosso Pastor Diocesano e que oriente, à luz do Evangelho e da Sagrada Tradição, o Povo de Deus do Patriarcado de Lisboa, nas suas fraquezas, desilusões e provações, espirituais e materiais e também nas suas alegrias e momentos de Graça.

Petrus

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Beata Maria Clara do Menino Jesus

Num contexto histórico de perseguição ao catolicismo português surge Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Teles e Albuquerque, filha de ilustre família legitimista que fica orfã, segundo a Irmã Adelina Alves, “no dia em que ela nasceu, parece que uma nova manhã raiou e o sol resplandeceu com mais intensidade e luz. A própria natureza se fez canção de parabéns à vida!”.

Em 1843 vivia-se ainda a feroz perseguição às congregações religiosas pelo que, em 1869 quando recebe o hábito de capuchinha, foi para Calais - França - e professou com 28 anos, voltando a Portugal 15 dias depois.

De forma impressionante, a sua força de vontade e o apoio do Pe. Raimundo dos Anjos Beirão, permitiu 5 anos depois abrir grande número de casas para acolher pobres e necessitados, hospitais, casas de saúde, centros educacionais, em Portugal, Angola, Goa, Guiné e Cabo Verde.

Hoje as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição estão em 14 países, de Timor ao Brasil, dos Estados Unidos às Filipinas, da África do Sul ao norte de Espanha.

O seu Carisma: "Hospitalidade é beber a cada instante na Fonte de todo o Bem, para poder levá-lO onde houver algum bem a fazer."

Beata Madre Clara ora pro nobis.

Amanhã Estádio do Restelo 11h Beatificação Mãe Clara

“Falem mais para os olhos do que para os ouvidos!”

Esta sábia indicação da madre Maria Clara às suas religiosas, pedindo-lhes que preferissem o testemunho ao discurso, não pode ser mais actual.

Primeiro, porque amanhã mesmo esta portuguesa será apontada como modelo para todos nós e, como raramente temos novos santos e beatos portugueses, é bom tomar a sério os seus conselhos.

Em segundo lugar, porque no actual contexto de campanha eleitoral, em que nos tentam convencer com discursos e bombardeiam os nossos ouvidos com promessas e argumentações, é bom tomar a sério o conselho da nova beata portuguesa.

Porque nem todos são testemunhas daquilo que apregoam.

Aura Miguel

domingo, 1 de maio de 2011

Homilia Missa Beatificação S.S. João Paulo II

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Átrio da Basílica Vaticana
Domingo, 1° de Maio de 2011



Amados irmãos e irmãs,

Passaram já seis anos desde o dia em que nos encontrávamos nesta Praça para celebrar o funeral do Papa João Paulo II. Então, se a tristeza pela sua perda era profunda, maior ainda se revelava a sensação de que uma graça imensa envolvia Roma e o mundo inteiro: graça esta, que era como que o fruto da vida inteira do meu amado Predecessor, especialmente do seu testemunho no sofrimento. Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato!

Desejo dirigir a minha cordial saudação a todos vós que, nesta circunstância feliz, vos reunistes, tão numerosos, aqui em Roma vindos de todos os cantos do mundo: cardeais, patriarcas das Igrejas Católicas Orientais, irmãos no episcopado e no sacerdócio, delegações oficiais, embaixadores e autoridades, pessoas consagradas e fiéis leigos; esta minha saudação estende-se também a quantos estão unidos connosco através do rádio e da televisão.

Estamos no segundo domingo de Páscoa, que o Beato João Paulo II quis intitular Domingo da Divina Misericórdia. Por isso, se escolheu esta data para a presente celebração, porque o meu Predecessor, por um desígnio providencial, entregou o seu espírito a Deus justamente ao anoitecer da vigília de tal ocorrência. Além disso, hoje tem início o mês de Maio, o mês de Maria; e neste dia celebra-se também a memória de São José operário. Todos estes elementos concorrem para enriquecer a nossa oração; servem-nos de ajuda, a nós que ainda peregrinamos no tempo e no espaço; no Céu, a festa entre os Anjos e os Santos é muito diferente! E todavia Deus é um só, e um só é Cristo Senhor que, como uma ponte, une a terra e o Céu, e neste momento sentimo-lo muito perto, sentimo-nos quase participantes da liturgia celeste.

«Felizes os que acreditam sem terem visto» (Jo 20, 29). No Evangelho de hoje, Jesus pronuncia esta bem-aventurança: a bem-aventurança da fé. Ela chama de modo particular a nossa atenção, porque estamos reunidos justamente para celebrar uma Beatificação e, mais ainda, porque o Beato hoje proclamado é um Papa, um Sucessor de Pedro, chamado a confirmar os irmãos na fé. João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica. E isto traz imediatamente à memória outra bem-aventurança: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus» (Mt 16, 17). O que é que o Pai celeste revelou a Simão? Que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo. Por esta fé, Simão se torna «Pedro», rocha sobre a qual Jesus pode edificar a sua Igreja. A bem-aventurança eterna de João Paulo II, que a Igreja tem a alegria de proclamar hoje, está inteiramente contida nestas palavras de Cristo: «Feliz de ti, Simão» e «felizes os que acreditam sem terem visto». É a bem-aventurança da fé, cujo dom também João Paulo II recebeu de Deus Pai para a edificação da Igreja de Cristo.

Entretanto perpassa pelo nosso pensamento mais uma bem-aventurança que, no Evangelho, precede todas as outras. É a bem-aventurança da Virgem Maria, a Mãe do Redentor. A Ela, que acabava de conceber Jesus no seu ventre, diz Santa Isabel: «Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor» (Lc 1, 45). A bem-aventurança da fé tem o seu modelo em Maria, pelo que a todos nos enche de alegria o facto de a beatificação de João Paulo II ter lugar no primeiro dia deste mês mariano, sob o olhar materno d’Aquela que, com a sua fé, sustentou a fé dos Apóstolos e não cessa de sustentar a fé dos seus sucessores, especialmente de quantos são chamados a sentar-se na cátedra de Pedro. Nas narrações da ressurreição de Cristo, Maria não aparece, mas a sua presença pressente-se em toda a parte: é a Mãe, a quem Jesus confiou cada um dos discípulos e toda a comunidade. De forma particular, notamos que a presença real e materna de Maria aparece assinalada por São João e São Lucas nos contextos que precedem tanto o Evangelho como a primeira Leitura de hoje: na narração da morte de Jesus, onde Maria aparece aos pés da Cruz (Jo 19, 25); e, no começo dos Actos dos Apóstolos, que a apresentam no meio dos discípulos reunidos em oração no Cenáculo (Act 1, 14).

Também a segunda Leitura de hoje nos fala da fé, e é justamente São Pedro que escreve, cheio de entusiasmo espiritual, indicando aos recém-baptizados as razões da sua esperança e da sua alegria. Apraz-me observar que nesta passagem, situada na parte inicial da sua Primeira Carta, Pedro exprime-se não no modo exortativo, mas indicativo. De facto, escreve: «Isto vos enche de alegria»; e acrescenta: «Vós amais Jesus Cristo sem O terdes conhecido, e, como n’Ele acreditais sem O verdes ainda, estais cheios de alegria indescritível e plena de glória, por irdes alcançar o fim da vossa fé: a salvação das vossas almas» (1 Ped 1, 6.8-9). Está tudo no indicativo, porque existe uma nova realidade, gerada pela ressurreição de Cristo, uma realidade que nos é acessível pela fé. «Esta é uma obra admirável – diz o Salmo (118, 23) – que o Senhor realizou aos nossos olhos», os olhos da fé.

