sábado, 26 de dezembro de 2009

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Padre Luis Rocha e Melo

Pie Jesu Domine, dona eis requiem.
Dona eis requiem sempiternam.

A última vez que conversei com o Reverendo Padre Luís Rocha e Melo foi no ano passado, no Algarve, ao final da tarde, no calor de Agosto, na Praia de Alagoa (Altura), junto à casa que alugava, na mesma rua que os meus sogros, recordámos os tempos em que foi meu Professor na Escola de Leigos do Patriarcado de Lisboa, uma década antes.

Alguém que, pela efusão do Espírito Santo através do sacramento da Ordem, me ajudou a atravessar esses dias de final da década de 90.

A voragem dos dias é assim. Só hoje soube.

Que descanse em paz.

Da Agência Ecclesia:
O Padre Luís Rocha e Melo faleceu às 5h00 desta Quarta-feira. Tinha 72 anos de idade, 55 de jesuíta e 43 de sacerdócio. Era Sócio (Adjunto) do Provincial. Em seu sufrágio será celebrada a Eucaristia, hoje, 23 de Dezembro, às 19h00, em Lisboa, na Igreja do Colégio São João de Brito, (Lumiar). O funeral sairá da mesma igreja na Quinta-feira, dia 24, precedido da Celebração Eucarística, marcada para as 10h00. O Pe. Luís Rocha e Melo ocupou os cargos de provincial da Companhia de Jesus, em Portugal, e de assistente do Superior Geral da congregação, em Roma.
Foi missionário em Angola, assistente e colaborador da Rádio Renascença e superior de várias casas dos Jesuítas em Portugal. Distinguiu-se pelos seus livros e intervenções no domínio da espiritualidade. Foi professor na Universidade Católica e director espiritual no Seminário dos Olivais, em Lisboa. “O Pe. Luís Rocha e Melo era um homem tão profundamente humano como altamente espiritual”, afirmou o sacerdote jesuíta Manuel Morujão à Agência ECCLESIA. “A glória de Deus e o serviço à pessoa humana nortearam a sua vida”, acrescentou. O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa referiu igualmente que o Pe. Luís Rocha e Melo “vivia com grande simplicidade, ao mesmo tempo que estava permanentemente actualizado com a tecnologia”. “Era um colega, irmão e amigo que tinha um coração aberto a todos; deixa-nos uma imensa saudade”, concluiu. Os últimos dias do Pe. Luís Rocha e Melo foram vividos na enfermaria do Colégio de São João de Brito.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal do Senhor

Adeste Fideles
Laeti triumphantes
Venite, venite in Bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum

Cantet nunc io

Chorus angelorum
Cantet nunc aula caelestium
Gloria, gloria
In excelsis Deo
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum

Ergo qui natus

Die hodierna
Jesu, tibi sit gloria
Patris aeterni
Verbum caro factus
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum

Com o Adeste Fidelis e como compôs o nosso rei restaurador Dom João IV, ao Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, clamamos Vinde Todos os Fiéis!
Cantamos como os Anjos cantaram naquela madrugada:
Gloria in excelsis Deo et in terra pax hominibus bonae voluntatis.
Um Santo e Feliz Natal em Cristo Deus feito Homem e Menino para a todos nos salvar!

Petrus

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Algumas alterações

A caminho dum Natal Cristão adquiri para mim e para pais e sogros
o estandarte de Natal. É bonito e é o Menino Jesus, poderão vê-lo
neste link:

http://www.estandartesdenatal.org/

Hoje melhorei também a forma do blog e acrescentei na barra direita os blogs que tenho seguido.

Nosso Senhor Jesus Cristo vem como Menino todos os anos, mais que
qualquer sol na aurora, preparemos o Natal, nesta última semana do
Advento.
Para quem me visita desejo boas leituras e uma saudável navegação.
Petrus

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ao meu querido Avô

Requiem aeternam dona eis, Domine;
Et lux perpetuam luceat eis.
Te decet hymnus, Deus, in Sion,
Et tibi reddetur votum in Ierusalem.
Exaudi orationem meam;
Ad te omnis caro veniet.

Para os crentes em Nosso Senhor Jesus Cristo não podem existir Finados, mas sim Defuntos, porque eles não se "finalizaram" mas sim porque, tal como o latim dizia defunctu, eles apenas dormem, até à Ressurreição Final!

