terça-feira, 28 de junho de 2011

O Novo Governo Português e a Renovação Patriarcal

No passado dia 05/06/2011 os portugueses responderam nas urnas ao desgoverno dos últimos 6 anos e desejaram mudar para uma nova maioria que gerasse um governo de coligação entre o PPD/PSD e o CDS/PP.

Apesar de muitas vezes não ter estado de acordo com as posições políticas oficiais do partido vencedor e, também muitas vezes, desta vez, ter estado de acordo, com as votações do partido minoritário da nova coligação (mas não em todas), sinto uma nova lufada de ar fresco no país, com a nova oportunidade que é dada a uma nova geração para poder fazer política.

A posse hoje dos Secretários de Estado foi uma prova disso. Há de facto pessoas de boa formação intelectual e técnica, pode faltar a experiência, mas a memória dos portugueses é curta e não se recordam da idade dos integrantes dos desgovernos que já tivemos. Esperemos que os cristãos empenhados - alguns deles são-o - façam a diferença e permitam uma política de humanismo cristão em tempo de crise económica e principalmente de valores.

Há que dar o benefício da dúvida a este Governo. A rapidez com que o mesmo foi empossado e as negociações no silencio que decorreram, sem fugas de informação para a comunicação social (aliás que bem se enganou nas suas previsões, designadamente a chamada "imprensa de referência" e os "comentadores de referência" do regime), permitem-nos desejar que o Espírito Santo ilumine aqueles corações empedernidos e que se possa fazer um pouco de luz nos próximos tempos.

As 2 últimas legislaturas foram das mais arrogantes e atentatórias para a saúde física e mental dos portugueses, embrutecidos pelas telenovelas, pelo enriquecimento fácil de alguns e pela ausência de prática religiosa militante, pela revolução dos costumes empurrada por minorias com acesso completamente despropositado à comunicação social e aos centros de poder, que conseguiram ir fazendo aprovar leis iníquas, grassou a incompetência e cresceu o desemprego e pior, houve alturas de profundo sentimento de mal estar social e de percepção que não existia rumo para o País.

No Patriarcado de Lisboa recebemos a notícia, no Dia da Igreja Diocesana, no passado Domingo da Santíssima Trindade, que Sua Eminência o Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa ficará, pelo menos, mais 2 anos, até aos 77 anos, como Bispo Diocesano da Capital. Estes 2 anos serão decerto anos de continuação de algumas reformas que se desejam no Patriarcado e, de levantamento de (raras) proibições em contraste com o Magistério da Universal Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, designadamente (não nos esquecemos) da continuação da proibição da celebração aos Domingos e Dias Santos de Guarda, na forma extraordinária, de acordo com o Motu Proprio Summorum Pontificum, publicado em 07/07/2007 (pois é, já faz 4 anos!).

Oremos e louvemos a Deus Nosso Senhor pelo Nosso Pastor Diocesano e que oriente, à luz do Evangelho e da Sagrada Tradição, o Povo de Deus do Patriarcado de Lisboa, nas suas fraquezas, desilusões e provações, espirituais e materiais e também nas suas alegrias e momentos de Graça.

Petrus

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