quinta-feira, 21 de julho de 2011

The eldest portuguese priest celebrated his 100th birthday

Monsignor Canon Sezinando Oliveira Rosa is the eldest portuguese priest.

Yesterday, July 20th, Monsignor Canon Sezinando Oliveira Rosa celebrated his 100th birthday, making him the oldest priest in Portugal as well as simultaneously holding the title of longest-ordained priest in the country. Canon Rosa is the eldest and one of the longest-serving religious figures of Portugal’s estimated 3,400 Presbyterian Diocese and members of many other religious organisations.

He was born in Vila Real de Santo António, Algarve, on 20 July 1911 and was ordained on 15 September 1934. Since his birth Canon Rosa has witnessed the election of 9 Popes and 8 Algarve Bishops, and since he was ordained has served 7 Popes and 7 Algarve Bishops.


Yesterday, in Alcantarilha, Algarve, Bishop of Algarve Dom Manuel Neto Quintas and tens of algarvian priests celebrated a Mass concelebrated with Canon Rosa that ended with is bless: "We' re gathered here today, continuing to serve the Lord. Thank you brothers and I praise to God for His best blessings to us all".

Deo Gratias Monsignor!


Pequena entrevista com Monsenhor Sezinando Oliveira Rosa:

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=165458

Já deveu obediência a 7 Papas e a 7 Bispos do Algarve, o Sacerdote mais idoso em Portugal completou 100 anos ontem. Noutra entrevista referiu que o Papa que mais o marcou foi Pio XII (Eugénio Pacelli 1876-1958), Papa entre 1939 e 1958.

Com uma voz firme, apesar da longa idade, o sacerdote mostrou-se claramente consciente do marco que ontem celebrou: “Sou realmente o padre mais velho em idade e mais velho na ordenação”, diz. O Bispo do Algarve presidiu a uma missa para assinalar os 100 anos de Monsenhor Sezinando Rosa, na Igreja Matriz de Alcantarilha. No final, o aniversariante também falou, invocando a bênção de Deus sobre os fiéis: “Aqui estamos, continuemos assim, sirvamos o Senhor. Obrigado irmãos, e para todos peço a Deus as suas melhores bênçãos.”


Ontem dia 20 de Julho de 2011, a Diocese do Algarve promoveu uma Eucaristia de acção de graças a Deus pelos 100 anos de vida do Cónego Monsenhor Sezinando Oliveira Rosa, o sacerdote mais idoso e simultaneamente o que foi ordenado há mais tempo em todo o país.

De entre os cerca de 3400 presbíteros diocesanos e de muitos mais membros dos vários institutos religiosas em Portugal, o sacerdote da Diocese do Algarve, celebrou o centenário do seu nascimento. É natural de Vila Real de Santo António, onde nasceu no dia 20 de Julho de 1911, e foi ordenado a 15 de Setembro de 1934.

A seguir ao sacerdote algarvio constam do anuário da Igreja Católica em Portugal, o Cónego Monsenhor José Amaro, do Patriarcado de Lisboa, nascido no dia 19 de Agosto de 1911 e ordenado no dia 06 de Abril de 1935, e o padre Joaquim Pereira da Cunha, da Diocese do Porto, nascido no dia 08 de Julho de 1912 e ordenado a 08 de Agosto de 1937.

Ao contrário do sacerdote algarvio, que se encontra aposentado já há alguns anos, estes dois presbíteros ainda exercem funções nas respectivas dioceses, sendo o primeiro capelão da Casa de Retiros do Bom Pastor e o segundo pároco de Tabuado (Marco de Canaveses).

Rara entre os sacerdotes, a efeméride foi assim assinalada pela celebração da Eucaristia, presidida às 11h pelo Bispo do Algarve, D. Manuel Neto Quintas, concelebrada pelo aniversariante e por muitos dos sacerdotes da diocese, na igreja matriz de Alcantarilha, localidade onde reside e da qual foi pároco Monsenhor Sezinando Rosa, membro do Cabido diocesano do Algarve.