Com algumas semanas de atraso...
O Nosso Querido Avô partiu para o Pai fez 3 anos no passado dia 30 de Novembro, naquela vigília da Restauração da Independência de 2006, ainda recordo o telefonema da minha Mãezinha, "...já está, agora foi...", e eu ao volante na Av. Cidade do Porto, nas vistas do Aeroporto, a caminho do Centro de Saúde, 3 semanas depois da minha intervenção cirúrgica e 4 depois de Londres, eu e a minha HL, tínhamos estado naquele frio londrino ao mesmo tempo tão lindo e tão cortante, tão barroco e tão azul claro, num outono de dias de céu limpo, raros em Londres. Tinha estado com ele 2 vezes mais, enquanto decorreram aqueles últimos 15 dias de hospital, até naquele tempo, a mesma suavidade, a mesma temperança, a mesma vivência de quem sempre esteve no mundo mas partilhava na terra dos vivos, daquela comunhão já com os santos.
Meu Querido Avô! Solteiro 30 anos, casado 26 anos e viúvo 40 anos. A minha Avó tinha partido já há muito, exactamente 9 meses certos antes do neto primogénito nascer. Cresci sempre convivendo com aquele respeito, carinho e amor, de quem escrevia cartas à esposa que estava já longe e sempre tão perto.
Passeámos pelo Portugal de ontem e de hoje, o Avô gostava muito de andar de comboio, Coimbra, Leiria, Amarante, Vila Real, Chaves, Bragança, Monção, Valença, Braga, Porto, a sua Guarda (onde apenas nasceu e pouco mais) e a sua Viseu (onde saiu aos 8 anos), com ele conheci as, agora extintas, linhas de Caminho de Ferro da CP. Mesmo todas, mesmo quando ele fez questão de fazermos a linha do Tua e a linha do Sábor, ou a do Dão, quando já todos só andavam de rodovia.
As recordações dos pais dele, as viagens do Bisavô a Biarritz, o nascimento do irmão em Lourdes, as estadias do pai em Geneve, Basel , Zurich. As histórias de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul do trisavô. Fez sempre questão que nos orgulhássemos que o Bisavô era brasileiro, nascido em Porto Alegre e que o meu Avô, até adulto, teve dupla nacionalidade, apesar de egitano, apenas o foi porque os Bisavós lá estavam de passagem, o Avô dizia que era da Guarda mas lembranças só tinha de Ranhados (Viseu) e, mais tarde, do comboio e do fumo quando mudaram em Santa Comba Dão para a linha da Beira Alta, direitos a Lisboa. Depois Lisboa e sempre Lisboa, tenho no meu sangue 4 gerações alfacinhas porque a minha Avó nasceu em Lisboa e a minha Bisavó também (respectivamente, mulher e mãe do meu querido Avôzinho).
A MM nunca conheceu o Bisavô mas o FJ sim, o Avô quando soube que era Bisavô ficou radiante, depois dos 4 netos e 2 netas, 1 menino! Os olhos do FJ (e mais tarde os da MM) vieram da cor do mar, os do Avô sempre foram dum lindo enlace entre o mar e os fortes verdes prados.

No passado sábado 5 de Dezembro os seus filhos, nora, genro, netos, esposas dos netos, bisneto e bisneta, juntamo-nos na Missa de memória pelo 3º aniversário da sua passagem e depois partilhamos momentos alegres na casa de meus pais.
Podía-se considerar que o Avô quando enviuvou era um homem ainda cheio de vida e de genica, transferiu depois para os netos, a sua alegria. Os meus primos viveram sempre com ele, tiveram essa alegria, mesmo depois de casar ou de saírem para os seus sonhos, o Avô nunca parava, gostava de estar com os filhos e os netos e, claro, com os irmãos, foi-se despedindo dos irmãos, que partiram antes dele, até as 2 irmãs mais novas. O meu único tio materno viveu 60 anos sempre com o pai, com o meu Avô, é difícil imaginar o que se sente numa circunstância dessas.

Porque falo do meu Avô no Deo Gratias? Porque o Avô já antes era um católico praticante e militante mas, depois de viúvo, eram os filhos e os netos e a Sancta Mater Ecclesia Una Catolica et Appostolica. Recordo sempre o seu apostolado, em que pela mão do Avô, caminhávamos entre barracas do nosso subúrbio norte da fronteira da Capital do Império, o Avô era vicentino, vivia a caridade evangélica entre pessoas que viviam na miséria, no abandono, entre os deserdados, eu menino, com ele saía da Igreja de mão dada e, conjuntamente com outro irmão vicentino como o Avô, íamos os 3 por aqueles desertos de vida, nunca me senti mal nem chocado, o Avô transformava aos olhos de um menino, o que seria a miséria, na alegria das pequenas coisas. O sentir-se pessoa, que os irmãos visitados sentiam, ao serem apoiados pela Conferência de São Vicente de Paulo da Paróquia, permitiam durante alguns momentos àqueles rostos do Cristo sofredor, entrever a luz, a luz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nunca fui capaz de sequer me atrever a chegar aos píncaros daquela fé inabalável que o Avô tinha. O Avô era o companheiro também de passeios pastorais, as 2 primeiras ordenações sacerdotais a que assisti foram com o Avô, a do Padre Duarte em Tomar e a do Padre Adelino em Bragança.