Queridos irmãos e irmãs, hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Hoje, o seu nome junta-se à série dos Santos e Beatos que ele mesmo proclamou durante os seus quase 27 anos de pontificado, lembrando com vigor a vocação universal à medida alta da vida cristã, à santidade, como afirma a Constituição conciliar Lumem gentium sobre a Igreja. Os membros do Povo de Deus – bispos, sacerdotes, diáconos, fiéis leigos, religiosos e religiosas – todos nós estamos a caminho da Pátria celeste, tendo-nos precedido a Virgem Maria, associada de modo singular e perfeito ao mistério de Cristo e da Igreja. Karol Wojtyła, primeiro como Bispo Auxiliar e depois como Arcebispo de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e bem sabia que dedicar a Maria o último capítulo da Constituição sobre a Igreja significava colocar a Mãe do Redentor como imagem e modelo de santidade para todo o cristão e para a Igreja inteira. Foi esta visão teológica que o Beato João Paulo II descobriu na sua juventude, tendo-a depois conservado e aprofundado durante toda a vida; uma visão, que se resume no ícone bíblico de Cristo crucificado com Maria ao pé da Cruz. Um ícone que se encontra no Evangelho de João (19, 25-27) e está sintetizado nas armas episcopais e, depois, papais de Karol Wojtyła: uma cruz de ouro, um «M» na parte inferior direita e o lema «Totus tuus», que corresponde à conhecida frase de São Luís Maria Grignion de Monfort, na qual Karol Wojtyła encontrou um princípio fundamental para a sua vida: «Totus tuus ego sum et omnia mea tua sunt. Accipio Te in mea omnia. Praebe mihi cor tuum, Maria – Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Tomo-vos como toda a minha riqueza. Dai-me o vosso coração, ó Maria» (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 266).

No seu Testamento, o novo Beato deixou escrito: «Quando, no dia 16 de Outubro de 1978, o conclave dos cardeais escolheu João Paulo II, o Card. Stefan Wyszyński, Primaz da Polónia, disse-me: “A missão do novo Papa será a de introduzir a Igreja no Terceiro Milénio”». E acrescenta: «Desejo mais uma vez agradecer ao Espírito Santo pelo grande dom do Concílio Vaticano II, do qual me sinto devedor, juntamente com toda a Igreja e sobretudo o episcopado. Estou convencido de que será concedido ainda por muito tempo, às sucessivas gerações, haurir das riquezas que este Concílio do século XX nos prodigalizou. Como Bispo que participou no evento conciliar, desde o primeiro ao último dia, desejo confiar este grande património a todos aqueles que são, e serão, chamados a realizá-lo. Pela minha parte, agradeço ao Pastor eterno que me permitiu servir esta grandíssima causa ao longo de todos os anos do meu pontificado». E qual é esta causa? É a mesma que João Paulo II enunciou na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro, com estas palavras memoráveis: «Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!». Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e económicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem – Redemptor hominis: foi este o tema da sua primeira Encíclica e o fio condutor de todas as outras.

Karol Wojtyła subiu ao sólio de Pedro trazendo consigo a sua reflexão profunda sobre a confrontação entre o marxismo e o cristianismo, centrada no homem. A sua mensagem foi esta: o homem é o caminho da Igreja, e Cristo é o caminho do homem. Com esta mensagem, que é a grande herança do Concílio Vaticano II e do seu «timoneiro» – o Servo de Deus Papa Paulo VI –, João Paulo II foi o guia do Povo de Deus ao cruzar o limiar do Terceiro Milénio, que ele pôde, justamente graças a Cristo, chamar «limiar da esperança». Na verdade, através do longo caminho de preparação para o Grande Jubileu, ele conferiu ao cristianismo uma renovada orientação para o futuro, o futuro de Deus, que é transcendente relativamente à história, mas incide na história. Aquela carga de esperança que de certo modo fora cedida ao marxismo e à ideologia do progresso, João Paulo II legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituindo-lhe a fisionomia autêntica da esperança, que se deve viver na história com um espírito de «advento», numa existência pessoal e comunitária orientada para Cristo, plenitude do homem e realização das suas expectativas de justiça e de paz.

Por fim, quero agradecer a Deus também a experiência de colaboração pessoal que me concedeu ter longamente com o Beato Papa João Paulo II. Se antes já tinha tido possibilidades de o conhecer e estimar, desde 1982, quando me chamou a Roma como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pude durante 23 anos permanecer junto dele crescendo sempre mais a minha veneração pela sua pessoa. O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração: entranhava-se no encontro com Deus, inclusive no meio das mais variadas incumbências do seu ministério. E, depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento: pouco a pouco o Senhor foi-o despojando de tudo, mas permaneceu sempre uma «rocha», como Cristo o quis. A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Igreja.

Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Muitas vezes, do Palácio, tu nos abençoaste nesta Praça! Hoje nós te pedimos: Santo Padre, abençoa-nos! Amen.

Beato João Paulo II

Louvemos o Senhor Aleluia!!!

Louvemos o Senhor neste 2º Domingo de Páscoa, neste Domingo da Divina Misericórdia!

Louvemos o Senhor nos Seus Anjos e nos Seus Santos!

Aleluia! O Venerável Servo de Deus Sua Santidade o Papa João Paulo II é Beato!!!

Beato João Paulo II rogai por nós!

Em unidade total com o Servo dos Servos de Deus Sua Santidade Bento XVI, louvemos e cantemos Aleluias neste Tempo Pascal, com Santa Maria Mãe de Deus e com o Beato João Paulo II!


Karol Józef Wojtyła, eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de Maio de 1920. Foi o segundo de dois filhos de Karol Wojtyła e de Emília Kaczorowska, que faleceu em 1929. O seu irmão mais velho, Edmund, médico, morre em 1932 e o seu pai, oficial do Exército, em 1941. Aos nove anos recebeu a Primeira Comunhão e aos dezoito o sacramento da Confirmação. Terminados os estudos na Escola Superior de Wadowice, inscreveu-se em 1938 na Universidade Jagellónica de Cracóvia. Depois de as forças ocupantes nazis encerrarem a Universidade em 1939, o jovem Karol trabalhou (1940-1944) numa mina e, posteriormente,
na fábrica química Solvay, para poder sustentar-se e evitar a deportação para a Alemanha.

A partir de 1942, sentindo-se chamado ao sacerdócio, frequentou o Curso de Formação do Seminário Maior clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo local, o Cardeal Adam Stefan Sapieha. Simultaneamente, foi um dos promotores do «Teatro Rapsódico», também este clandestino. Depois da guerra, continuou os estudos no Seminário Maior de Cracóvia, novamente aberto, e na Faculdade de Teologia da Universidade Jagellónica, até à sua ordenação sacerdotal em Cracóvia a 1 de Novembro de 1946. Depois foi enviado pelo Cardeal Sapieha a Roma, onde obteve o doutoramento em Teologia (1948), com uma tese sobre o conceito da fé nas obras de São João da Cruz. Naquele período – durante as suas férias – exerceu o ministério pastoral entre os emigrantes polacos na França, Bélgica e Holanda. Em 1948, regressou à Polónia e foi coadjutor, primeiro na paróquia de Niegowić, próxima de Cracóvia, e depois na de São Floriano, na própria cidade. Foi capelão universitário até 1951, quando retomou os seus estudos filosóficos e teológicos. Em 1953 apresentou na Universidade Católica de Lublin uma tese sobre a possibilidade de fundar uma ética cristã a partir do sistema ético de Max Scheler. Mais tarde, tornou-se professor de Teologia Moral e Ética no Seminário Maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia de Lublin.

Em 4 de Julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo Auxiliar de Cracóvia e Titular de Ombi. Recebeu a ordenação episcopal em 28 de Setembro de 1958 na Catedral de Wawel (Cracóvia), das mãos do Arcebispo Eugeniusz Baziak.

A 13 de Janeiro de 1964 foi nomeado Arcebispo de Cracóvia pelo Papa Paulo VI, que o criou Cardeal a 26 de Junho de 1967. Participou no Concílio Vaticano II (1962-65), dando um contributo importante na elaboração da Constituição Gaudium et Spes. O Cardeal Wojtyła tomou também parte na V Assembleia do Sínodo dos Bispos anterior ao seu Pontificado.

