quinta-feira, 28 de abril de 2011
Dom Virgílio Antunes e Dom Albino Cleto
Com 49 anos, é natural de São Mamede / Batalha, de formação Filosófico-Teológica pelo Instituto Superior de Estudos Teológicos de Coimbra, tendo desempenhado funções pastorais paroquiais em Barreira e em Cortes, formador no Seminário Diocesano de Leiria, especializou-se em ciências bíblicas no Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica de Jerusalém, tendo obtido o mestrado e licenciatura canónica em Exegese Bíblica, com uma investigação dedicada ao Evangelho de São Lucas. É Reitor do Santuário de Fátima desde 2008, tendo coordenado a visita de Sua Santidade Bento XVI ao Santuário em 2010.
Dom Virgílio Antunes substitui o Sr. Dom Albino Mamede Cleto, actual Bispo Emérito de Coimbra.
Graças a Deus Nosso Senhor, e ao meu confessor, foi o Sr. Dom Albino Cleto que me ministrou o Santo Sacramento do Crisma, quando era Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa. Fiquei assim para sempre ligado ao Sr. Dom Albino Cleto e foi com muita alegria que soube da sua nomeação para Bispo da Lusa Atenas, a Diocese de Coimbra, em 1997, primeiro como Coadjutor e depois como Bispo Diocesano.
O Sr. Dom Albino completou há mais de 1 ano a idade canónica para a sua resignação episcopal (no passado dia 3 de Março completou 76 anos), pelo que o Santo Padre lhe pediu a sagrada tarefa de permanecer para além do que, actualmente, é normalmente devido, aos Pastores Diocesanos. No passado mês de Setembro pude dialogar com Sua Excelência Reverendíssima e recordámos aquela sua ida, no verão de 1989, à Capela de Nossa Senhora da Bonança, para crismar 3 adultos de cerca de 20 anos - 1 deles eu - ouvir as suas sempre rápidas respostas que começavam no segundo imediato a qualquer questão colocada, a sua eloquência numa homilia ou no diálogo pessoal que mantinha, ou até nas entrevistas aos órgãos de comunicação social.
2 homens de Deus, 2 dignos Sucessores dos Apóstolos, que Deus os mantenha como Pescadores de Homens por muitos anos.
Petrus
domingo, 24 de abril de 2011
CHRISTUS RESURREXIT EST, VERE RESURREXIT EST, ALLELUIA, ALLELUIA!
Junto a mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre Bento XVI:
Petrus
PÁSCOA 2011
«In resurrectione tua, Christe, coeli et terra laetentur – Na vossa Ressurreição, ó Cristo, alegrem-se os céus e a terra» (Liturgia das Horas).
Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro!
A manhã de Páscoa trouxe-nos este anúncio antigo e sempre novo: Cristo ressuscitou! O eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos, continua a ressoar na Igreja, que traz viva no coração a fé vibrante de Maria, a Mãe de Jesus, a fé de Madalena e das primeiras mulheres que viram o sepulcro vazio, a fé de Pedro e dos outros Apóstolos.
Até hoje – mesmo na nossa era de comunicações supertecnológicas – a fé dos cristãos assenta naquele anúncio, no testemunho daquelas irmãs e daqueles irmãos que viram, primeiro, a pedra removida e o túmulo vazio e, depois, os misteriosos mensageiros que atestavam que Jesus, o Crucificado, ressuscitara; em seguida, o Mestre e Senhor em pessoa, vivo e palpável, apareceu a Maria de Magdala, aos dois discípulos de Emaús e, finalmente, aos onze, reunidos no Cenáculo (cf. Mc 16, 9-14).
A ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiência mística: é um acontecimento, que ultrapassa certamente a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa nela uma marca indelével. A luz, que encandeou os guardas de sentinela ao sepulcro de Jesus, atravessou o tempo e o espaço. É uma luz diferente, divina, que fendeu as trevas da morte e trouxe ao mundo o esplendor de Deus, o esplendor da Verdade e do Bem.
Tal como os raios do sol, na primavera, fazem brotar e desabrochar os rebentos nos ramos das árvores, assim também a irradiação que dimana da Ressurreição de Cristo dá força e significado a cada esperança humana, a cada expectativa, desejo, projecto. Por isso, hoje, o universo inteiro se alegra, implicado na primavera da humanidade, que se faz intérprete do tácito hino de louvor da criação. O aleluia pascal, que ressoa na Igreja peregrina no mundo, exprime a exultação silenciosa do universo e sobretudo o anseio de cada alma humana aberta sinceramente a Deus, mais ainda, agradecida pela sua infinita bondade, beleza e verdade.