O Avô era o guia da Capital do Império, não havia estátua ou monumento que não me soubesse explicar lá, foi também com o Avô que entrei pela única vez na Sala da Biblioteca da Universidade da Lusa Atenas. O Avô respeitava e amava igualmente o Porto, tinha lá ido passear com a Avó e sabia as ruas todas da baixa portuense. Foi com o Avô que visitei pela primeira vez o "Portugal dos Pequenitos" em Coimbra (nem por acaso, voltei lá muito recentemente com a HL e os meninos) naquele antigo Portugal do Minho a Timor. O Avô era o companheiro ideal do genro - o meu pai - na Semana Santa da Arquidiocese Primaz de Braga. O Avô era o alegre e muito útil sempre presente para a nora - a minha tia, que os companheiros campistas diziam sempre ser ela, a filha, e não o meu tio, o filho do Avô, tal era sempre a vivência de filha que teve para com ele.

O Avô era a alegria das férias no Algarve com os meus Pais e Irmã, o Avô era o adoptar duma aldeia do concelho do Sardoal - São Simão - como se ele próprio também fosse de lá - era a aldeia do sogro no concelho da sogra, de onde saíram os que deram o ser à querida esposa (a minha Avó partiu tão cedo, que o pai dela - meu bisavô - ainda era vivo quando isso aconteceu). Lembro-me do calor de São Simão no verão e lembro-me do Avô lá ir buscar a azeitona ou o azeite no mês fatídico de Novembro. Em São Simão vivi o Portugal profundo e a alegria de saber o que era ter muitos tios e tias bisavós, além de toda a aldeia ser dos primos. Isso não significa que o Avô achasse aquela vida um "mar de rosas", lembro-me bem da chegada da luz e da água a São Simão, a vida lá era muito dura e nós, 100% citadinos, só lá estávamos de férias.

O Avô era o partilhar com os jovens do Pai Américo e de Ruílhe, o Avô era o contribuir para os bombeiros da nossa terra, o Avô era o saber jogar futebol que corre nas veias dos meus queridos primos e o assistir aos clubes da nossa terra. Pagou quotas até à sua passagem.

E agora para o Deo Gratias: Uma exclamação de dúvida que nunca percebi. Lembram-se do filme "As sandálias do Pescador" que os falsos progressistas sempre gostam? Particularmente daquela parte final em que o Santo Padre decide vender todos os "tesouros materiais" da Santa Sé para ajudar os pobres? (Mais uma das erradas fases aggiornamentistas). O Avô um dia disse-me: "Não gosto desse filme", disse-me mesmo que não gostava. Eu não percebi, depois esclareceu-me, "eu não concordo com essa mensagem final". - Pois é, não é esse o tesouro que a Igreja pode alienar nem é essa a forma de resolver a pobreza espiritual e material das almas, ou seja, o Avô apenas disse na sua forma subtil metafórica e sem mácula que nenhum Santo Padre pode alienar a Sagrada Tradição.

Querido Avô, no dia de Santa Luzia, 13 de Dezembro, completaste 100 anos de Nascimento. Parabéns! Tu estás connosco, quando caminhamos, quando lutamos, quando nos cansamos, quando nos alegramos, quando trabalhamos, quando oramos.

In paradisum deducant te Angeli:
in tuo adventu suscipiant te Martyres,
et perducant te in civitatem sanctam Jerusalem.
Chorus Angelorum te suscipiat,
et cum Lazaro quondam paupere aeternam habeas requiem.


Pie Jesu Domine, dona eis requiem.
Dona eis requiem sempiternam.

domingo, 22 de novembro de 2009

Dia de Cristo Rei

Ver - Julgar - Agir - 75 ANOS DA ACÇÃO CATÓLICA - Como se começa num Movimento da AC e, com o aprofundar da fé e da caminhada, somos sensibilizados para a profundidade e a alegria da eterna Tradição.

Como já passaram 22 anos e hoje é dia de Cristo Rei e Senhor do Universo, dia que os Movimentos e Obras da Acção Católica, celebravam como o "seu" dia do movimento, penso que já passou o tempo suficiente para reflectir algumas palavras sobre a minha militância num dos movimentos da AC.

Estava entre a austríaca Innsbruck e a italiana Venezia, em 1987 e, juntamente com o meu futuro padrinho de Crisma, conheci um grupo de jovens católicos portugueses que se tinham deslocado a Micheldorf, um Schloss perto de Linz, onde decorria a Summerweek dos Movimentos Europeus de Estudantes Católicos do Ensino Secundário. Deus Nosso Senhor assim quis e foi dessa forma que, mais tarde, estava a fazer Revisão de Vida semanalmente com uma equipa de estudantes de OGE no ISCTE.

Semana após semana fui descobrindo esse ideal tão difícil de Jesus Cristo na sua opção pelos pobres, caminhando com católicos que se encontravam na época da pós modernidade, militava no que era considerado "um movimento de fronteira".

A nossa memória é selectiva e, esqueci já muitas coisas menos boas e tendo a recordar as melhores. Recordo-me dum Encontro Nacional do Sector Universitário em Évora, em que por lá passou o Sr. Dom Maurílio de Gouveia, Arcebispo Eborense, alguns anos depois de ter sido Arcebispo de Mitilene em Lisboa (é de nos interrogarmos porque não voltou a haver desde 1981 este distinto título de tão grandes sucessores dos apóstolos portugueses, incluindo Suas Eminências Reverendíssimas Mendes Bello, mártir por causa da funesta república e Gonçalves Cerejeira, restaurador da catolicidade depois da portuguesa "Revolução de Outubro").