Ordenado a 15 de Setembro de 1934, tendo celebrado a sua missa nova no dia 23 do mesmo mês, o Cónego Monsenhor Sezinando Rosa foi, entre outras funções, vigário geral e vigário episcopal para a Pastoral Social da Diocese do Algarve, pároco de Alcantarilha e administrador paroquial da Guia, secretário geral da Acção Católica de Portugal, director do Secretariado Geral da Conferência Episcopal Portuguesa, administrador da Rádio Renascença, secretário geral da Universidade Católica Portuguesa e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alcantarilha.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bragança-Miranda: Padres da diocese saúdam novo bispo

Que alegria que é assistir ao júbilo do clero e do Povo de Deus, quando um ungido sacerdote assume, pela Graça de Deus e em total comunhão com o Santo Padre, ser o Bispo Diocesano. Bragança-Miranda ensina-nos. Tenho uma prelecção especial por esta diocese por ter uma recôndita recordação de, muito menino, ter ido de Lisboa a Bragança, com os meus Queridos Pais e o Avô, à ordenação sacerdotal dum, na altura jovem, Diácono, que completou a sua formação e prestou serviço pastoral na Paróquia dos meus Pais. Na altura, idos de 70 do Séc. XX, foi uma viagem demoradíssima e, depois de descansarmos, assistir no dia seguinte e do alto do côro da Igreja do Seminário, à ordenação. É a recordação mais antiga que tenho de ter visto, ao vivo, um jovem prostrado no chão, lá em baixo ao fundo e, depois, como que renascido, se ter erguido como Sacerdote.

Voltei a Bragança com o Avô cerca de 10 anos depois e muito mais tarde em trabalho calhou-me como distrito a correr e a avaliar. Mais tarde foi "em frente" a Bragança, do lado de lá da fronteira, em Puebla Sanabria, a primeira vez que eu e a HL vimos nevar, foi lindo!

Petrus

Agora aqui vai a notícia:

Bragança, 20 jul 2011 (Ecclesia) – O conjunto de sacerdotes de Bragança-Miranda publicou uma “Mensagem de Júbilo do Presbitério Diocesano” onde saúda a nomeação do novo bispo, padre José Manuel Garcia Cordeiro, conhecida na segunda-feira.

“Este gesto do Santo Padre Bento XVI para connosco veio dignificar, prestigiar e estimular todo o presbitério de Bragança, ao escolher um dos seus presbíteros e no-lo enviar agora como Pastor Diocesano”, assinala a nota enviada à Agência ECCLESIA.

O presidente do colégio de cónegos, Silvério Pires, autor da mensagem, considera que “na hora da ‘Nova Evangelização’ é providencial o regresso do P. José Cordeiro à sua diocese”, pois traz consigo um “novo ‘ardor’” missionário.

Depois de salientar que a nomeação “inundou de alegria e esperança o presbitério e o Povo de Deus”, o responsável máximo do Cabido deixa uma palavra de acolhimento.

“Saudamos e felicitamos vivamente o nosso novo bispo, D. José Cordeiro – seja bem-vindo. De alma em festa agradecemos este dom ao Senhor, pois ‘visitou o Seu povo’, lê-se na mensagem com data de 18 de julho.

RM - Agência Ecclesia

terça-feira, 19 de julho de 2011

Bragança-Miranda com novo Bispo e com Bispo novo!

Sua Santidade o Papa Bento XVI nomeou o Rev. Pe. José Cordeiro para Sucessor dos Apóstolos como Bispo Diocesano de Bragaça-Miranda. Reitor do Pontifício Colégio Português em Roma, o Sr. Pe. José Garcia Cordeiro, de 44 anos completados em Maio, é um dos mais jovens Bispos de sempre no país. O P. José Cordeiro está há dez anos em Roma e foi enviado por D. António José Rafael, bispo de Bragança-Miranda da altura, para estudar Liturgia. O Pe. José Cordeiro foi nomeado ontem, 18/07/2011, às 11h portuguesas, Por Sua Santidade Bento XVI, anunciou a Santa Sé.

O Pe. José Manuel Cordeiro, que vai assumir a responsabilidade da diocese situada 520 km a nordeste de Lisboa, nasceu a 29 de Maio de 1967 em Angola, Vila Nova de Seles, Luanda, mas registou-se como natural de Parada, uma aldeia do concelho de Alfândega da Fé, onde viveu com a família quando retornaram para Portugal em 1975. Estudou nos seminários de Vinhais, Bragança e Porto. Em 1991 regressou a Bragança, tendo sido ordenado Padre a 16 de Junho, depois de ter concluído os estudos filosóficos e teológicos no Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa. Entre 1991 e 1999 foi pároco, formador no seminário da diocese transmontana e capelão do Instituto Politécnico de Bragança, e de 1999 a 2001 frequentou o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma, obtendo a licenciatura em Liturgia, disciplina em que se doutorou no ano de 2004, no mesmo instituto. O futuro bispo foi vice-reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, entre 2001 e 2005, ano em que foi nomeado reitor do mesmo estabelecimento, cargo que ocupava até hoje. Em 2004 iniciou a carreira docente no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo e em novembro de 2010 o Papa Bento XVI nomeou-o consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. No ano de 2010, o mais recente membro do episcopado português publicou a obra ‘O Grão de Amendoeira’, onde se pronunciou sobre a situação económica e social: “Estamos a viver a nível internacional uma crise financeira (a pior desde 1929), devido ao elevado débito, e que é também efeito da crise dos valores humanos e cristãos fundamentais”. Na obra que acentua a dimensão da espiritualidade, o Padre José Cordeiro escreve que “retiro não é sair para «retirar-se» da vida, mas é encontrar-se com Deus, consigo, com os outros, com a história e com a criação”, tornando-se “uma experiência forte de silêncio, de escuta e de contemplação”.