Foi eleito Papa em 16 de Outubro de 1978 e, em 22 de Outubro, deu início ao seu ministério de Pastor Universal da Igreja. O Papa João Paulo II realizou 146 visitas pastorais em Itália e, como Bispo de Roma, visitou 317 das actuais 332 paróquias romanas. As viagens apostólicas pelo mundo – expressão da constante solicitude pastoral do Sucessor de Pedro por toda a Igreja – foram 104. Entre os seus principais documentos, contam-se 14 Encíclicas, 15 Exortações apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas. Ao Papa João Paulo II devem-se ainda 5 livros: «Atravessar o Limiar da Esperança» (Outubro de 1994); «Dom e Mistério: Nas minhas Bodas de Ouro Sacerdotais» (Novembro de 1996); «Tríptico Romano», meditações em forma de poesia (Março de 2003); «Levantai-vos! Vamos!» (Maio de 2004) e «Memória e Identidade» (Fevereiro de 2005). O Papa João Paulo II celebrou 147 ritos de Beatificação – nos quais proclamou 1338 Beatos – e 51 Canonizações, com um total de 482 Santos. Realizou 9 Consistórios, nos quais criou 231 Cardeais (+ 1 in pectore). Presidiu ainda a 6 Reuniões Plenárias do Colégio Cardinalício. Desde 1978, convocou 15 Assembleias do Sínodo dos Bispos: 6 gerais ordinárias (1980, 1983, 1987, 1990, 1994 e 2001), 1 assembleia-geral extraordinária (1985) e 8 assembleias especiais (1980, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999). A 13 de Maio de 1981, na Praça de São Pedro, sofreu um grave atentado. Perdoou ao autor do atentado. Salvo pela mão materna da Mãe de Deus, submeteu-se a uma longa recuperação. Convencido de ter recebido uma nova vida, intensificou os seus empenhos pastorais com heróica generosidade. A sua solicitude de Pastor manifestou-se, entre outras coisas, na erecção de numerosas dioceses e circunscrições eclesiásticas, na promulgação do Código de Direito Canónico Latino e das Igrejas Orientais, e na promulgação do Catecismo da Igreja Católica. Propôs ao Povo de Deus momentos de particular intensidade espiritual como o Ano da Redenção, o Ano Mariano e o Ano da Eucaristia, culminando no Grande Jubileu do Ano 2000. Foi ao encontro das novas gerações, com a celebração das Jornadas Mundiais da Juventude. Nenhum outro Papa encontrou tantas pessoas como João Paulo II: nas Audiências Gerais das Quartas-feiras (cerca de 1160) participaram mais de 17 milhões e 600 mil peregrinos, sem contar as outras Audiências especiais e as cerimónias religiosas (mais de 8 milhões de peregrinos apenas no decorrer do Grande Jubileu do Ano 2000) e os milhões de fiéis contactados durante as visitas pastorais em Itália e no mundo; numerosas também as personalidades de Governo recebidas em Audiência: basta recordar as 38 Visitas Oficiais e as restantes 78 Audiências ou Encontros com Chefes de Estado, como também as 246 Audiências e Encontros com Primeiros-Ministros.

Morreu em Roma, no Palácio Apostólico do Vaticano, às 21.37h de sábado 2 de Abril de 2005, vigília do Domingo in Albis e da Divina Misericórdia, por ele instituído. Os funerais solenes na Praça de São Pedro e a sepultura nas Grutas Vaticanas foram celebrados a 8 de Abril.

DEO GRATIAS!

Desde o primeiro momento que eu vi Sua Santidade, ainda pelos meus olhos de adolescente, com aquele cabelo palha flamejante, naquele dia de 1982, na actual Avenida das Comunidades Portuguesas, depois já adulto em 1991 no Estádio do Restelo e mais tarde em Fátima em 2000 quase iniciando outra etapa da minha vida, com a HL, senti sempre nele a presença do Senhor Ressuscitado e a alegria e o Espírito de promessa cumprida.

DEO GRATIAS!

Como Sua Santidade Bento XVI terminou a sua homilia de hoje, "Santo Padre Abençoa-nos, Amen!"

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dom Virgílio Antunes e Dom Albino Cleto

Segundo a Agência Ecclesia de hoje, o Reverendíssimo Padre Dr. Virgílio Antunes, actual Reitor do Santuário de Fátima é o novo bispo de Coimbra, nomeado por Sua Santidade o Papa Bento XVI, sucedendo assim a Sua Excelência Reverendíssima Dom Albino Cleto.

Com 49 anos, é natural de São Mamede / Batalha, de formação Filosófico-Teológica pelo Instituto Superior de Estudos Teológicos de Coimbra, tendo desempenhado funções pastorais paroquiais em Barreira e em Cortes, formador no Seminário Diocesano de Leiria, especializou-se em ciências bíblicas no Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica de Jerusalém, tendo obtido o mestrado e licenciatura canónica em Exegese Bíblica, com uma investigação dedicada ao Evangelho de São Lucas. É Reitor do Santuário de Fátima desde 2008, tendo coordenado a visita de Sua Santidade Bento XVI ao Santuário em 2010.

Dom Virgílio Antunes substitui o Sr. Dom Albino Mamede Cleto, actual Bispo Emérito de Coimbra.

Graças a Deus Nosso Senhor, e ao meu confessor, foi o Sr. Dom Albino Cleto que me ministrou o Santo Sacramento do Crisma, quando era Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa. Fiquei assim para sempre ligado ao Sr. Dom Albino Cleto e foi com muita alegria que soube da sua nomeação para Bispo da Lusa Atenas, a Diocese de Coimbra, em 1997, primeiro como Coadjutor e depois como Bispo Diocesano.

O Sr. Dom Albino completou há mais de 1 ano a idade canónica para a sua resignação episcopal (no passado dia 3 de Março completou 76 anos), pelo que o Santo Padre lhe pediu a sagrada tarefa de permanecer para além do que, actualmente, é normalmente devido, aos Pastores Diocesanos. No passado mês de Setembro pude dialogar com Sua Excelência Reverendíssima e recordámos aquela sua ida, no verão de 1989, à Capela de Nossa Senhora da Bonança, para crismar 3 adultos de cerca de 20 anos - 1 deles eu - ouvir as suas sempre rápidas respostas que começavam no segundo imediato a qualquer questão colocada, a sua eloquência numa homilia ou no diálogo pessoal que mantinha, ou até nas entrevistas aos órgãos de comunicação social.

2 homens de Deus, 2 dignos Sucessores dos Apóstolos, que Deus os mantenha como Pescadores de Homens por muitos anos.

Petrus

domingo, 24 de abril de 2011

CHRISTUS RESURREXIT EST, VERE RESURREXIT EST, ALLELUIA, ALLELUIA!

Depois de vivermos intensamente o Tríduo Pascal, passemos tal como Nosso Senhor Jesus Cristo, da morte à vida!

Junto a mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre Bento XVI:


Petrus

PÁSCOA 2011

«In resurrectione tua, Christe, coeli et terra laetentur – Na vossa Ressurreição, ó Cristo, alegrem-se os céus e a terra» (Liturgia das Horas).

Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro!

A manhã de Páscoa trouxe-nos este anúncio antigo e sempre novo: Cristo ressuscitou! O eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos, continua a ressoar na Igreja, que traz viva no coração a fé vibrante de Maria, a Mãe de Jesus, a fé de Madalena e das primeiras mulheres que viram o sepulcro vazio, a fé de Pedro e dos outros Apóstolos.

Até hoje – mesmo na nossa era de comunicações supertecnológicas – a fé dos cristãos assenta naquele anúncio, no testemunho daquelas irmãs e daqueles irmãos que viram, primeiro, a pedra removida e o túmulo vazio e, depois, os misteriosos mensageiros que atestavam que Jesus, o Crucificado, ressuscitara; em seguida, o Mestre e Senhor em pessoa, vivo e palpável, apareceu a Maria de Magdala, aos dois discípulos de Emaús e, finalmente, aos onze, reunidos no Cenáculo (cf. Mc 16, 9-14).

A ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiência mística: é um acontecimento, que ultrapassa certamente a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa nela uma marca indelével. A luz, que encandeou os guardas de sentinela ao sepulcro de Jesus, atravessou o tempo e o espaço. É uma luz diferente, divina, que fendeu as trevas da morte e trouxe ao mundo o esplendor de Deus, o esplendor da Verdade e do Bem.