Tenho sempre presente o nosso ilustre Assistente Nacional, meu querido e bom amigo, que me preparou para o Crisma (para mais tarde ser crismado por Sua Excelência Reverendíssima o actual Bispo da Lusa Atenas Dom Albino Cleto), que presidiu ao nosso casamento e baptisou os nossos filhos. Quem sou eu para dizer isto, mas, se há Sacerdote e Teólogo digno de vir a ser Sucessor dos Apóstolos, ele é decerto um deles, continuamos à espera de um dia a eleição ocorrer.

Também havia os Encontros de Reflexão e Oração, as intermináveis Reuniões da Equipa Diocesana de Lisboa (quanto crescemos nas mesmas!) e os Conselhos Diocesanos e Nacionais e, o tal "Dia do Movimento" que era sempre no Domingo de Cristo Rei e Senhor do Universo.

Quando cumpri o meu Serviço Militar de 7 meses interrompi a minha militância e voltei depois ainda umas vezes, essa fase estava terminada.

O que ficou: Os meus actuais amigos são todos saídos dessa experiência ou amigos de antigos militantes que pelas encruzilhadas da vida permitiram que nos conhecessemos. O "meu" confessor. A minha esposa. A inscrição e os anos de Escola de Leigos do Patriarcado de Lisboa. O Côro. Estes 2 últimos capítulos levaram-me à inscrição no Latim e à redescoberta da Tradição.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A propósito de Susan Boyle ter dito que o seu sonho era ser recebida pelo Santo Padre

Na sua simplicidade, Susan Boyle, que não é baptizada católica, mas cristã escocesa com alguma ascendência irlandesa, disse o que sentia sobre o seu sonho de um dia ser recebida pelo Santo Padre: "Ele é o Vigário de Cristo e eu aproveitaria para me enriquecer com toda a espiritualidade e toda a paz que advêm do seu papel na terra".

Estive uns tempos na Escócia, a Church of Scotland é presbiteriana / calvinista e, ainda, continua a ser a Igreja "oficial" apesar de todas as polémicas.
A 2ª Igreja mais importante da Escócia é a Santa Madre Igreja Una Católica e Apostólica (Romana de rito latino), além disso representa o Povo de Deus mais empenhado na terra dos Scots.
A Church of England (anglicanos) que lá se chama The Scottish Episcopal Church é muito minoritária e quase restringida a ingleses anglicanos que residem na Escócia.

O Cardeal Arcebispo de Saint Andrews and Edinburgh e o Arcebispo de Glasgow têm feito um excelente trabalho, além dos restantes 10 catholic bishops, a Igreja e o número de praticantes católicos tem crescido, em Glasgow são quase 30%.

Um aspecto importante: Há várias comunidades ligadas à tradição sendo que a mais mediatizada é sem dúvida a dos Traditional Catholic Monks of Papa Stronsay, Scotland, uma comunidade de oração total no Antigo Rito dos Monges Redentoristas Transalpinos, aqui vai um link e o seu blog que vos pode mostrar a sua vida nas Orkney Islands

http://www.encyclopedia.com/video/d20nzljVYPM-traditional-monks-of-papa-stronsay.aspx

http://papastronsay.blogspot.com/

Há também outras comunidades. Tive a alegria de assistir à Santa Missa numa tarde de Domingo de Julho de 2000 em Fortrose (diocese de Inverness), eramos 6 portugueses e 5 pediram a Missa, o Reverendo Padre tinha aí uns 70 anos, Father Stone (ele achou que dizendo Petrus / Petram e depois "like Pierre in French" nós perceberíamos). A Igreja Católica em Fortrose é na praça da antiga Fortrose Abbey / Cathedral Square - uma antiga Abadia, hoje apenas ruínas que constituem um monumento escocês (como milhentos outros em que os escoceses são peritos em saber manter). Pareceu-nos tão feliz por ter podido celebrar para nós uma Missa especial, quando lhe mostrei o Santo Rosário de Fátima que levava comigo, levantou as mãos em oração e disse lovely, lovely. Além do inglês apenas recordava alguma orações em latim, um real scot.

A Fraternitas Sacerdotalis Sancti Petri tem 2 casas na Escócia, em Belford Road, Edinburgh e onde celebra a Santa Missa em Motu Proprio na St. Andrew's Church in Ravelston, Edinburgh, segue o respectivo link para quem deseja conhecer:

http://www.fssp.co.uk/scotland.html

Deo Gratias

domingo, 1 de novembro de 2009

Amen! Benedictio et gloria et sapientia et gratiarum actio et honor et virtus et fortitudo Deo nostro in saecula saeculorum. Amen

Deus Nosso Senhor assim quis e a minha querida mãe deu-me à luz na véspera do Dia de Todos os Santos.
Há uns anos a esta parte, habituei-me a celebrar dignamente este dia, assistindo e vivendo a Celebração da Eucaristia.