«Na vossa ressurreição, ó Cristo, alegrem-se os céus e a terra». A este convite ao louvor, que hoje se eleva do coração da Igreja, os «céus» respondem plenamente: as multidões dos anjos, dos santos e dos beatos unem-se unânimes à nossa exultação. No Céu, tudo é paz e alegria. Mas, infelizmente, não é assim sobre a terra! Aqui, neste nosso mundo, o aleluia pascal contrasta ainda com os lamentos e gritos que provêm de tantas situações dolorosas: miséria, fome, doenças, guerras, violências. E todavia foi por isto mesmo que Cristo morreu e ressuscitou! Ele morreu também por causa dos nossos pecados de hoje, e também para a redenção da nossa história de hoje Ele ressuscitou. Por isso, esta minha mensagem quer chegar a todos e, como anúncio profético, sobretudo aos povos e às comunidades que estão a sofrer uma hora de paixão, para que Cristo Ressuscitado lhes abra o caminho da liberdade, da justiça e da paz.
Possa alegrar-se aquela Terra que, primeiro, foi inundada pela luz do Ressuscitado. O fulgor de Cristo chegue também aos povos do Médio Oriente para que a luz da paz e da dignidade humana vença as trevas da divisão, do ódio e das violências. Na Líbia, que as armas cedam o lugar à diplomacia e ao diálogo e se favoreça, na situação actual de conflito, o acesso das ajudas humanitárias a quantos sofrem as consequências da luta. Nos países da África do Norte e do Médio Oriente, que todos os cidadãos – e de modo particular os jovens – se esforcem por promover o bem comum e construir um sociedade, onde a pobreza seja vencida e cada decisão política seja inspirada pelo respeito da pessoa humana. A tantos prófugos e aos refugiados, que provêm de diversos países africanos e se vêem forçados a deixar os afectos dos seus entes mais queridos, chegue a solidariedade de todos; os homens de boa vontade sintam-se inspirados a abrir o coração ao acolhimento, para se torne possível, de maneira solidária e concorde, acudir às necessidades prementes de tantos irmãos; a quantos se prodigalizam com generosos esforços e dão exemplares testemunhos nesta linha chegue o nosso conforto e apreço.
Possa recompor-se a convivência civil entre as populações da Costa do Marfim, onde é urgente empreender um caminho de reconciliação e perdão, para curar as feridas profundas causadas pelas recentes violências. Possa encontrar consolação e esperança a terra do Japão, enquanto enfrenta as dramáticas consequências do recente terremoto, e demais países que, nos meses passados, foram provados por calamidades naturais que semearam sofrimento e angústia.
Alegrem-se os céus e a terra pelo testemunho de quantos sofrem contrariedades ou mesmo perseguições pela sua fé no Senhor Jesus. O anúncio da sua ressurreição vitoriosa neles infunda coragem e confiança.
Queridos irmãos e irmãs! Cristo ressuscitado caminha à nossa frente para os novos céus e a nova terra (cf. Ap 21, 1), onde finalmente viveremos todos como uma única família, filhos do mesmo Pai. Ele está connosco até ao fim dos tempos. Sigamos as suas pegadas, neste mundo ferido, cantando o aleluia. No nosso coração, há alegria e sofrimento; na nossa face, sorrisos e lágrimas. A nossa realidade terrena é assim. Mas Cristo ressuscitou, está vivo e caminha connosco. Por isso, cantamos e caminhamos, fiéis ao nosso compromisso neste mundo, com o olhar voltado para o Céu.
Boa Páscoa a todos!
Sua Santidade Papa Bento XVI
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Adoremos em 5ª Feira Santa o Santíssimo Sacramento
Veneremur cernui:
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui:
Praestet fides suplementum
Sensuum defectui.
Genitori, Genitoque
Laus et jubilatio
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Comparsit laudatio.
Amen.
Ó sacramento tão elevado
Veneremos inclinados
E a antiga lei
Dê lugar ao novo rito
A fé venha preencher
A fraqueza dos sentidos
Ao Pai e ao Filho
Saudemos com brados de alegria
Louvando-os, honrando-os, dando-lhes
Graças e bendizendo-os
Ao Espírito Santo que procede de ambos
Demos os mesmos louvores.
Amen.
O salutaris Hostia,
Quae caeli pandis ostium:
Bella premunt hostilia,
Da robur, fer auxilium.
Uni trinoque Domino
Sit sempiterna gloria,
Qui vitam sine termino
Nobis donet in patria.
Amen.
Ó Hóstia que salva
Que abre as portas do céu
Lutas adversas nos oprimem
Dá-nos força, traz-nos auxílio
Ao Deus, uno e trino
Glória seja para sempre
Deus, que nos dê a vida eterna
Na Pátria celestial.
Amen.
Sua Eminência Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, insígne Patriarca de Lisboa
Este grande Patriarca da Igreja portuguesa, preocupado com a indiferença dos católicos do seu tempo, numa entrevista à "Voz de Petrópolis" - uma revista brasileira de cultura - desabafou o seguinte: “Prova-se aritmeticamente que, ou os católicos não são a grande maioria que dizem ou então a maioria é constituída pelo menos de… poltrões. (…) Há cristãos que servem só para desacreditar (…) a religião que professam. São, pela sua vida, os caluniadores de Cristo. A vida de muitos cristãos resume-se a pouco mais do que isto: comeram e não fizeram mal a ninguém”.