Tal como os raios do sol, na primavera, fazem brotar e desabrochar os rebentos nos ramos das árvores, assim também a irradiação que dimana da Ressurreição de Cristo dá força e significado a cada esperança humana, a cada expectativa, desejo, projecto. Por isso, hoje, o universo inteiro se alegra, implicado na primavera da humanidade, que se faz intérprete do tácito hino de louvor da criação. O aleluia pascal, que ressoa na Igreja peregrina no mundo, exprime a exultação silenciosa do universo e sobretudo o anseio de cada alma humana aberta sinceramente a Deus, mais ainda, agradecida pela sua infinita bondade, beleza e verdade.

«Na vossa ressurreição, ó Cristo, alegrem-se os céus e a terra». A este convite ao louvor, que hoje se eleva do coração da Igreja, os «céus» respondem plenamente: as multidões dos anjos, dos santos e dos beatos unem-se unânimes à nossa exultação. No Céu, tudo é paz e alegria. Mas, infelizmente, não é assim sobre a terra! Aqui, neste nosso mundo, o aleluia pascal contrasta ainda com os lamentos e gritos que provêm de tantas situações dolorosas: miséria, fome, doenças, guerras, violências. E todavia foi por isto mesmo que Cristo morreu e ressuscitou! Ele morreu também por causa dos nossos pecados de hoje, e também para a redenção da nossa história de hoje Ele ressuscitou. Por isso, esta minha mensagem quer chegar a todos e, como anúncio profético, sobretudo aos povos e às comunidades que estão a sofrer uma hora de paixão, para que Cristo Ressuscitado lhes abra o caminho da liberdade, da justiça e da paz.

Possa alegrar-se aquela Terra que, primeiro, foi inundada pela luz do Ressuscitado. O fulgor de Cristo chegue também aos povos do Médio Oriente para que a luz da paz e da dignidade humana vença as trevas da divisão, do ódio e das violências. Na Líbia, que as armas cedam o lugar à diplomacia e ao diálogo e se favoreça, na situação actual de conflito, o acesso das ajudas humanitárias a quantos sofrem as consequências da luta. Nos países da África do Norte e do Médio Oriente, que todos os cidadãos – e de modo particular os jovens – se esforcem por promover o bem comum e construir um sociedade, onde a pobreza seja vencida e cada decisão política seja inspirada pelo respeito da pessoa humana. A tantos prófugos e aos refugiados, que provêm de diversos países africanos e se vêem forçados a deixar os afectos dos seus entes mais queridos, chegue a solidariedade de todos; os homens de boa vontade sintam-se inspirados a abrir o coração ao acolhimento, para se torne possível, de maneira solidária e concorde, acudir às necessidades prementes de tantos irmãos; a quantos se prodigalizam com generosos esforços e dão exemplares testemunhos nesta linha chegue o nosso conforto e apreço.

Possa recompor-se a convivência civil entre as populações da Costa do Marfim, onde é urgente empreender um caminho de reconciliação e perdão, para curar as feridas profundas causadas pelas recentes violências. Possa encontrar consolação e esperança a terra do Japão, enquanto enfrenta as dramáticas consequências do recente terremoto, e demais países que, nos meses passados, foram provados por calamidades naturais que semearam sofrimento e angústia.

Alegrem-se os céus e a terra pelo testemunho de quantos sofrem contrariedades ou mesmo perseguições pela sua fé no Senhor Jesus. O anúncio da sua ressurreição vitoriosa neles infunda coragem e confiança.

Queridos irmãos e irmãs! Cristo ressuscitado caminha à nossa frente para os novos céus e a nova terra (cf. Ap 21, 1), onde finalmente viveremos todos como uma única família, filhos do mesmo Pai. Ele está connosco até ao fim dos tempos. Sigamos as suas pegadas, neste mundo ferido, cantando o aleluia. No nosso coração, há alegria e sofrimento; na nossa face, sorrisos e lágrimas. A nossa realidade terrena é assim. Mas Cristo ressuscitou, está vivo e caminha connosco. Por isso, cantamos e caminhamos, fiéis ao nosso compromisso neste mundo, com o olhar voltado para o Céu.

Boa Páscoa a todos!

Sua Santidade Papa Bento XVI

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Adoremos em 5ª Feira Santa o Santíssimo Sacramento

Tantum ergo sacramentum
Veneremur cernui:
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui:
Praestet fides suplementum
Sensuum defectui.

Genitori, Genitoque
Laus et jubilatio
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Comparsit laudatio.
Amen.

Ó sacramento tão elevado
Veneremos inclinados
E a antiga lei
Dê lugar ao novo rito
A fé venha preencher
A fraqueza dos sentidos

Ao Pai e ao Filho
Saudemos com brados de alegria
Louvando-os, honrando-os, dando-lhes
Graças e bendizendo-os
Ao Espírito Santo que procede de ambos
Demos os mesmos louvores.
Amen.


O salutaris Hostia,
Quae caeli pandis ostium:
Bella premunt hostilia,
Da robur, fer auxilium.
Uni trinoque Domino
Sit sempiterna gloria,
Qui vitam sine termino
Nobis donet in patria.
Amen.


Ó Hóstia que salva
Que abre as portas do céu
Lutas adversas nos oprimem
Dá-nos força, traz-nos auxílio
Ao Deus, uno e trino
Glória seja para sempre
Deus, que nos dê a vida eterna
Na Pátria celestial.
Amen.

Sua Eminência Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, insígne Patriarca de Lisboa

Foi recentemente apresentado o riquíssimo espólio do Sr. Cardeal Cerejeira, disponível agora em arquivo no Mosteiro de São Vicente de Fora.

Este grande Patriarca da Igreja portuguesa, preocupado com a indiferença dos católicos do seu tempo, numa entrevista à "Voz de Petrópolis" - uma revista brasileira de cultura - desabafou o seguinte: “Prova-se aritmeticamente que, ou os católicos não são a grande maioria que dizem ou então a maioria é constituída pelo menos de… poltrões. (…) Há cristãos que servem só para desacreditar (…) a religião que professam. São, pela sua vida, os caluniadores de Cristo. A vida de muitos cristãos resume-se a pouco mais do que isto: comeram e não fizeram mal a ninguém”.

Estas declarações foram depois reproduzidas pelo Jornal Novidades, no dia 15 de Agosto de 1937.

Se a vida dos cristãos há 74 anos já se definia assim, o que diria agora o Cardeal Cerejeira!


Aura Miguel

Vivendo a Quaresma XXXVII

Ite in civitatem ad quendam et dicite ei: "Magister dicit: Tempus meum prope est ; apud te facio Pascha cum discipulis meis". - Matthaeum 26, 18

Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe: "O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo. É em tua casa que eu quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos." - Mt 26, 18

Vivendo a Quaresma XXXVI

Quo vado, non potes me modo sequi, sequeris autem postea. - Ioannem 13, 36

Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora; seguir-Me-às depois. - Jo 13, 36

Vivendo a Quaresma XXXV

Pauperes enim semper habetis vobiscum, me autem non semper habetis. - Ioannem 12, 8

De facto, os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim não me tendes sempre. - Jo 12, 8

Vivendo a Quaresma XXXIV

Multi ergo ex Iudaeis, qui venerant ad Mariam et viderant, quae fecit, crediderunt in eum; quidam autem ex ipsis abierunt ad pharisaeos et dixerunt eis, quae fecit Iesus. Collegerunt ergo pontifices et pharisaei concilium et dicebant: “Quid facimus, quia hic homo multa signa facit? Si dimittimus eum sic, omnes credent in eum, et venient Romani et tollent nostrum et locum et gentem!”. Unus autem ex ipsis, Caiphas, cum esset pontifex anni illius, dixit eis: “Vos nescitis quidquam nec cogitatis quia expedit vobis, ut unus moriatur homo pro populo, et non tota gens pereat!”. Hoc autem a semetipso non dixit; sed, cum esset pontifex anni illius, prophetavit quia Iesus moriturus erat pro gente et non tantum pro gente, sed et ut filios Dei, qui erant dispersi, congregaret in unum. Ab illo ergo die cogitaverunt, ut interficerent eum. Iesus ergo iam non in palam ambulabat apud Iudaeos, sed abiit inde in regionem iuxta desertum, in civitatem, quae dicitur Ephraim, et ibi morabatur cum discipulis. Proximum autem erat Pascha Iudaeorum, et ascenderunt multi Hierosolymam de regione ante Pascha, ut sanctificarent seipsos. Quaerebant ergo Iesum et colloquebantur ad invicem in templo stantes: “ Quid videtur vobis? Numquid veniet ad diem festum? ”. - Ioannem Jo 11, 45-56