Mas, e perdoem-me, o que mais me tocou sempre na vigília do Dia de Todos os Santos, foi a Leitura do Apocalipse de São João, particularmente na sua última parte, a qual é repetida, ou precedida, também na Semana Santa:

"Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente,trazendo o selo do Deus vivo. Ele clamou em alta voz aos quatro Anjos a quem foi dado o poder de causar dano à terra e ao mar: «Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus». E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. Depois disto, vi uma multidão imensa,que ninguém podia contar,de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão. E clamavam em alta voz: «A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro». Todos os Anjos formavam círculo em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos. Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra, e adoraram a Deus, dizendo: «Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças,a honra, o poder e a força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!». Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me: «Esses que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e de onde vieram?». Eu respondi-lhe: «Meu Senhor, vós é que o sabeis». Ele disse-me: «São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro».

E aqui na língua eterna e sem truncagens:

1
Post haec vidi quattuor angelos stantes super quattuor angulos terrae tenentes quattuor ventos terrae, ne flaret ventus super terram neque super mare neque in ullam arborem.
2
Et vidi alterum angelum ascendentem ab ortu solis, habentem sigillum Dei vivi; et clamavit voce magna quattuor angelis, quibus datum est nocere terrae et mari,
3
dicens: “ Nolite nocere terrae neque mari neque arboribus, quoadusque signemus servos Dei nostri in frontibus eorum ”.
4
Et audivi numerum signatorum, centum quadraginta quattuor milia signati ex omni tribu filiorum Israel:
5
ex tribu Iudae duodecim milia signati, ex tribu Ruben duodecim milia, ex tribu Gad duodecim milia,
6
ex tribu Aser duodecim milia, ex tribu Nephthali duodecim milia, ex tribu Manasse duodecim milia,
7
ex tribu Simeon duodecim milia, ex tribu Levi duodecim milia, ex tribu Issachar duodecim milia, 8
ex tribu Zabulon duodecim milia, ex tribu Ioseph duodecim milia, ex tribu Beniamin duodecim milia signati.
9
Post haec vidi: et ecce turba magna, quam dinumerare nemo poterat, ex omnibus gentibus et tribubus et populis et linguis stantes ante thronum et in conspectu Agni, amicti stolis albis, et palmae in manibus eorum;
10
et clamant voce magna dicentes: “ Salus Deo nostro, qui sedet super thronum, et Agno ”.
11
Et omnes angeli stabant in circuitu throni et seniorum et quattuor animalium, et ceciderunt in conspectu throni in facies suas et adoraverunt Deum
12
dicentes:“ Amen! Benedictio et gloria et sapientia et gratiarum actio et honor et virtus et fortitudo Deo nostro in saecula saeculorum. Amen ”.
13
Et respondit unus de senioribus dicens mihi: “ Hi, qui amicti sunt stolis albis, qui sunt et unde venerunt? ”.
14
Et dixi illi: “ Domine mi, tu scis ”. Et dixit mihi: “ Hi sunt qui veniunt de tribulatione magna et laverunt stolas suas et dealbaverunt eas in sanguine Agni.
15
Ideo sunt ante thronum Dei et serviunt ei die ac nocte in templo eius; et, qui sedet in throno, habitabit super illos.
16
Non esurient amplius neque sitient amplius, neque cadet super illos sol neque ullus aestus,
17
quoniam Agnus, qui in medio throni est, pascet illos et deducet eos ad vitae fontes aquarum, et absterget Deus omnem lacrimam ex oculis eorum ”.

Hoje, em 2009 a.d., as televisões e os meios de comunicação social, apenas falam das "romagens aos cemitérios" e nós, vamos deixando passar, porque também sabemos quão difícil é, para a maioria dos católicos, mesmo os empenhados, celebrarem dignamente e sem confusões, este dia da Igreja Triunfante, o dia daqueles, todos aqueles, que como nós, participaram da caminhada terrena e, vivem agora, face a face, com Nosso Senhor Jesus Cristo, contemplando-o directamente. Amanhã é outro dia e, apenas amanhã, celebramos aqueles que dormem, os fiéis defuntos, hoje e amanhã, alegremo-nos e oremos.

Deo Gratias

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Até sempre Reverendo Padre Luís Ludwig Kondor

Alguém que nunca abandonou os seus valores, herdeiro dos princípios do extinto Império Austro Húngaro, jovem que acreditou no evangelho e na alegria do Senhor Ressuscitado, mesmo sob as ocupações nazi e comunista. Fez mais pelo louvor do Imaculado Coração de Maria, pelo Sagrado Coração de Jesus e pela Mensagem Universal transmitida por Nossa Senhora em Fátima, fazendo da mesma Altar do Mundo do que outros que por aqui se passeiam.

Quantas Eucaristias assistimos em directo ou pela comunicação social, com o suave cintilar da língua latina, mesmo com a mesclagem do Novus Ordo Missae, presididas ou concelebradas pelo Padre Kondor? E o calvário húngaro? Quantas vezes o fizemos nos Valinhos?

Quem, mesmo na longa noite dos 40 anos de ocupação soviética da Europa, manteve contactos e orações com o oprimido povo húngaro?

