quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Heart speaks unto heart

Heart speaks unto heart!

Apostolic Jorney to the United Kingdom 2010 of His Holiness Pope Benedict XVI

Oremos pro Romano Pontifice Nostro Benedicto!

Louvemos ao Senhor pela extraordinária e histórica primeira visita oficial Papal ao Reino Unido. Bento XVI consegue realizar a 1ª visita oficial e a 2ª apostólica de um Papa, à Escócia e à Inglaterra. Isso só ocorre porque, finalmente e após 4 séculos de separação, o Reino Unido e a Santa Sé reconheceram mutuamente os respectivos estatutos de cada um dos Estados e o catolicismo, depois de oficialmente banido em Inglaterra (não na Escócia), foi tolerado no século no final do século XIX e reconhecido no século XX. Continua a ser proibido existir um Primeiro Ministro Católico e a Casa Real Reinante de Windsor continua a proibir a "conversão" ao catolicismo dos seus membros.

Para além do nevoeiro e da poluição da sociedade secularizada britânica que os meios de comunicação social e algumas elites fazem eco, a realidade local e regional é muito diferente, o povo verdadeiramente crente e com origens operárias é na sua grande maioria católico, as paróquias continuam a florescer quer com ingleses quer com a renovação constante não só com os tradicionais irlandeses, mas também com imigrantes católicos de todo o mundo, quer os de origem latina até aos anos 90 do século XX, quer depois com polacos e filipinos.

A mais recente alteração do catolicismo britânico aconteceu nos últimos 2 anos em que centenas de fiéis originários da Church of England e muitos sacerdotes pediram o ingresso, primeiro a título pessoal e agora podendo já o fazer em comunidade, na Sancta, Una, Catolica et Apostolica Ecclesia em comunhão total com Sua Santidade o Papa, são os chamados "Anglo Católicos em união com Roma", podendo manter a maioria do chamado "anglican use" (um quase rito).

A realidade católica no país de Sua Majestade é esta: Os católicos não pararam de crescer desde o final do século XIX. Em Liverpool, nos anos 40 do séc. XX os católicos não passavam dos 15%, hoje são quase 50%, em Glasgow (Scotland) são quase 30%, nas restantes dioceses a dispersão é grande e vai desde apenas cerca de 2% até, na grande maioria, entre os 8% e os 13%, incluindo as medianas percentagens nas 2 arquidioceses londrinas (a Westminster Roman Catholic Archdiocese com 10,1% e a Southwark Archdiocese com 9,5%) e as mais reduzidas nas arquidioceses de Edinburgh (Scotland) com 7,9% e de Birmingham só com 5,5%

Sua Santidade o Papa Bento XVI foi recebido à chegada ao aeroporto de Edinburgh pelo Príncipe Consorte Philip, Duke of Edinburgh, o que é a primeira vez que sucede, sinal dos tempos!

Muito Importante será, no final da visita, a Beatificação do Cardeal John Henry Newman (1801-1890) de que transcrevo as palavras que serão ditas na sua Beatificação:

John Henry Newman was born in London in 1801. He was for over twenty years an Anglican clergyman and Fellow of Oriel College, Oxford. As a preacher, theologian and leader of the Oxford Movement, he was a prominent figure in the Church of England. His studies of the early Church drew him progres sively towards full communion with the Catholic Church. With his companions he withdrew to a life of study and prayer at Littlemore outside Oxford where in 1845 Blessed Dominic Barberi, a Passionist priest, received him into the Catholic Church. In 1847 he was himself ordained priest in Rome and, encouraged by Blessed Pope Pius IX, went on to found the Oratory of St Philip Neri in England. He was a prolific and influential writer on a variety of subjects, including the development of Christian doctrine, faith and reason, the true nature of conscience, and university education. In 1879 he was created Cardinal by Pope Leo XIII. Praised for his humility, his life of prayer, his unstinting care of souls and contributions to the intellectual life of the Church, he died in the Birmingham Oratory which he had founded on 11 August 1890.

Newman foi o primeiro de muitos, que pelo aprofundamento do estudo teológico e pela prática cristã junto dos mais pobres e oprimidos, redescobriu o catolicismo, sendo proveniente do anglicanismo. Como ontem o insígne teólogo e Reverendo Padre Peter Stilwell disse na RTP: Newman é o futuro da Igreja!