Então, muitos dos judeus que tinham vindo a casa de Maria, ao verem o que Jesus fez, creram nele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram então o Conselho e diziam: «Que havemos nós de fazer, dado que este homem realiza muitos sinais miraculosos? Se o deixarmos assim, todos irão crer nele e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar santo e a nossa nação.» Mas um deles, Caifás, que era Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não entendeis nada, nem vos dais conta de que vos convém que morra um só homem pelo povo, e não pereça a nação inteira.» Ora ele não disse isto por si mesmo; mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos. Assim, a partir desse dia, resolveram dar-lhe a morte. Por isso, Jesus já não andava em público, mas retirou-se dali para uma região vizinha do deserto, para uma cidade chamada Efraim e lá ficou com os discípulos. Estava próxima a Páscoa dos judeus e muita gente do país subiu a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele virá à Festa?» - Jo 11, 45-56

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vivendo a Quaresma XXXIII

Se não faço as obras de meu Pai, acrediteis. Mas se as faço, embora não acrediteis em Mim, acreditai nas minhas obras, para reconhecerdes e saberdes que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai. - Jo 10, 31-42

Vivendo a Quaresma XXXII

Agora sabemos que tens o demónio. Abraão morreu, os profetas também, mas tu dizes: "Se alguém guardar a minha palavra, nunca sofrerá a morte." - Jo 8, 51-59

Vivendo a Quaresma XXXI

Em verdade, em verdade, vos digo: Todo aquele que comete o pecado é escravo. Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. - Jo 8, 31-42

Vivendo a Quaresma XXX

Vós sois cá de baixo. Eu sou lá de cima. Ora eu disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque se não acreditardes que "Eu sou" morrereis nos vossos pecados - Jo 8, 21-30

Vivendo a Quaresma XXIX

Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra. - Jo 8 1-11

Vivendo a Quaresma XVIII

Acaso a nossa lei julga um homem sem antes o ter ouvido e saber o que ele faz? - Jo 7, 40-53

Vivendo a Quaresma XVII

Todavia, bem sabemos de onde este é; mas, quando vier o Cristo, ninguém saberá de onde ele é - Jo 7, 1-2.10.25-30

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O exemplo de Jeremias

“Muitas pessoas dizem que os jovens de hoje não se interessam pelo catecismo. Duvido que isto seja verdade. Porque os jovens não são tão superficiais como se diz”.

Estas palavras de Bento XVI podem ler-se no prefácio do mais recente catecismo para jovens – o “You Cat” – que será apresentado ao público na próxima semana.

“Se um romance policial é excitante, porque nos insere no destino de outras pessoas, (…) mais cativante ainda será ler este livro, porque fala do nosso destino”, prossegue o Papa.

Por isso, “estudem-no no silêncio do vosso quarto, leiam-no enquanto casal, se estiverdes a namorar, formai grupos de estudo e redes sociais, partilhai-o entre vós e na Internet, porque é preciso saber aquilo em que acreditamos. Se um especialista em tecnologia domina o sistema de um computador ou se um músico sabe ler uma partitura, também os jovens católicos devem conhecer a fé e estar enraizados nela ainda mais profundamente do que a geração dos seus pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo, com força e determinação”.

E, para os mais cépticos, Bento XVI deixa um indicador de esperança: "Quando Israel vivia um mau momento da sua história, Deus não pediu ajuda aos grandes nem aos notáveis, mas a um jovem chamado Jeremias…”.

Assim, também, a nossa História poderá ser renovada pelas novas gerações que, sem preguiça, não fujam ao rosto de Deus.

Aura Miguel

Vivendo a Quaresma XXVI

Et non vultis venire ad me, ut vitam habeatis. Gloriam ab hominibus non accipio, sed cognovi vos, quia dilectionem Dei non habetis in vobis. Ego veni in nomine Patris mei, et non accipitis me; si alius venerit in nomine suo, illum accipietis. - Ioannem 5, 40-43

Vós, porém, não quereis vir a mim, para terdes a vida! Eu não ando à procura de receber glória dos homens; a vós já vos conheço, e sei que não há em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro viesse em seu próprio nome, a esse já o receberíeis. - Jo 5, 40-43

Vivendo a Quaresma XXV

Amen, amen dico vobis: Qui verbum meum audit et credit ei, qui misit me, habet vitam aeternam et in iudicium non venit, sed transiit a morte in vitam. - Ioannem 4, 24

Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida. - Jo 5, 24

Vivendo a Quaresma XXIV

Postea invenit eum Iesus in templo et dixit illi: “ Ecce sanus factus es; iam noli peccare, ne deterius tibi aliquid contingat ”. Abiit ille homo et nuntiavit Iudaeis quia Iesus esset, qui fecit eum sanum. - Ioannem 5, 14-15

Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Vê lá: ficaste curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior.» O homem foi-se embora e comunicou aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado. - Jo 5, 14-15

Vivendo a Quaresma XXIII

Dicit ei Iesus: “ Vade. Filius tuus vivit ”. Credidit homo sermoni, quem dixit ei Iesus, et ibat. Iam autem e o descendente, servi eius occurrerunt ei dicentes quia puer eius vivit. - Ioannem 4, 50-51

Disse-lhe Jesus: «Vai, que o teu filho está salvo.» O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe disse e pôs-se a caminho. Enquanto ia descendo, os criados vieram ao seu encontro, dizendo: «O teu filho está salvo.» - Jo 4, 50-51

Vivendo a Quaresma XXII

Dico vobis: Descendit hic iustificatus in domum suam ab illo. Quia omnis, qui se exaltat, humiliabitur; et, qui se humiliat, exaltabitur ”. - Lucam 18,14 14

Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.» - Lc 18,14

Vivendo a Quaresma XXI

Et ait illi scriba: “ Bene, Magister, in veritate dixisti: “Unus est, et non est alius praeter eum; et diligere eum ex toto corde et ex toto intellectu et ex tota fortitudine” et: “Diligere proximum tamquam seipsum” maius est omnibus holocautomatibus et sacrificiis ”. - Marcum 12, 32-33

O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele; e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.» - Mc 12, 32-33

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vivendo a Quaresma XX

Et ait illi scriba: “Bene, Magister, in veritate dixisti: “Unus est, et non est alius praeter eum; et diligere eum ex toto corde et ex toto intellectu et ex tota fortitudine” et: “Diligere proximum tamquam seipsum” maius est omnibus holocautomatibus et sacrificiis ”. - Marcum 12, 32-33


O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele; e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.» - Mc 12, 32-33.


Petrus


Shabhaz Batti

Shabhaz Batti, 42 anos, ministro para as Minorias Religiosas do Paquistão, foi morto em plena luz do dia, no seu próprio país, pela Al-Qaeda.


Era o único católico do Governo e, em defesa das minorias, tentou derrogar a lei da blasfémia que condena à morte quem se opõe ao Islão e ao profeta Maomé.

Por causa disso, foi ameaçado de morte e depois morto pelos talibã. No seu testamento espiritual, deixou escrito o seguinte: “Quero que a minha vida diga que eu sigo Cristo. Esse desejo é tão forte em mim que consideraria um privilégio se Jesus quisesse aceitar o sacrifício da minha vida”.

Numa outra entrevista, pouco antes de morrer, afirmou: “Creio em Jesus Cristo que deu a sua vida por nós. Sei qual é o significado da cruz e sigo a cruz. (…) Estas ameaças não podem mudar os meus princípios. Prefiro morrer do que ceder a ameaças”.

A entrevista está disponível no You Tube. Um mês depois da sua morte, aqui fica a homenagem a este ministro.