A minha humilde oração por este Senhor Padre, Vice Postulador da Causa de Canonização dos Pastorinhos.



Padre Luís Kondor descanse em paz - Informação da Diocese de Leiria-Fátima:
Faleceu ontem 28 de Outubro de 2099 o Padre Luís Kondor, Vice-Postulador da Causa da Canonização dos Pastorinhos de Fátima. A celebração das exéquias será na sexta-feira, dia 30, às 11:00, na Basílica do Santuário de Fátima.
O P. Luís Kondor era membro da Congregação do Verbo Divino.
Nasceu a 22.6.1928 em Csikvánd, na Hungria.
Entre 1934 e 1939 frequenta a escola primária na sua terra.
Em 1940 entra para o internato dos Padres Beneditinos, de Gyor; posteriormente passa para o internato dos Padres Cistercienses, em Székesfehérvár.
Terminou o liceu em 1944, já depois da entrada soviética na Hungria.
A 20.08.1946, com 18 anos de idade, entra na Congregação do Verbo Divino. Fez os primeiros votos a 8.09.1948 e começou os estudos de filosofia, ainda na Hungria.
Em Janeiro de 1949, por ordem do seu superior, fugiu para a Áustria, primeiro para Mödling e depois para Salzburg. Tendo sido também a Áustria invadida pelos soviéticos, a 12.06.1950 refugiou-se, por ordem dos superiores, na Alemanha.
Foi ordenado presbítero a 28.08.1953, em St Augustin, na Alemanha.
Em 1954 foi enviado para Fátima, Portugal, onde chegou a 19 de Novembro desse ano.
Foi nomeado vice-prefeito do Seminário da sua congregação, cargo que exerceu durante 4 anos, dedicando-se também à pastoral vocacional na zona Norte de Portugal.
Em 8.07.1956 encontrou a Irmã Lúcia pela primeira vez; foi o primeiro de numerosos encontros ao longo dos anos (posteriormente, como Vice-Postulador terá licença para a poder visitar).
Em 1960 acompanhou D. João Pereira Venâncio, Bispo de Leiria, numa viagem de dois meses a vários países europeus. Depois desta viagem, a pedido do Bispo, ficou a trabalhar a meio tempo com o Bispo e a meio tempo no Seminário do Verbo Divino.
No Natal de 1960 foi-lhe atribuído o cargo de Vice-Postulador dos Pastorinhos, lugar que ocupou até à sua morte.
Em 1963 começou a publicar um boletim em sete línguas destinado a tornar conhecida a vida dos dois Pastorinhos e a relatar o andamento dos processos de beatificação. Para divulgação da fama de santidade dos Pastorinhos, o Bispo da diocese confiou-lhe a edição do livro «Memórias da Irmã Lúcia», que fez traduzir em diversas línguas e enviou para todos os continentes, incluindo os países sob o regime comunista.

Durante muitos anos conseguiu enviar com êxito, embora de maneira oculta, não só literatura sobre Fátima, mas também imagens de Nossa Senhora de Fátima para diferentes lugares da cortina de ferro.
Dedicou-se a diversas obras: em 1956 a construção do Monumento dos Valinhos, em 1959 a imagem de Santo Estêvão que se encontra na Basílica; de 1960 a 1965 colabora com D. João Pereira Venâncio na construção do Seminário Diocesano de Leiria, do Colégio S. Miguel e do Colégio da Marinha Grande; em 1964 a construção da Via Sacra e Capela do Calvário; de 1974-1997 colaborou na transferência de ajudas financeiras da Weltkirche-Köln para dioceses, conventos, casas sacerdotais, paróquias e casas sociais em Portugal; de 1974-1997 colaborou com o Europäischer Hilfsfound das Conferências Episcopais da Áustria, Alemanha e da Suíça, no apoio a dioceses portuguesas; em 1979 a Construção da nova Casa Episcopal de Leiria; de 1975-1985 colaborou na construção dos novos Carmelos de Patacão (Faro), Bom Jesus (Braga) e São Bernardo (Aveiro).

Durante muitos anos, colaborou como intermediário entre instituições da Igreja alemã e obras nas dioceses Portuguesas. Entre os muitos apoios que consegue para a Igreja católica portuguesa, destaca-se: reconstrução de várias igrejas nos Açores, após o grande sismo de 1.01.1980.
Em 2000, com o apoio do Cardeal Meisner de Colónia, conseguiu que o Papa João Paulo II viesse a Fátima, em 13 de Maio de 2000 beatificar os Pastorinhos, mesmo depois de já ter sido anunciada publicamente a beatificação em Roma.

A 15 de Novembro de 2004 recebeu o processo canónico da cura milagrosa atribuída aos beatos Francisco e Jacinta, que entregou em Roma, na Congregação para as Causas dos Santos.
Em Março de 2004, foi homenageado pela “Fundação Ajuda à Igreja que Sofre” comemorando os seus 50 anos de Padre e de presença em Portugal.
Em 18 de Janeiro de 2006 foi agraciado com a insígnia de Comendador da Ordem de Mérito, atribuída pelo Presidente da República Jorge Sampaio.