Estas declarações foram depois reproduzidas pelo Jornal Novidades, no dia 15 de Agosto de 1937.
Se a vida dos cristãos há 74 anos já se definia assim, o que diria agora o Cardeal Cerejeira!
Aura Miguel
Vivendo a Quaresma XXXVII
Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe: "O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo. É em tua casa que eu quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos." - Mt 26, 18
Vivendo a Quaresma XXXVI
Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora; seguir-Me-às depois. - Jo 13, 36
Vivendo a Quaresma XXXV
De facto, os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim não me tendes sempre. - Jo 12, 8
Vivendo a Quaresma XXXIV
Então, muitos dos judeus que tinham vindo a casa de Maria, ao verem o que Jesus fez, creram nele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram então o Conselho e diziam: «Que havemos nós de fazer, dado que este homem realiza muitos sinais miraculosos? Se o deixarmos assim, todos irão crer nele e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar santo e a nossa nação.» Mas um deles, Caifás, que era Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não entendeis nada, nem vos dais conta de que vos convém que morra um só homem pelo povo, e não pereça a nação inteira.» Ora ele não disse isto por si mesmo; mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos. Assim, a partir desse dia, resolveram dar-lhe a morte. Por isso, Jesus já não andava em público, mas retirou-se dali para uma região vizinha do deserto, para uma cidade chamada Efraim e lá ficou com os discípulos. Estava próxima a Páscoa dos judeus e muita gente do país subiu a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele virá à Festa?» - Jo 11, 45-56
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Vivendo a Quaresma XXXIII
Vivendo a Quaresma XXXII
Vivendo a Quaresma XXXI
Vivendo a Quaresma XXX
Vivendo a Quaresma XVIII
Vivendo a Quaresma XVII
sexta-feira, 8 de abril de 2011
O exemplo de Jeremias
Estas palavras de Bento XVI podem ler-se no prefácio do mais recente catecismo para jovens – o “You Cat” – que será apresentado ao público na próxima semana.
“Se um romance policial é excitante, porque nos insere no destino de outras pessoas, (…) mais cativante ainda será ler este livro, porque fala do nosso destino”, prossegue o Papa.
Por isso, “estudem-no no silêncio do vosso quarto, leiam-no enquanto casal, se estiverdes a namorar, formai grupos de estudo e redes sociais, partilhai-o entre vós e na Internet, porque é preciso saber aquilo em que acreditamos. Se um especialista em tecnologia domina o sistema de um computador ou se um músico sabe ler uma partitura, também os jovens católicos devem conhecer a fé e estar enraizados nela ainda mais profundamente do que a geração dos seus pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo, com força e determinação”.
E, para os mais cépticos, Bento XVI deixa um indicador de esperança: "Quando Israel vivia um mau momento da sua história, Deus não pediu ajuda aos grandes nem aos notáveis, mas a um jovem chamado Jeremias…”.
Assim, também, a nossa História poderá ser renovada pelas novas gerações que, sem preguiça, não fujam ao rosto de Deus.
Aura Miguel
Vivendo a Quaresma XXVI
Vós, porém, não quereis vir a mim, para terdes a vida! Eu não ando à procura de receber glória dos homens; a vós já vos conheço, e sei que não há em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro viesse em seu próprio nome, a esse já o receberíeis. - Jo 5, 40-43
Vivendo a Quaresma XXV
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida. - Jo 5, 24
Vivendo a Quaresma XXIV
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Vê lá: ficaste curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior.» O homem foi-se embora e comunicou aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado. - Jo 5, 14-15
Vivendo a Quaresma XXIII
Disse-lhe Jesus: «Vai, que o teu filho está salvo.» O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe disse e pôs-se a caminho. Enquanto ia descendo, os criados vieram ao seu encontro, dizendo: «O teu filho está salvo.» - Jo 4, 50-51
Vivendo a Quaresma XXII
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.» - Lc 18,14
Vivendo a Quaresma XXI
O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele; e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.» - Mc 12, 32-33
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Vivendo a Quaresma XX
O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele; e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.» - Mc 12, 32-33.
Petrus
Shabhaz Batti
Era o único católico do Governo e, em defesa das minorias, tentou derrogar a lei da blasfémia que condena à morte quem se opõe ao Islão e ao profeta Maomé.
Numa outra entrevista, pouco antes de morrer, afirmou: “Creio em Jesus Cristo que deu a sua vida por nós. Sei qual é o significado da cruz e sigo a cruz. (…) Estas ameaças não podem mudar os meus princípios. Prefiro morrer do que ceder a ameaças”.
A entrevista está disponível no You Tube. Um mês depois da sua morte, aqui fica a homenagem a este ministro.
Aura Miguel