Aura Miguel

quinta-feira, 31 de março de 2011

Vivendo a Quaresma XIX

Si autem et Satanas in seipsum divisus est, quomodo stabit regnum ipsius? Qui non est mecum, adversum me est; et, qui non colligit mecum, dispergit. - Lucam 11, 18a.23

Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.» - Lc 11, 18a.23

Vivendo a Quaresma XVIII

Qui ergo solverit unum de mandatis istis minimis et docuerit sic homines, minimus vocabitur in regno caelorum; qui autem fecerit et docuerit, hic magnus vocabitur in regno caelorum. - Matthaeum 5, 19


Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu.- Mt 5, 19

quarta-feira, 30 de março de 2011

Futuro Cardeal apenas com 40 Anos

A Igreja Greco Católica Ucraniana, a maior igreja de rito bizantino unida a Roma, ou seja, apesar de liturgicamente ser de tradição oriental (erradamente mais conhecida como tradição "ortodoxa") reconhece o Santo Padre como Vigário de Cristo e Sucessor de São Pedro e São Paulo ESCOLHEU PARA SEU ARCEBISPO MAIOR (equivalente a Patriarca) O SEU BISPO MAIS NOVO, DE APENAS 40 ANOS - Dom Sviatoslav Shevchuk - nascido em Stryj - Lviv - Ucrânia mas argentino de vivência, onde era presentemente Bispo da Diocese Católica Ucraniana de Buenos Aires, que inclui toda a Argentina e tem cerca de 120 mil fiéis.



Além de ser o Bispo mais novo da Igreja Greco Católica Ucraniana, é o 4º Bispo mais novo de TODA A IGREJA CATÓLICA.



O Patriarca da Igreja Greco Católica Ucraniana, agora sediado em Kiev e durante muitos anos, Arcebispo de Lviv, tem sido sempre nomeado Cardeal. Se o for será o Cardeal mais novo da Igreja Católica.



Para ver e ouvir, mas em Ucraniano:

http://www.youtube.com/watch?v=sq5H9fcKe-8&feature=player_embedded#at=25

E a biografia em inglês:

Major Archbishop Sviatoslav Shevchuk, Apostolic Administrator of the Diocese of the Holy Virgin in Buenos Aires, born on May 5, 1970, in Lviv region Stry. In 1991-1992, he studied at the Center for Philosophy and theological studies "Don Bosco" in Buenos Aires (Argentina) and in 1992-1994 - in the Lviv Theological Seminary.

Diaconate received May 21, 1994 (St. Bishop Filimon (Kurchaba), priests - 26 June 1994 (St. John the Blessed Miroslav Lubachivsky).

In 1994-1999 he studied at the Pontifical University of St. Thomas Aquinas (Rome, Italy), where he received his doctorate with honors Summa cum laude in anthropology and theological foundations of moral theology of Byzantine theological tradition.

In 1999-2000 - Prefect of the Lviv Theological Seminary of the Holy Spirit.

In 2000-2007 - Vice Rector of Holy Spirit Seminary of the Holy Spirit.

Since 2001 - Vice-Dean of Theology Faculty of the Lviv Theological Academy (then the Ukrainian Catholic University).

In 2002-2005 - head of the secretariat and the personal secretary to His Eminence Lubomir, Administrator of the Patriarchal Curia in.

From June 2007 - rector of the Lviv Theological Seminary of the Holy Spirit.

January 14, 2009 Pope Benedict XVI blessed the decision of the Synod of Bishops of the Ukrainian Greek Catholic Church, the appointment of Rev. Dr. Sviatoslav Shevchuk auxiliary bishop of the Diocese of the Holy Virgin in Buenos Aires (Argentina). New bishop administered titular throne Castra di Galba.

Hierarchical ordination on 7 April 2009, the day of the Feast of the Annunciation in archcathedral Cathedral of St. George in Lviv. Main sanctifier in the presence of His Beatitude Lubomir was Reverend Igor (Voznyak), Archbishop of Lviv, and spivsvyatytelyamy - Bishop Michael (Mykycej), Bishop Diocese of the Holy Virgin in Buenos Aires, and Bishop Julian (Voronovs'kyj), Bishop Sambir-Drohobych.

April 10, 2010 appointed Apostolic Administrator of the Diocese of the Holy Virgin.

Bishop Svyatoslav fluent in such languages: Ukrainian, English, Italian, Spanish, Polish and Russian. And Latin and Slavonic (ancient Slav)?

Demos graças ao Senhor pelos nossos irmãos Ucranianos unidos ao Santo Padre Bento XVI e ao seu Arcebispo Maior Sviatoslav.

terça-feira, 29 de março de 2011

Vivendo a Quaresma XVII

Tunc vocavit illum dominus suus et ait illi: “Serve nequam, omne debitum illud dimisi tibi, quoniam rogasti me; non oportuit et te misereri conservi tui, sicut et ego tui misertus sum?”. - Matthaeum 18, 32-33

O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste; 33não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?’ - Mt 18, 32-33

Vivendo a Quaresma XVI

Ait autem: “ Amen dico vobis: Nemo propheta acceptus est in patria sua. - Lucam 4, 24

Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. - Lc 4, 24

Vivendo a Quaresma XV

At ipse dixit illi: “Fili, tu semper mecum es, et omnia mea tua sunt; - Lucam 15, 31 O pai respondeu-lhe: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. - Lc 15, 31

Vivendo a Quaresma XIV

Et respondens angelus dixit ei: “Spiritus Sanctus superveniet in te, et virtus Altissimi obumbrabit tibi: ideoque et quod nascetur sanctum, vocabitur Filius Dei. Et ecce Elisabeth cognata tua et ipsa concepit filium in senecta sua, et hic mensis est sextus illi, quae vocatur sterilis, quia non erit impossibile apud Deum omne verbum ”. Dixit autem Maria: “ Ecce ancilla Domini; fiat mihi secundum verbum tuum ”. Et discessit ab illa angelus. - Lucam 1, 35-37 O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.» - Lc 1, 35-37

Vivendo a Quaresma XIII

At dixit Abraham: "Fili, recordare quia recepisti bona tua in vita tua, et Lazarus similiter mala; nunc autem hic consolatur, tu vero cruciaris." - Lucam 16, 25 Abraão respondeu-lhe: "Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado." - Lc 16, 25

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vivendo a Quaresma XII

Respondens autem Iesus dixit: “ Nescitis quid petatis. Potestis bibere calicem, quem ego bibiturus sum? ”. Dicunt ei: “ Possumus ”. Ait illis: “ Calicem quidem meum bibetis, sedere autem ad dexteram meam et sinistram non est meum dare illud, sed quibus paratum est a Patre meo ”. - Matthaum 20, 22-23

Jesus retorquiu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Eles responderam: «Podemos.» Jesus replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.» - Mt 20, 22-23

Vivendo a Quaresma XI

Vos autem nolite vocari Rabbi; unus enim est Magister vester, omnes autem vos fratres estis. Et Patrem nolite vocare vobis super terram, unus enim est Pater vester, caelestis. Nec vocemini Magistri, quia Magister vester unus est, Christus. - Matthaeum 23, 8-10

Quanto a vós, não vos deixeis tratar por ‘mestres’, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis ‘Pai’, porque um só é o vosso ‘Pai’: aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por ‘doutores’, porque um só é o vosso ‘Doutor’: Cristo. - Mt 23, 8-10

Vivendo a Quaresma X

Et nolite iudicare et non iudicabimini; et nolite condemnare et non condemnabimini. Dimittite et dimittemini; - Lucam 6, 37

Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. - Lc 6, 37

Vivendo a Quaresma IX

Et Iesus proficiebat sapientia et aetate et gratia apud Deum et homines. - Lucam 2, 52

E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens. - Lc 2, 52

sexta-feira, 18 de março de 2011

Personal Ordinariate of Our Lady of Walsingham II

Hundreds begin the journey home

Hundreds of Anglican faithful and clergy have begun the journey to the Catholic Church in services across England this weekend.

The candidates for the Personal Ordinariate of Our Lady of Walsingham celebrated the first part of their initiation into the full communion of the Church at large gatherings in diocesan cathedrals.

Fr Keith Newton, the first Ordinary of the Ordinariate, was present at the Rite of Election at Westminster Cathedral where, together with Archbishop Vincent Nichols, he welcomed 62 adults who came to celebrate their continuing call to conversion as candidates for the Ordinariate.

In Southwark over 160 laity, together with their pastors, were welcomed to St George’s Cathedral by Archbishop Peter Smith, Archbishop of Southwark, who reminded them that Blessed John Henry Newman had celebrated his first Mass as a Catholic Priest in the cathedral.