Por ocasião da celebração das bodas de ouro sacerdotais disse o seguinte:
Desde a minha infância que desejo ser sacerdote. Os meus pais enviaram-me para um colégio rigoroso, para fazer de mim um homem... Com 18 anos, entrei na Congregação do Verbo Divino, para me tornar missionário. Para isso, tive que deixar a minha pátria, e com 25 anos fui ordenado sacerdote. Desde então, passaram 50 anos. Se hoje olhar para trás e me recordar destes anos da minha vida, posso-vos assegurar que sou feliz na minha vocação, e testemunhar que vale a pena dedicar-se e entregar-se a Jesus Cristo, e trabalhar pela dilatação do Reino de Deus.
Como é visível do itinerário da sua vida e obra, a divulgação da Mensagem de Fátima e a Igreja em Portugal muito devem à acção deste zeloso sacerdote, que encomendamos à misericórdia divina.

domingo, 25 de outubro de 2009

Anglia Ecclesia et Una Sancta Catolica et Apostolica Ecclesia

É curioso porque falámos nisto há uns meses, aí vai a notícia, preparemo-nos para "ordinariatos pessoais de ex-anglicanos" dentro da Igreja Católica, equivalentes às dioceses, sendo que, de entre os novos padres católicos, ex-anglicanos, muitos serão casados. Em Portugal o impacto será mínimo porque a grande maioria dos cristãos não católicos pertencem à Aliança Evangélica Portuguesa (evangélicos, assembleias de Deus, baptistas, luteranos, etc...) e poucos pertencem à “Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica” que representa em Portugal a Comunhão Anglicana. A Igreja Lusitana tem 15 paróquias estruturadas, numa faixa litoral entre o Porto e Alcácer do Sal, maioritariamente constituída por portugueses há várias gerações. Curiosamente a maioria dos anglicanos ingleses residentes em Portugal não pertence à Igreja Lusitana (e como residentes maioritarios no Algarve, em Cascais/Sintra e no Porto), mas sim às Capelanias do Algarve, de Lisboa e do Porto dependente da “Diocese extraterritorial da Europa Continental”, cuja sede é em Gibraltar.

Não sendo de excluir que alguns "padres lusitanos” possam pedir o ingresso na Igreja Católica através dum eventual “Ordinariato Pessoal” que se crie em Portugal para os ex-anglicanos que não concordem com a actual orientação pró-ordenação de mulheres e pró-ordenação de homossexuais aceite na Comunhão Anglicana, o mesmo será difícil para já, porque se a ordenação de mulheres é aceite e é relativamente consensual na Igreja Lusitana, já a ordenação de homossexuais não o é, parecendo relativamente longe de o ser, pelo que o motivo “mais fracturante” que leva milhões a abandonar a Comunhão Anglicana em direcção à Igreja Católica e à comunhão plena com o Santo Padre, ainda não se verifica em Portugal. O primeiro “padre lusitano” que já tinha seguido este caminho fê-lo em 1972, o Padre Saúl, bem conhecido por ter sido o último sacerdote a ser ordenado por Dom Manuel Gonçalves Cerejeira e ter sido Padre dos Anjos e das Mercês durante anos e por recentemente ter falecido, com filhos e netos.

Igreja aceita adesão de fiéis anglicanos
Serão criados ordinariatos pessoais e conservarão suas tradições anglicanasCIDADE DO VATICANO, terça-feira, 20 de outubro de 2009 (
ZENIT.org).- A Santa Sé anunciou nesta terça-feira em conferência de imprensa a publicação de uma constituição apostólica de Bento XVI com a qual a Igreja Católica aceita o pedido de numerosos bispos, sacerdotes e fiéis anglicanos de entrar em comunhão plena e visível.
Esta disposição responde à solicitude de adesão de um grande número de anglicanos (informou-se que são "entre 20 a 30 bispos" anglicanos que pediram entrada na Igreja Católica), que se encontravam insatisfeitos com algumas modificações que se realizaram dentro desta Comunhão, entre elas a ordenação de mulheres para o sacerdócio e para o episcopado, a ordenação de clérigos que levam uma vida de convivência homossexual e a benção de casais do mesmo sexo.

