domingo, 22 de novembro de 2009

Dia de Cristo Rei

Ver - Julgar - Agir - 75 ANOS DA ACÇÃO CATÓLICA - Como se começa num Movimento da AC e, com o aprofundar da fé e da caminhada, somos sensibilizados para a profundidade e a alegria da eterna Tradição.

Como já passaram 22 anos e hoje é dia de Cristo Rei e Senhor do Universo, dia que os Movimentos e Obras da Acção Católica, celebravam como o "seu" dia do movimento, penso que já passou o tempo suficiente para reflectir algumas palavras sobre a minha militância num dos movimentos da AC.

Estava entre a austríaca Innsbruck e a italiana Venezia, em 1987 e, juntamente com o meu futuro padrinho de Crisma, conheci um grupo de jovens católicos portugueses que se tinham deslocado a Micheldorf, um Schloss perto de Linz, onde decorria a Summerweek dos Movimentos Europeus de Estudantes Católicos do Ensino Secundário. Deus Nosso Senhor assim quis e foi dessa forma que, mais tarde, estava a fazer Revisão de Vida semanalmente com uma equipa de estudantes de OGE no ISCTE.

Semana após semana fui descobrindo esse ideal tão difícil de Jesus Cristo na sua opção pelos pobres, caminhando com católicos que se encontravam na época da pós modernidade, militava no que era considerado "um movimento de fronteira".

A nossa memória é selectiva e, esqueci já muitas coisas menos boas e tendo a recordar as melhores. Recordo-me dum Encontro Nacional do Sector Universitário em Évora, em que por lá passou o Sr. Dom Maurílio de Gouveia, Arcebispo Eborense, alguns anos depois de ter sido Arcebispo de Mitilene em Lisboa (é de nos interrogarmos porque não voltou a haver desde 1981 este distinto título de tão grandes sucessores dos apóstolos portugueses, incluindo Suas Eminências Reverendíssimas Mendes Bello, mártir por causa da funesta república e Gonçalves Cerejeira, restaurador da catolicidade depois da portuguesa "Revolução de Outubro").

Tenho sempre presente o nosso ilustre Assistente Nacional, meu querido e bom amigo, que me preparou para o Crisma (para mais tarde ser crismado por Sua Excelência Reverendíssima o actual Bispo da Lusa Atenas Dom Albino Cleto), que presidiu ao nosso casamento e baptisou os nossos filhos. Quem sou eu para dizer isto, mas, se há Sacerdote e Teólogo digno de vir a ser Sucessor dos Apóstolos, ele é decerto um deles, continuamos à espera de um dia a eleição ocorrer.

Também havia os Encontros de Reflexão e Oração, as intermináveis Reuniões da Equipa Diocesana de Lisboa (quanto crescemos nas mesmas!) e os Conselhos Diocesanos e Nacionais e, o tal "Dia do Movimento" que era sempre no Domingo de Cristo Rei e Senhor do Universo.

Quando cumpri o meu Serviço Militar de 7 meses interrompi a minha militância e voltei depois ainda umas vezes, essa fase estava terminada.

O que ficou: Os meus actuais amigos são todos saídos dessa experiência ou amigos de antigos militantes que pelas encruzilhadas da vida permitiram que nos conhecessemos. O "meu" confessor. A minha esposa. A inscrição e os anos de Escola de Leigos do Patriarcado de Lisboa. O Côro. Estes 2 últimos capítulos levaram-me à inscrição no Latim e à redescoberta da Tradição.

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