Manchester’s Ordinariate Group made its way to Salford Cathedral, whilst groups in the South West were present at a celebration in Plymouth Cathedral.

The Diocese of Portsmouth saw the largest number of new Catholics in almost a quarter of a century and welcomed over 60 candidates for the Ordinariate from three groups across the south, including the Isle of Wight.

Sunday marks the first of five Sundays of catechesis and preparation for Reception into the Catholic Church around Easter.

London, 12th of March of 2011

Comunidade Anglo Luterana pede para entrar em comunhão com o Santo Padre

Comunidade eclesial "Anglo-Luterana Católica" que representa cerca de 11 mil pessoas e que se separou da Igreja Luterana em 1997 e desde então iniciou um processo de aproximação à doutrina católica, anunciou publicamente que vai entrar em comunhão com Roma, tirando proveito da constituição apostólica Anglicanorum Coetibus.

A constituição apostólica estabelece a criação de ordinariatos pessoais, equivalentes a dioceses não geográficas, como as que existem para as forças armadas, para acolher fiéis da comunhão anglicana que queiram entrar em comunhão com a Igreja Católica, mantendo todavia as suas tradições e o seu património litúrgico e espiritual.

A proposta já foi aceite por vários indivíduos e comunidades que pertenciam à Comunhão Anglicana, mas também pela Igreja Anglicana Tradicional, uma comunidade que rompeu com a Comunhão Anglicana em 1991.

Um ordinariato já foi estabelecido em Inglaterra, com outros agendados para a Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Contudo, esta é a primeira ocasião em que uma comunidade de tradição luterana anuncia a intenção de aderir. O líder da Igreja Anglo-Luterana Católica explica que submeteram um pedido de união com Roma já em 2009, mas que por não serem anglicanos não lhes ocorreu que pudessem ser abrangidos pelo Anglicanorum Coetibus. Mas depois da publicação do documento as autoridades católicas informaram-lhes que podiam aproveitar a mesma estrutura, juntando-se aos ordinariatos criados nos seus respectivos países.

A Igreja Anglo-Luterana Católica serve cerca de 11 mil pessoas, inclui cinco arcebispos e três bispos e tem paróquias em vários países, incluindo o Canadá, Alemanha, Sudão, Uganda e Quénia, mas sobretudo nos Estados Unidos.

Fonte: Rádio Renascença

Vivendo a Quaresma VIII

Audistis quia dictum est antiquis: “Non occides; qui autem occiderit, reus erit iudicio”. - Matthaeum 5, 21

Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. - Mt 5, 21

Vivendo a Quaresma VII

Omnis enim qui petit, accipit; et, qui quaerit, invenit; - Matthaeum 7, 8

"Pois quem pede, recebe e quem procura, encontra". - Mt 7, 8

Vivendo a Quaresma VI

Nam sicut Ionas fuit signum Ninevitis, ita erit et Filius hominis generationi isti. - Lucam 11,30

"Pois assim, como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim será também o Filho do Homem para esta geração" - Lc 11, 30.

Vivendo a Quaresma V

"Si enim dimiseritis hominibus peccata eorum, dimittet et vobis Pater vester caelestis;" - Matthaeum 6, 14.

"Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós". - Mt 6, 14.

Vivendo a Quaresma IV

“Amen dico vobis: Quamdiu non fecistis uni de minimis his, nec mihi fecistis”. - Matthaeum 25, 45

"Em verdade vos digo, sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que deixastes de fazer." - Mt 25, 45

domingo, 13 de março de 2011

Vivendo a Quaresma III

Et post haec exiit et vidit publicanum nomine Levi sedentum ad teloneum et ait illi: "Sequere me". Et relictis omnibus, surgens secutus est eum. - Luccam 5, 27-28

"Jesus saiu e viu um cobrador de impostos chamado Levi sentado no posto de cobrança. Disse-lhe: "Segue-me". E ele deixando tudo, levantou-se e seguiu-o. - Lc 5, 27-28

sexta-feira, 11 de março de 2011

Vivendo a Quaresma II

Et ait illis Iesus: “ Numquid possunt convivae nuptiarum lugere, quamdiu cum illis est sponsus? Venient autem dies, cum auferetur ab eis sponsus, et tunc ieiunabunt. - Matthaeum 9, 15

"Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles?" - Mt 9, 15

quinta-feira, 10 de março de 2011

Vivendo a Quaresma I

Qui autem perdiderit animam suam propter me, hic salvam faciet illam - Lucam 9,24.

Quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la - Lc 9, 24.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O exemplo que chegou de Londres

Os ex-anglicanos recentemente convertidos à Igreja Católica tomaram, esta semana, em Londres, uma medida exemplar: Organizaram uma campanha pública para rezar pelo Papa, convidando os fiéis a participar numa Hora Santa de reflexão sobre o Bispo de Roma.

Mais: o convite partiu do ex-bispo anglicano Keith Newton – hoje sacerdote católico, ordenado há mês e meio – responsável máximo do Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, a estrutura que Bento XVI criou para, em Inglaterra, acolher os que desejam entrar na plena comunhão com a Igreja católica.

“Queremos agradecer a visão do Papa e o dom da unidade que nos trouxe até aqui”, disse o ex-bispo anglicano recém convertido. “Encorajo todos a entrar numa Igreja Católica e a rezar por ele diante do Santíssimo”.

Que bom seria reconhecer esta frescura também em Bispos que sempre foram católicos. Para que Bento XVI não tivesse de se queixar – como se queixa – de que os maiores ataques contra si partem do seio da própria Igreja.

Aura Miguel

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa escreve carta de renúncia e espera decisão do Santo Padre

A hora aproxima-se e o Sr. D. José da Cruz Policarpo cumpriu os preceitos estabelecidos no direito canónico, quando completar 75 anos, em 26/02/2011, entra na idade da sua possível resignação.

Não interessa fazer conjecturas, tem havido no actual Pontificado Srs. Bispos Diocesanos Residenciais, principalmente aqueles que são Cardeais, em que o Santo Padre tem pedido sucessivamente para permanecerem como Pastores do Povo de Deus na sua diocese até aos 80 anos, idade limite de Cardeal Eleitor em Conclave. Isso pode acontecer, ou não, com o Sr. D. José.

Oremos pelo Povo de Deus e pelos Sucessores dos Apóstolos, mas oremos especialmente pelo Patriarcado de Lisboa, semente histórica de santos e mártires, diocese mãe de tantas outras e Arquidiocese / sede da Província Eclesiástica de Lisboa (Lisboa, Santarém , Setúbal, Angra, Funchal, Portalegre-Castelo Branco, Leiria-Fátima, Guarda e Forças Armadas e de Segurança).

Depois dediquemo-nos um pouco observando os Srs. Bispos integrantes da Conferência Episcopal Portuguesa e as dioceses mais significativas:

Lisboa: Patriarcado, presentemente apenas Sua Eminência o Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa Dom José da Cruz Policarpo, quase 75 anos e mais 2 Bispos Auxiliares (D. Carlos Azevedo com 57 anos e quase 6 de Bispo e D. Joaquim Mendes com quase 63 anos e quase 3 de Bispo).

Porto: Diocese, Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Dom Manuel Clemente, 62 anos e 11 de Bispo (7 como Auxiliar de Lisboa e 4 como Bispo Residencial do Porto) e mais 4 Bispos Auxiliares (D. João Miranda Teixeira, 75 anos e 27 anos de Bispo, D. António Bessa Taipa, 68 anos e 11 como Bispo, D. João Lavrador, 55 anos e 2 de Bispo e D. Pio Alves, 65 anos, eleito hoje e com ordenação marcada para o próximo mês de Abril).

Braga: Arquidiocese Primacial, Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Dom Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Arcebispo Primaz, quase 67 anos e com 23 anos de Bispo, os últimos 11 como Arcebispo e mais 2 Bispos Auxiliares (D. António Couto, 58 anos e 3 de Bispo e D. Manuel Linda, 54 anos e 1 de Bispo). Em situação de emérito, o Sr. D. Eurico Dias Nogueira, Arcebispo Primaz Emérito, com quase 88 anos e 46 anos de Bispo (dos quais os últimos 11 como resignatário).