Segundo a Agência Ecclesia a nomeação acontece no dia em que o Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese transmontana do Bispo D. António Montes Moreira, que a 30 de Abril de 2010 completara 75 anos, limite de idade estabelecido pelo Direito Canónico para apresentação da resignação.

O território da diocese de Bragança-Miranda pertenceu à arquidiocese de Braga até 1545, ano em que, a 22 de maio, o Papa Paulo III, pela bula ‘Pro excellenti Apostolicae Sedis’, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte. Dois séculos mais tarde, pela breve ‘Pastoris Aeterni’ de 1770, o Papa Clemente XIV desmembrou a Diocese em duas: a de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome, e a de Bragança, formada pelos quatro restantes. A delimitação actual da diocese data de 1922, ano em que o Papa Pio XI, pela bula ‘Apostolicae Praedecessorum Nostrorum’, criou a diocese de Vila Real; a diocese de Bragança-Miranda passou então a coincidir com os limites civis do distrito de Bragança. A diocese tem 6545 quilómetros quadrados de superfície e registou uma população de 136.459 habitantes, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, preparando-se para receber o 44.º Bispo da sua história.

A nomeação do Sr. D. José Cordeiro ocorreu no dia da Memória do Beato Frei Bartolomeu dos Mártires, histórico Arcebispo Bracarense que na altura incluía o território actual da Dioceses de Bragança-Miranda.

Na sua primeira mensagem ao Povo de Deus Brigantino e Mirandês, o Sr. D. José Cordeiro, junto dos túmulos de São Pedro e do Beato João Paulo II, recordou S. Bento, o padroeiro da Diocese, que desafia na sua Regra: «não prefiram absolutamente nada a Cristo», convidando, por isso, a ousar a coragem da Esperança, para poder mostrar hoje os mistérios de Cristo, porque a beleza e a alegria do Evangelho têm um enorme fascínio. Desejando aprender a ser Bispo para o Povo de Deus e para todas as pessoas de boa vontade que buscam a verdade na sua vida, disse querer continuar a ser Cristão com todos, rezando por todos e, ao mesmo tempo, confiando a sua vida e ministério novos à oração do Povo de Deus, à Senhora das Graças e a S. José.

Bragança e Miranda do Douro ganham um jovem Bispo, que seja continuador do grande Pastor e resistente Dom António José Rafael, que o ordenou Diácono e Presbítero e também do, até Abril passado, Bispo Diocesano Dom António Montes Moreira.

O Nordeste ganha um Pastor, com formação teológica e Doutoramento em Liturgia e também com obra escrita e pensada no plano económico e social. Que seja um exemplo e uma Luz para a Igreja em Portugal. Confiemos a Deus Nosso Senhor Sua Excelência Reverendíssima e oremos humildemente pelo seu novo magistério.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Maria José Nogueira Pinto

Uma Senhora de personalidade forte, defensora da Vida e dos Irmãos. Uma pessoa de enorme dedicação às causas em que se empenhou. Em quase todas concordei com ela e, com o meu simples contributo do voto, ou noutras alturas com algum empenho em campanha, estive com ela.

Junto um comunicado lido por Graça Franco, actual Directora de Informação da Rádio Renascença:

Maria José Nogueira Pinto terminou hoje uma longa colaboração de mais de duas décadas com a Renascença.

Terminou hoje, porque já depois de saber que estava gravemente doente e a precisar de tratamentos agressivos, fez questão de garantir que, enquanto pudesse, continuaria a participar no programa "Espaço Aberto", onde há mais de três anos integrava um painel fixo de comentadores de temas da actualidade.

Até aos últimos dias, algumas vezes presencialmente, outras mantendo-se informada sobre os temas, Maria José Nogueira Pinto cumpriu aquilo a que na altura se tinha proposto.