Nova estrutura
No encontro com os jornalistas, que aconteceu na Sala de Imprensa da Santa Sé, o cardeal William Joseph Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, explicou as razões desta medida por parte da Igreja Católica.
"Os anglicanos que se colocaram em contacto com a Santa Sé expressaram claramente o seu desejo, para uma plena e visível comunhão na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica. Ao mesmo tempo, transmitiram-nos a importância das suas tradições anglicanas, que têm a ver com a espiritualidade e o culto, para o seu próprio caminho na fé", declarou o purpurado.
Sobre quando será publicada a constituição apostólica, na conferência de imprensa anunciou-se para "os próximos dias". O Papa introduzirá "uma estrutura canónica que promoverá uma reunião estruturada através da instituição de ordinariatos pessoais, que permitirão aos fiéis ex-anglicanos entrar em plena comunhão com a Igreja Católica, conservando ao mesmo tempo elementos do específico património espiritual e litúrgico anglicano".
A figura dos ordinariatos pessoais, que não dependem das dioceses, recorda a figura da "prelazia pessoal" (a única que existe é a do Opus Dei), ou os vicariatos castrenses, (dioceses sem território na qual um bispo representa a autoridade eclesiástica para os militares ou forças de segurança católicos e para as suas famílias, independentemente de onde se encontrem).
A constituição apostólica determina que o ordinário, o superior, "possa ser ou um sacerdote ou um bispo não casado" (os bispos anglicanos que batem às portas da Igreja Católica em geral estão casados).
Os ex-anglicanos que queiram aderir plenamente à Igreja formarão parte desta estrutura canónica, que contará com o seu próprio bispo, os seus próprios sacerdotes, seminaristas e fiéis.

Sacerdotes casados?
Dentro das adaptações à tradição anglicana, a nova constituição permitirá aos pastores anglicanos casados que passem a ser presbíteros (padres) dentro da Igreja Católica junto com a sua esposa e a sua família.
Esta excepção já se havia permitido desde 1994 quando, após a primeira ordenação de mulheres na Igreja Anglicana, vários sacerdotes desta confissão pediram a sua adesão à Igreja Católica conservando seu estado clerical. A adesão foi-lhes concedida de maneira individual.
Por seu lado, os Bispos casados anglicanos serão recebidos na Igreja Católica, mas na qualidade de presbíteros (padres). Esta medida dá-se, segundo o cardeal Levada, por "razões históricas e ecuménicas", pois tradicionalmente o ministério episcopal está ligado ao celibato.
O cardeal não foi explícito, mas segundo o costume, os pastores anglicanos recebidos no seio da Igreja como sacerdotes recebem a ordenação sacerdotal das mãos de um bispo católico.
Dado que isto implicará que estes antigos pastores anglicanos, ao entrar na Igreja Católica, se convertam em sacerdotes católicos casados, alguns jornalistas perguntaram ao cardeal Levada se esta medida não criaria confusão na Igreja Católica de rito latino, onde o sacerdócio está ligado ao celibato.
O purpurado norte-americano esclareceu que a nova estrutura canónica permite esta excepção, devido à fé sincera destes fiéis de origem anglicana, mas considerou que se for bem explicada, será bem compreendida por todos os fiéis da Igreja.

Para mais vejam o site:
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=274456

Há aproximadamente 84 milhões de membros na Comunhão Anglicana, espalhados nas 43 províncias autónomas e 450 Dioceses em 165 diferentes países. A Comunhão Anglicana desenvolveu-se em duas etapas. A primeira começou no século XVII, na Inglaterra, onde o anglicanismo nasceu, chegando com os colonizadores à Austrália, Canadá, Nova Zelândia, África do Sul e Estados Unidos. A segunda etapa começou no século XVIII, quando as igrejas anglicanas foram estabelecidas em todo o mundo como resultado do trabalho missionário da Igreja da Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales, que foram organizadas para essa tarefa pelas igrejas que haviam surgido nos dois séculos anteriores.
Igrejas (Províncias) pertencentes à Comunhão Anglicana em todo o mundo
The Anglican Church in Aotearoa, New Zealand & Polynesia
The Anglican Church of Australia
The Church of Bangladesh
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
The Episcopal Church of Burundi
The Anglican Church of Canada
The Church of the Province of Central Africa
Iglesia Anglicana de la Region Central de America
Province de L'Eglise Anglicane Du Congo
The Church of England
Hong Kong Sheng Kung Hui
The Church of the Province of the Indian Ocean
The Church of Ireland
The Nippon Sei Ko Kai (The Anglican Communion in Japan)
The Episcopal Church in Jerusalem & The Middle East
The Anglican Church of Kenya
The Anglican Church of Korea
The Church of the Province of Melanesia
La Iglesia Anglicana de Mexico
The Church of the Province of Myanmar (Burma)
The Church of Nigeria (Anglican Communion)
The Church of North India (United) The Church of Pakistan (United)
The Anglican Church of Papua New Guinea
The Episcopal Church in the Philippines
L'Eglise Episcopal au Rwanda
The Scottish Episcopal Church
Church of the Province of South East Asia
The Church of South India (United)
The Church of the Province of Southern Africa
Iglesia Anglicana del Cono Sur de America
The Episcopal Church of the Sudan
The Anglican Church of Tanzania
The Church of the Province of Uganda
The Episcopal Church in the USA
The Church in Wales
The Church of the Province of West Africa
The Church in the Province of the West Indies
The Church of Ceylon (E-P to the Archbishop of Canterbury)
Iglesia Episcopal de Cuba
Bermuda (Extra-Provincial to Canterbury)
Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica (E-P to the Archbishop of Canterbury)
Iglesia Española Reformada Episcopal (E-P to the Archbishop of Canterbury)
Falkland Islands (Extra-Provincial to Canterbury)