Évora: Arquidiocese, Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Dom José Alves, 69 anos e 12 de Bispo, dos quais 3 como Arcebispo. Em situação de emérito, o Sr. D. Maurílio de Gouveia, com 78 anos e 37 de Bispo, dos quais 33 como Arcebispo (3 como de Mitilene e 30 como de Évora); depois do Sr. D. Maurílio ter deixado de ser Arcebispo de Mitilene, em 1981, este insígne título que precedeu várias nomeações Patriarcais de Lisboa (incluindo as de Dom António Mendes Belo e de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira) e de Arcebispos de Braga e de Évora e de Bispos do Porto, não voltou a ser atribuído.

Das restantes 17 Dioceses portuguesas, pela sua projecção internacional, destaco apenas Leiria-Fátima: Diocese, Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Dom António Marto, 63 anos e 10 de Bispo (3 como Auxiliar de Braga, 2 como Bispo Residencial de Viseu e 5 como Bispo Residencial de Leiria-Fátima). Em situação de emérito, o Sr. D. Serafim Sousa e Silva, com 80 anos e 31 de Bispo (os últimos 5 como resignatário).

Existem cerca de 35 Bispos portugueses, incluindo 3 fora de Portugal. De todos destaco apenas Sua Excelência Reverendíssima Dom Manuel Monteiro de Castro, Arcebispo Secretário da Congregação dos Bispos na Cúria Romana, com 72 anos e quase 26 anos como Arcebispo.

A minha simples opinião pessoal é de que o Santo Padre não aceitará, para já, o pedido de renúncia e, só o sabe Deus Nosso Senhor, daqui a 4 ou 5 anos, será eleito o novo Patriarca de Lisboa.

Como simples cristão baptizado acho que de entre os 7 Srs. Bispos acima destacados (os Bispos Residenciais do Porto, Braga, Évora e Leiria-Fátima, os 2 Bispos Auxiliares de Lisboa e o Sr. Secretário da Congregação dos Bispos), sairá o futuro Cardeal Patriarca de Lisboa.

Reduzindo a escolha a menos de 7, arrisco os nomes dos Srs. Dom Manuel Clemente, Dom Jorge Ortiga, Dom António Marto e Dom Carlos Azevedo.

Que o Espírito Santo ilumine o Santíssimo Padre, a Sagrada Congregação para os Bispos e o Patriarcado de Lisboa.

OREMUS PRO ROMANO PONTIFICE ET PRO PATRIARCHATUS LISBONENSIS.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Personal Ordinariate of Our Lady of Walsingham

From Portugal we wellcome our brothers and sisters former Anglican now in full comunion with Saint Peter and with the Holy Roman Catholic and Apostolic Church.

Hoje, 15 de Janeiro de 2011, na Catedral Católica de Westminster, em Londres, foram ordenados Sacerdotes 3 antigos bispos Anglicanos, sendo que um deles, o Reverendo Padre Keith Newton, foi nomeado Ordinário Pessoal, do Ordinariado de Nossa Senhora de Walsingham, a cujo cuidado pastoral ficarão sacerdotes e leigos na Inglaterra e no País de Gales, que desejem entrar em plena comunhão com o Sucessor de São Pedro, Sua Santidade, o Papa Bento XVI e com a Igreja Una Santa Católica e Apostólica.

É um grande passo, a que se seguirá um dia, uma verdadeira Diocese de rito próprio, em comunhão com o Papa. Os anglicanos, no verdadeiro sentido "da Anglia Ecclesia", aquela Igreja fundada por Santo Augustinus de Canterbury, Monge beneditino romano que viria a ser Sagrado Bispo pelo Papa São Gregorius Magnum e do qual provêm todos os Bispos Anglicanos.

Beatus Ioannes Paulus PP. II

A Santa Sé anunciou ontem 14 de Janeiro de 2011, a beatificação de Sua Santidade o Papa João Paulo II, a ocorrer no Domingo da Divina Misericórdia, a 1 de Maio de 2011.

É o primeiro beato com quem nos habituámos a conviver e com quem alguns de nós privaram. Recordo-me a primeira vez que o vi, era na altura um adolescente rebelde que frequentava a Escola Secundária Pedro Nunes, no ano de 1982, foi dada tolerância de ponto e, já não me recordo como, fui para o viaduto da segunda circular que cruza a Avenida das Comunidades Portuguesas, entre o Aeroporto e a Praça do Relógio, Sua Santidade veio, em viatura descapotável (eram outros tempos) e acenou-me olhando-me nos olhos, a imagem que guardo foi a do seu cabelo branco palha, era dum branco, mesmo branco, que conseguia reluzir ainda mais branco que a sua veste. Nessa visita não voltei mais a vê-lo a não ser pela TV.

Depois em 1991 foi diferente, estava a terminar o ISCTE e assisti à Celebração da Eucaristia no Estádio de Belém. Em 2000 estive em Fátima e assisti ao anunciar do 3º segredo, durante anos tinha lido sobre o 3º segredo e, no fim da Eucaristia, ouvir o 3º segredo, era de facto ele, o Bispo de branco que a Irmã Lúcia escutou de Nossa Senhora!

Recordemos sempre as palavras emitidas aos jovens no início do seu pontificado: "Não tenhais medo de abrir as portas para Jesus Cristo. Abri, escancarai as portas para Jesus! Só Jesus sabe o que há no coração do homem!"

Beatus Ioannes Paulus ora pro nobis.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Santas Festas 2010 / 2011

Chegámos finalmente a 2011, após a Natividade de Deus Menino Nosso Senhor Jesus Cristo e hoje, na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, é normal reflectirmos sobre o ano que passou e o ano que começa.

Pessoalmente, em 2010, passaram para o Pai, 2 pessoas importantes da minha vida, que o Senhor as tenha em descanço, entre os explendores da luz perpétua.

A vinda do Santo Padre Bento XVI a Portugal foi para mim o ponto mais alto do ano e, para aqueles que o acompanharam por Lisboa, Fátima e Porto, como eu, mais sentimos como indissociável da vida cristã e familiar, a ligação ao Vigário de Cristo, ao Sucessor de São Pedro, o nosso Papa.

Aos amigos que visitaram o blog, aos familiares mais próximos e aos mais afastados, à HL, aos nossos FJ e à MM, aos meus pais, irmã e avó, tios e primos, que as bençãos de Deus nos acompanhem neste 2011.

Que alegria quando soube que o Sr. D. Duarte pediu a nacionalidade timorense. Penso que deveria igualmente pedir a nacionalidade de todos os países onde se fala português, o Sr. D. Duarte é o descendente dos Reis de Portugal, Terra de Santa Maria, recaíndo sobre ele a esperança do retorno cultural ao Império Luso, da Amazónia, a Timor, com eles poderíamos ter uma verdadeira comunidade de falantes de português, a qual seria personalisada na dedicação da Família Real Portuguesa - não esqueço que a mãe do Sr. D. Duarte - Sra. D. Maria Francisca de Bragança - foi uma princesa brasileira pelo que a unidade com a Casa Imperial da Terra de Vera Cruz estava assegurada.

Aos Srs. Sucessores dos Apóstolos, Suas Excelências Reverendíssimas, os nossos Queridos Bispos da Conferência Episcopal Portuguesa, que Nosso Senhor os acompanhe, tal como a Sua Eminiência o Sr. Cardeal Patriarca e a Sua Eminiência o Sr. Prefeito Emérito da Congregação para a Causa dos Santos. Oremos para que aqueles exemplos de Santidade e de Obediência e Fidelidade aos sãos princípios dos que também em 2010 partiram, frutifiquem por entre os que permanecem, e chamem à razão, à fé e à caridade, os Pastores que se recusam a ouvir o Anjo que anunciou o Menino Jesus e que persistem continuar pelos ínvios caminhos.

Algumas curiosidades relativas ao blog: Tenho 3 seguidores a quem agradeço, sei que outros amigos e familiares me visitam, colegas coralistas também, mais interessante foi que todos os records de visitas aconteceram relativamente ao post do dia de Todos os Santos de 2009, com quase 150 visitas e o total de visitas sobre a viagem oficial de Sua Santidade ao Reino Unido também registou cerca de 50 visitas. Graças a Deus - Deo Gratias.