A direcção de informação da Rádio Renascença agradece-lhe não só a sua colaboração, neste e noutros programas em que participou, como sobretudo o testemunho de alguém que, até aos últimos dias da sua vida, deu um exemplo constante de um católico na vida pública.

A sua intervenção em áreas tão distintas como a cultura, a saúde, ou mais recentemente a política, foram sempre orientadas pelo pensamento cristão. Fosse na corajosa defesa do valor da vida ou na opção preferencial pelos mais pobres e na intransigente luta contra a pobreza. Essa é a marca que fica do seu trabalho.

Também no encontro com a morte, Maria José Nogueira Pinto deixou o testemunho de que a vida deve ser vivida plenamente até ao último instante. Porque para lá da morte está a vida eterna, onde esperamos que Maria José Nogueira Pinto continue a acompanhar esta casa e os seus ouvintes, que ao longo dos últimos anos, aqui também a foram conhecendo de perto.

Graça Franco.

sábado, 2 de julho de 2011

Monsenhor José de Freitas: "Um sacerdote santo"

Conheci este Reverendíssimo Padre quando me inscrevi pela primeira vez na Escola de Leigos do Patriarcado de Lisboa nos anos 90 do séc. passado. Junto parte dum artigo sobre o mesmo, retirado do site do Patriarcado de Lisboa.

Que o Senhor lhe dê o eterno descanso entre os esplendores da Luz Perpétua.

“Homem de Deus, jovial, atento, humilde, compreensivo e carinhoso, um verdadeiro pai para todos”. Estas são algumas das características apontadas por amigos, antigos paroquianos, gente que foi passando ao longo dos anos pela vida e pelo ministério de monsenhor José de Freitas, padre do Patriarcado de Lisboa, falecido no passado dia 24 de Junho.

A caridade, a acção social, a juventude, a espiritualidade, são algumas das muitas dimensões que estiveram presentes no ministério sacerdotal de um homem que é apresentado por D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, como alguém que viveu “a radicalidade do abandono a Jesus”.

Na homilia da celebração das exéquias de monsenhor José de Freitas, o Patriarca de Lisboa não receia afirmar que “estamos a celebrar a morte de um sacerdote santo. E a sua graça própria foi certamente essa silenciosa que passava de vez em quando num sorriso, numa palavra amiga, num conselho que dava, numa atitude concreta diante das dificuldades. Mas foi mais visível aquela outra dimensão da vida do sacerdote, que é a fé e a devoção com que distribuiu aquilo que não era seu, mas que era dom de Deus”.





Num testemunho escrito pelo próprio em 1991, monsenhor José de Freitas afirma: “Quero acusar-me de um grande pecado que arrastei toda a minha vida: o meu falhanço em despertar, directamente, as vocações sacerdotais e religiosas. É algo que, hoje, me faz sofrer imenso. Que eu saiba, apenas meia dúzia de religiosas e 4 ou 5 padres: 1 jesuíta, 1 comboniano, 1 franciscano, 1 Opus Dei e ainda um quinto que pertence a outra Diocese. Penso que foi uma riqueza que desperdicei e que, por isso, deixo a Igreja mais pobre. Mas como ninguém sabe o que semeia, nem onde um gesto seu pode chegar, espero ao menos, que o meu testemunho ao longo da vida, tenha aberto caminho vocacional a muitos que desconheço. Pelo menos foi a confirmação com que, há dias, um grupo de padres tentou consolar-me. Que seja verdade! Espero que sim!”.

Petrus

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um mistério actual

Hoje é dia do Sagrado Coração de Jesus. Uma devoção que, para muitos, terá caído em desuso, bizarramente reduzida àquelas imagens de Cristo com o coração vermelho saliente.

É pena, porque não é a estética que define esta devoção e a mais recente prova da sua actualidade está no anúncio de que Bento XVI vai consagrar todos os jovens que participam, em Agosto, na Jornada Mundial da Juventude, de Madrid, ao Sagrado Coração de Jesus.

Sobre este mistério, tão profundamente enraizado na tradição portuguesa, vale a pena recordar a expressão do Beato João Paulo II: “Próximo do coração de Cristo, o coração humano aprende a conhecer o sentido verdadeiro e único da vida e do próprio destino, aprende a compreender o valor de uma vida autenticamente cristã, a prevenir-se de certas perversões do coração, a unir o amor filial a Deus com o amor ao próximo”.

O mistério do Coração de Jesus torna-se, assim, o caminho para a plena libertação do Homem. E esta é uma valiosa indicação - para jovens e não só.

Aura Miguel