Oremos pelo Santo Padre Bento XVI, pela sua viagem oficial e pastoral a terras de Sua Majestade, que a mesma demonstre a frescura do catolicismo inglês e escocês!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Exaltação da Santa Cruz

Nós Vos adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo, que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

A Festa da Exaltação da Santa Cruz surgiu no ano de 355, por ocasião da inauguração das duas grandes basílicas da cidade de Jerusalém: A do Calvário e a do Santo Sepulcro. A construção destas duas basílicas foi ordenada pelo imperador Constantino. O lenho da cruz foi descoberto por Santa Helena. A cruz tinha sido levada para a Pérsia e depois retornou a Jerusalém. Para os cristãos a cruz é ponto de referência importantíssimo para a sua fé e para a sua esperança. Foi pela cruz que Nosso Senhor Jesus Cristo nos salvou e nos libertou; ela simboliza o preço pago pela nossa salvação.

O Senhor Jesus humilhou-se, tornou-se obediente até a morte. Por isso, Deus O exaltou e Lhe deu um nome que é superior a todo o nome. O caminho da cruz torna-se também caminho de luz e caminho de ressurreição. Quem O quer seguir, precisa de se negar a si mesmo, pegar na sua cruz e segui-Lo.

A cruz consistia numa haste vertical fixada no chão e uma trave horizontal que era carregada pelo condenado até ao local do seu suplício. O condenado era preso na haste e era levantado. O Senhor carregou a trave horizontal de Jerusalém até ao Monte Calvário. Nós, cristãos, precisamos de estar dispostos a carregar a nossa cruz, acompanhados de Cristo, com a certeza da vitória final, da ressurreição.

A cruz era instrumento de suplício, de escândalo para os judeus, de loucura para os pagãos, mas tornou-se, depois da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, para nós cristãos, motivo de glória.

Por isso, na Festa do Sinal da Cruz oramos juntamente com os catecúmenos:
Onde está a verdadeira religião? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Onde está o resumo da nossa fé e da nossa esperança? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Onde se manifestou mais claramente o amor de Deus para connosco? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Onde está o maior tesouro do cristão? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Onde está a Paz, a Alegria e a Glória do cristão? -Na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!



Da carta de São Paulo aos Gálatas:
"Toda a minha alegria está na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo".

· No dia do nosso Baptismo a Igreja marcou-nos com o sinal da Cruz. Foi a primeira coisa que a Igreja nos deu. A Cruz é o sinal de Cristo e do cristão. É o sinal da vitória de Jesus sobre o mal e a morte. É também o sinal da nossa vitória com Jesus.

· Todos os dias fazemos o sinal da Cruz ao levantar e ao deitar e antes de rezarmos. Este sinal tão simples, com as palavras: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" que o acompanham, resume toda a nossa fé. Também na Santa Missa, ao escutar o Santo Evangelho fazemos o sinal da cruz na testa, na boca e no peito, como que a dizer que queremos a Sabedoria do Evangelho a iluminar a nossa inteligência, as nossas palavras e as decisões do nosso coração. Realmente, é pelo mistério da cruz que tudo é abençoado e subtraído ao poder dos nossos inimigos. Para nunca duvidarmos do amor de Deus precisamos de trazer o mistério da cruz nos pensamentos, nas palavras e nos desejos.

· Na casa e no quarto de cada cristão tem de estar colocado em lugar de honra, um crucifixo. E ao pescoço basta trazer uma cruz. Nada de amuletos, nada de superstições. A superstição é acreditar que o uso de alguns objectos e símbolos como figas, chifres, signos, etc nos livram e nos protegem do mal. Nós cristãos não somos supersticiosos porque sabemos que é Deus nosso Pai e está connosco, é verdadeiramente o Senhor Jesus quem cuida de nós e nos defende de todo o mal, porque nos ama, como ninguém.

· A Cruz de Jesus representa o Amor que Deus nos tem. Quando aceitamos a nossa cruz, mostramos o amor que temos a Deus.
Senhor Jesus, só em Vós eu confio. É na Vossa cruz que vejo claramente o amor que me tendes. Livrai-me a mim, aos meus familiares e aos meus amigos de ser supersticioso. Livrai-nos dos nossos inimigos e ajudai-nos a viver a Festa da Exaltação da Santa Cruz em cada 14 de Setembro.
Amen!

Petrus